A bondade humana não tem limites
Em alguns dias me recuso a assistir jornais ou a ler sites de notícias. De vez em quando fico cansada de tragédias, mortes, assaltos, guerras, misérias e calamidades. Acho que é por isso que gosto tanto de livros e filmes leves de comédia romântica, onde tudo dá certo ou quase certo. Sei que ignorar não faz com que as coisas não tenham acontecido, mas “o que os olhos não veem o coração não sente”. Só que às vezes fico feliz com reportagens que encontro, como o caso do “novo mendigo gato”.
A fotografia do novo caso "mendigo gato"
Anderson Antônio Dias da Silva e Sabrina Monteiro de Barros são um casal que passou por maus bocados. Com uma proposta de emprego certa, eles pegaram o filho de dois anos e se mudaram para São Vicente, no litoral de São Paulo. Chegando ao local, as coisas desandaram, o emprego não apareceu e eles se viram morando na rua. Para piorar a situação, Sabrina estava grávida de oito meses. Sem saber o que fazer e com medo de que a família fosse separada, eles andaram por toda a cidade procurando onde dormir, o que comer e como sobreviver.
A história deles mudou quando Roberto Schweitzer, dono de um restaurante na cidade, ofereceu o almoço para a família. Lá conheceram Claudete Sachi, que ouviu o relato deles, tirou uma foto e colocou na internet. Menos de oito horas após ficar on line (E milhares de compartilhamentos depois), eles já tinham dezenas de propostas de emprego e moradia em vários locais do Brasil. Após ouvir todas, eles escolheram um trabalho numa marina do Guarujá onde têm emprego e casa.
Casal e filho na nova cidade
O relato deles que eu vi no Globo.com é muito bonito. Eles contam como sobreviveram uma semana com ajuda da bondade alheia e como tentaram passar por cima do preconceito e do estereótipo de que se está morando na rua é porque é drogado.
“Uma vez pedimos uma moeda para comprar pão no dia seguinte e o rapaz nos deu R$ 10. Nunca um morador de rua ganha tanto. Recebemos o dinheiro e ficamos muito felizes. Outra vez pedimos um pão com manteiga para o nosso filho e um rapaz mandou fazer três sanduíches para gente e ainda deu duas blusas e calças lindas, novinhas. Essas a gente guarda até hoje como lembrança dessa pessoa”, conta Anderson.
Na marina onde Anderson conseguiu trabalho
Pelas fotos atuais, é possível ver que todos estão muito bem e felizes, principalmente o filho, que faz três anos daqui uns dias. Segundo o casal, eles ainda não sabem o sexo do bebê que está para nascer, mas se for menino vai chamar Roberto, se for menina vai chamar Roberta.
É reconfortante saber que no mundo ainda há pessoas boas e que se importam com as outras, mesmo com desconhecidas e com “párias” da sociedade. Histórias assim fazem com que o meu coração se encha de alegria e queira fazer sempre o bem, mesmo que seja com algo pequeno, pois pode fazer toda a diferença.
Agora todos estão felizes
Hoje em dia, numa época em que a informação é abundante, acabamos esquecendo em pouco tempo daquilo que foi divulgado há algumas semanas, seja notícia boa, seja notícia ruim. Mas algumas coisas nos marcam. E essa me marcou. E tenho certeza absoluta que para todos os envolvidos será algo que vão lembrar até o fim dos seus dias.
Que essa história sirva para nos lembrar que imprevistos e situações ruins podem acontecer com qualquer um, a qualquer momento. Faça pelos outros aquilo que você gostaria que fizessem por você.
Teca Machado
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