terça-feira, 28 de maio de 2013

Longe do Crepúsculo – A Hospedeira


Em 2009, quando Stephenie Meyer lançou o livro A Hospedeira, não me interessei em ler. A capa é legal, mas a história não me chamou a atenção. Tinha gostado da Saga Crepúsculo, mas tinha sentido que talvez já estava farta de vampiros tipo X Men, lobisomens e uma protagonista insuportável. O tempo passou e eu esqueci da existência desse livro. Quando lançaram o filme esse ano, pensei em assistir. Mas passou tão pouco tempo no cinema que eu perdi o timing. Deixei para lá, nem mesmo tinha visto o trailer. Até que uns dias depois, a Dudi, uma amiga que tem esse blog super lindo chamado Títulos de Livros e é tão obsessiva com livros como eu, me falou que valia muito a pena ler. Achei em promoção e comprei. Fiquei arrependida. Arrependida de não ter lido antes. Virou um dos meus livros preferidos.

Capa original

Coloque os seus preconceitos contra Stephenie Meyer de lado. A Hospedeira não tem absolutamente nada a ver com Crepúsculo. Ninguém vai brilhar no sol, nenhum pescoço será mordido e nenhuma família vampira vai viver com 17 anos para sempre. É tão ficção quanto os outros livros da autora, mas é mais “adulto”, vamos dizer assim. Crepúsculo falava apenas de amor e ponto final. A Hospedeira é sobre a sobrevivência da raça humana.

Num tempo não especificado, a humanidade quase chega ao fim. Alienígenas chegam de mansinho e tomam os humanos usando-os como hospedeiros. Eles são inseridos nos cérebros e a mente que estava ali antes é suprimida, deixando apenas o etê comandando o corpo. Eles continuam a viver a vida dos hospedeiros como se nada tivesse acontecido e a única diferença visível são olhos com um aro prateado ao redor da pupila. Quando os terráqueos percebem, já é tarde demais e foram praticamente dizimados.

Uma das maiores combatentes dos humanos remanescentes é Melanie Stryder, uma garota que se vê sozinha cuidando de Jamie, seu irmão mais novo. Quando encontra Jared, sua vida de fugitiva fica menos pesada, pois encontra ali um salvador e um amor. Até que é capturada pela raça alienígena e vira ela também uma hospedeira

Capa criada com o cartaz do filme

O que acontece é que ela se recusa a ser suprimida. Peregrina, a alma (Como são chamados os invasores) que toma o seu corpo, passa a ser obrigada a conviver com a teimosa Melanie em seu cérebro. Os embates entre as duas são ótimos. Como Melanie constantemente enche Peregrina com imagens e lembranças da sua vida com Jared e Jamie, a alienígena passa a também amar os dois. E assim ambas se aliam para procurar os homens e encontram uma célula rebelde cheia de humanos bons e maus, com defeitos e qualidades. 

Muito bem escrito e com o enredo bem amarrado, A Hospedeira me surpreendeu no melhor sentido. O início é meio lento, pois é quando capturam Melanie e Peregrina assume o corpo. Nesse momento, o ritmo vai devagar, situando o leitor na situação que a Terra vive. Quando Melanie e Peregrina começam sua busca desenfreada por Jamie e Jared fica excelente. Quando elas encontram o grupo humano, então, nem se fala. Ali é visto como o ser humano vive em sociedade e como ele reage em espaços confinados e quando está encurralado.

Você pensa no começo que vai odiar os alienígenas, afinal, eles estão acabando com a nossa raça. Mas eles são tão bons, dóceis, amáveis e pacatos que é impossível não se apaixonar pelas almas, principalmente por Peregrina, provavelmente a criatura mais altruísta do Universo.

Stephenie Meyer

A autora cria um quadrilátero amoroso entre três pessoas e uma mente que em nada lembra o trio um tanto insosso Bella-Edward-Jacob de Crepúsculo. Eu mesma me apaixonei pelos personagens, principalmente por Ian, um dos humanos da célula resistente aos alienígenas.

O livro é comprido, são 550 páginas, e você fica pensando “Será que tem assunto para tudo isso? Será que não fica enjoativo?”. A resposta é sim para a primeira pergunta e não para a segunda. Stephenie Meyer soube criar um ambiente totalmente crível, situações verossímeis (Apesar do tema um tanto irreal do livro) e personagens com características reais. Foi um livro que me fez perder muitas horas de sono à noite nessas últimas duas semanas porque não conseguia parar de ler antes de dormir.

A autora afirma que A Hospedeira é a sua obra favorita (E uma das minhas também) e que está escrevendo uma continuação (OBA!) de forma lenta. 

Cena do filme: Melanie e Jared

Agora estou louca para ver o filme. Me disseram que é bem fiel ao livro. Espero! Quando assistir, falo sobre ele para vocês.

Recomendo muito.

Teca Machado

Um comentário:

  1. Teca! Fico muito feliz por vc ter gostado! Concordo com vc em tudo! Muito melhor que a saga crepúsculo, muito mais adulto, vc se apaixona até pelos aliens! E tmb adorei o Ian :3 kkk E como vc disse, apesar desse começo ser um pouco dificil, quando ela saí em busca de jaime e quando ela finalmente os encontra! maravilhoso :3
    Ainda não vi o filme (tmb perdi ele nos cinemas) mas quero muito ver - o trailer é ótimo!
    E... eu não fazia ideia de que teria uma continuação!!!! (acho que até coloquei volume único no meu blog) Preciiiiso ler >< não escreve tão lentamente Sthephenie Meyer! kkkk
    adorei sua postagem! Vou espera sua opinião do filme!

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