A terrível história da foto 3X4
Essa semana minha irmã me mostrou as fotos 3X4 das minhas sobrinhas. Como eu sou a tia mais babona de todo o universo, achei a coisa mais linda que já vi na vida. A Aninha, de 4 anos, está parecendo a Branca de Neve, e a Helena, mais conhecida como Lelê, de 2 anos, está com cara de “Soltei um pum, está fedendo e você nem sabe que fui eu”, haha. Olhando essas fotos gracinhas, lembrei de uma das histórias mais clássicas da minha família (Essa está no livrinho que eu comentei nesse post).
Lelê e Aninha. Morram de amores por elas!
Para início de conversa e em minha defesa: Quem sai bonito em foto 3X4? Acho que nem a Gisele Bundchen, né?
Já disse há um tempo que eu era bem feia quando era mais nova. Bem feia mesmo. Com força. Nessa época, eu estava com 11 anos e tinha acabado de colocar aparelho nos dentes. Ou seja, estava com a boca toda inchada e me sentindo totalmente inadequada.
Para a matrícula de um novo ano na escola, precisava de uma foto 3X4. Como as minhas antigas tinham acabado, minha mãe levou a mim e a minha irmã para poder tirar algumas. Isso foi em 1999, então ainda não tinha câmera digital. Não dava para você ver a foto antes e nem escolher a menos piorzinha.
No outro dia voltamos lá para buscar. A minha irmã saiu até bonitinha, para os padrões de uma 3X4.
- Moça, - Perguntei para a atendente. – cadê a minha foto?
- Ah... – Ela parou de falar sem graça.
- O que aconteceu? – Minha mãe perguntou.
- Bom, a sua foto não ficou muito boa, sabe? – Disse ela com vergonha. – Então você pode tirar outra vez, sem que a gente cobre por isso.
O QUÊ? Eu tinha ficado tão feia que a mulher ficou com dó de mim e me deu outra de graça?
A minha irmã, como sempre (Malvada. Já falei que ela me amarrou no poste umas 345 vezes. É um trauma da minha vida!), achou aquilo o máximo e pediu para a atendente que a deixasse ver. A moça pegou, mostrou e eu quase chorei. Parecia que a câmera tinha um efeito de Casa dos Espelhos de parque de diversões. Eu estava toda torta. Um olho meio aberto, o outro meio fechado, boca entreaberta como se eu tivesse babando. Enfim, até hoje não sei o que aconteceu.
Tirei outra foto, com cara de choro, que ficou um pouco melhor.
A minha irmã pegou uma de recordação e durante muito tempo mostrou para amigos e namorados que eu tive, além de contar essa história para todo ser vivo que passou pelo caminho dela. Graças à Deus, essa foto desapareceu e ninguém nunca mais a viu (Mas esse caso continua a ser contado para todo mundo).
Eu acho que a atendente guardou as fotos e naqueles dias quando tudo dá errado, quando ela está triste e quando o o mundo conspira contra, ela pega, olha aquilo, ri até chorar e pensa que poderia ser pior: Ela poderia ser essa menina torta!
Teca Machado
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