Hugh Jackman é um gostoso lindo. Disso todo mundo sabe. Sou apaixonada por ele desde que o vi pela primeira vez no filme Kate & Leopold, de 2001. E gosto muito do Wolverine, que ele interpreta na série do X-Men, porque ele é bruto (Ui!), forte, explosivo, sarcástico, mas no fundo tem um coração enorme. Parece que Stan Lee tinha pensado no ator, há mais de 40 anos, ao escrever o personagem. E no seu novo filme, Wolverine – Imortal, do diretor James Mangold (De Encontro Explosivo), ele volta com tudo ao papel que o consagrou.
Em 1945, não se sabe bem o porquê, Logan (O nome verdadeiro do Wolverine) estava preso em Nagasaki, no Japão, bem no momento que a bomba atômica foi jogada na cidade. Yashida (Ken Yamamura), um jovem oficial do exército, o liberta bem no momento da explosão. Logan, que é praticamente invencível e se regenera de todos os ferimentos possíveis e imagináveis, salva o rapaz e desaparece no mundo nos anos seguintes.
Saradinho ele, não?
Décadas depois (Dá a entender que é na atualidade ou um pouco mais a frente), Logan vive uma vida sem propósito, sem companhia e atormentada por pesadelos nos quais a sua ex namorada morta Jean (Famke Janssen, dos primeiros filmes do X-Men) surge o tempo todo. Até que aparece Yukio (A excelente e estranha novata Rila Fukushima, quase uma boneca de mangá), uma japonesa que quer levar o mutante à presença da Yashida (Já idoso e interpretado por Hal Yamanouchi). Ele está severamente doente e precisa de despedir do seu salvador da II Guerra Mundial. Quando Logan chega ao Japão, o velho oferece algo que Logan deseja ardentemente: Ser mortal, como todas as pessoas. Mas ele prontamente recusa.
Yukio
Logan acaba se envolvendo com os problemas familiares de Yashida, que incluem a sua neta Mariko (Tao Okamoto, linda, alta, magérrima e de voz doce), sempre acompanhado de Yukio, e tenta salvar a garota a qualquer custo.
Yashida já idoso
Em Wolverine – Imortal, Logan apanha como em nenhum outro filme. Acho que em filme de heróis, só o Superman, em O Homem de Aço (Aqui), leva tanto soco e pauladas. Mas, como era de se esperar, a raiva, a personalidade difícil e a força descomunal de Wolverine se sobressaem a qualquer técnica de luta que os japoneses espadachins usam.
Cenas de ação
Esse é o filme mais diferente das séries do X-Men. É o com menos explosões, correrias, lutas e mutantes. Poucos deles aparecem, mas a Víbora (A bem linda Svetlana Khodchenkova) é uma adversária de porte que consegue subjugar qualquer homem, até mesmo o Wolverine. Dessa vez o roteiro foca mais nos relacionamentos do protagonista, nas conversas, no desenrolar dos fatos. Tem até menos efeitos especiais (Tirando a regeneração dele, que é o tempo quase todo). É, talvez, o filme mais introspectivo das séries. E isso não é algo ruim, pelo contrário.
A Víbora e o Wolverine
Acostumada a ver o Wolverine fazendo par com mulheres poderosas e lutadoras, é um pouco estranho no início ver ele com a delicada Mariko. Mas ela se mostra tão forte quanto todas as outras que já passaram pelo seu caminho, até mesmo mais determinada.
Com Mariko
Um dos pontos mais interessantes do filme é que, apesar de ser de Hollywood, os personagens falam japonês, não inglês o tempo todo, como estamos acostumados a assistir. O diretor preservou a língua e a cultura do país sede do longa, o que foi algo bom de se ver.
Logan e sua "guarda-costas"
Dizem que desde os primeiros filmes o Wolverine não é muito fiel ao personagem original dos quadrinhos (A começar pela altura. Hugh Jackman tem 1,90 e na revista ele é baixinho) e que o roteiro de Wolverine – Imortal foi baseado em uma história específica de uma edição e mudou muita coisa. Mesmo não seguindo os preceitos da criação original de Stan Lee, esse filme segue o que já foi feito nos outros filmes em que o personagem aparece.
Recomendo.
Teca Machado
P.S.1: Não saia do cinema antes dos crédito subirem um pouco. Tem uma parte a mais muito legal.
P.S.2: Pela primeira vez num filme da Marvel não achei o Stan Lee em cena nenhuma. Alguém sabe me dizer se e quando ele aparece?
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