sábado, 30 de março de 2013

Não tem o Marley, mas mesmo assim é muito bom


Não tem uma pessoa que eu conheça que tenha lido Marley & Eu e não tenha se apaixonado (Meio que comentei sobre ele aqui, quando o meu labrador teve que ser sacrificado ano passado). Apesar do Marley ser uma fonte inesgotável de casos engraçados, o livro não teria sido tão bom, tão interessante e tão bem sucedido se não fosse a escrita envolvente e agradável de John Grogan, “pai” do cachorro e autor da obra. Fatos corriqueiros da sua vida ao lado do melhor amigo do homem ganharam um brilho a mais graças à sua narrativa. E o mesmo aconteceu com o seu outro livro chamado De Volta Para Casa.


De Volta Para Casa é uma biografia de John Grogan que vai desde quando era criança até o momento de lançamento do livro, mostrando principalmente o relacionamento dele com os pais. A falar bem a verdade, a vida dele não teve nada muito espetacular ou interessante (Tirando o fato de ele ter tido um cachorro parecido com um tsunami e hoje ser um escritor best seller cujo livro virou filme). 

Pais rígidos e muito católicos, infância com uma namoradinha aqui e outra ali, relacionamentos bons, relacionamentos ruins, uma fase meio louca na faculdade, quer ser um jornalista que desejava mudar o mundo, casamento, filhos. Tudo isso normal e nada que outras milhares de vidas não tenham tido. Mas o que faz a história chamar a atenção e fazer com que o leitor fique curioso para saber o que aconteceu em seguida é o modo como John Grogan escreve. Ele abre o seu coração e a sua mente, mesmo em situações constrangedores, e isso transforma situações simples e corriqueiras, faz com que elas ganhem uma carga emotiva e um significado especial, tudo isso sem ser brega, piegas ou meloso.

John e Marley ainda meio filhotinho

Confesso que quando comecei esperava ver um pouco mais do Marley. Gosto tanto do outro livro que imaginei que esse seria uma continuação. Mas John Grogan explica que o livro sobre seu cachorro foi o anterior, esse é sobre outra parte da sua vida, igualmente importante. Marley dá apenas uma passadinha rápida por algumas páginas. Só que a história é boa, então o leitor nem se importa de não ver muito do carismático e terrível labrador.

De Volta Para Casa não fez tanto sucesso quanto Marley & Eu, mas é muito bom também. Acho que eu mesma gostei bastante porque John Grogan é um homem comum, com histórias pouco melhores que o comum e que sabe contar bem um “causo”. O leitor se identifica com os problemas dele e com os seus conflitos internos, pois são sobre situações que praticamente todo mundo passa.

O livro best seller de John Grogan

Além da boa história que li em poucos dias, De Volta Para Casa tem um significado um tanto especial para mim porque foi o primeiro presente que o meu namorado me deu. E eu, como uma maníaca por livros que acha que eles são meus nenéns, guardo com o maior carinho do mundo, ainda mais porque ele veio com dedicatória.

Recomendo.

Teca Machado

sexta-feira, 29 de março de 2013

Um dos menores posts da história do blog


Hoje é feriado e ninguém quer saber de trabalhos intelectuais ou que forcem o cérebro (Depois da semana INSANA que tive no trabalho, tudo o que quero hoje é utilizar minha capacidade intelectual apenas no piloto automático das funções vitais).

Então, não fiz um texto longo. Nem mesmo um curtinho. Tudo o que eu vim fazer aqui hoje é deixar um recado para vocês:


Se chover, usem o guarda-chuva!

(Hahaha. Não resisti a essa imagem super amor! Esse fotógrafo merece um beijo)

Bom feriado!

Teca Machado

P.S.: Hoje é Sexta-Feira Santa. Quer saber mais sobre a Páscoa? Entre aqui.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Coletânea da época de ouro de Hollywood


Algumas das melhores e mais clássicas cenas do cinema são da época de ouro de Hollywood. Trata-se das décadas de 1930, 1940 e 1950, quando os homens eram exímios dançarinos e cantores, as mulheres eram tão lindas que até doía olhar (Alô Greta Garbo, Rita Hayworth, Marilyn Monroe...) e grande parte das produções era musical. Muitos filmes foram esquecidos pelo público, mas alguns sobreviveram no imaginário e hoje fazem parte da história cinematográfica mundial. O maior exemplo é Cantando na Chuva (Que comentei aqui) e sua famosa cena com Gene Kelly cantando “I’m singin in the rain, just singin in the rain...”.


Em 1974, a MGM fez o documentário Era Uma Vez Em Hollywood (That's Entertaiment, no original) em comemoração aos seus 50 anos de existência. Narrado por Frank Sinatra, basicamente o filme é uma compilação das melhores cenas musicais do cinema de 1925 a 1974. E, olha, tirando umas meio chatinhas e dramáticas demais, são todas fantásticas. É incrível o que os estúdios podiam fazer mesmo com tão poucos recursos de manipulação de imagens ou de câmeras de vídeo. 


Super produções, como no caso dos filmes da nadadora/atriz Esther Williams, são de encher os olhos pela quantidade de dançarinos/nadadores, pelo cuidado com o cenário e com o brilho do figurino. E cenas mais simples, como quando Gene Kelly e Fred Astaire dançavam em um cenário sem nada demais, também são de encher os olhos, pela habilidade e carisma que eles tinham e exalavam. 


Sou suspeita para falar, porque amo o cinema antigo, mas juro que é muito bom mesmo.

Como não é apenas sobre um filme, o elenco que aparece é o mais recheados de estrelas possível. Entre os mais conhecidos estão: Fred Astaire, Gene Kelly (Lindo de babar), Frank Sinatra (Novinho e lindo demais), Elizabeth Taylor, Liza Minneli, Debbie Reynolds, Judy Garland, Donald O’Connor e outros.


Melhor do que falar sobre Era Uma Vez em Hollywood, é mostrar o trailer do filme (Adiante os primeiros 45 segundos porque é só alguém falando. Trailer de 1974, sabe como é, né?):


Era Uma Vez em Hollywood fez tanto sucesso na época do lançamento que a MGM transformou em trilogia. Meu pai comprou o box com os três filmes, mas ainda só assistimos o primeiro. Ficamos tão encantados que quase saímos dançando pela casa.

Recomendo.

Teca Machado

quarta-feira, 27 de março de 2013

Significados que o dicionário não nos diz


Vocês se lembram de quando eu postei uma lista chamada “30 conselhos para a vida que ninguém te conta” do blog Casal Sem Vergonha? Então, hoje vim postar um texto deles mais uma vez. Não tenho costume de acessar o site, mas vi no Facebook de uma amiga e achei uma graça. E como todo mundo precisa de amor e palavras bonitas, resolvi compartilhar com vocês: 


Que me desculpe o Michaelis, mas no universo do amor, as palavras ganham significados diferentes. Achamos as definições já existentes muito simplistas e resolvemos recriar algumas definições segundo o universo dos apaixonados. Eis algumas delas:

“Acordar” deixa de ser o penoso verbo intransitivo que quer dizer “recobrar os sentidos, voltar a si”, e ganha uma motivação a mais. Quem ama, logo que abre os olhos, acaba pensando no outro, e sair da cama fica mais fácil – seja porque hoje é dia de vê-lo ou apenas porque mandar um SMS de bom-dia-eu-te-amo dá mais energia do que um gole de café preto.


“Beijar” perde o monótono sentido de “ato de chegar os lábios a alguém ou a alguma coisa” e se transforma numa das melhores coisas da vida. Quem ama não só beija: penetra na alma do outro.

“Conchinha” também ganha significado novo – deixa de ser o ”invólucro duro e calcário, quase sempre cônico, de certos animais, especialmente dos moluscos” e passa a ser uma das coisas mais aconchegantes que existe. Quando Deus fez nossos corpos, ele os calculou certinho para que se encaixassem na posição preferida dos apaixonados.

“Doar”, que no significado comum é ”transmitir gratuitamente a outrem bem, quantia ou objeto que constituía propriedade”, ganha muito mais sensibilidade. Talvez os apaixonados sejam os que fazem essa ação com mais maestria, porque se doam de corpo de alma, se doam por inteiro. Doar, na realidade dos amantes, ganha uma freqüência exemplar, principalmente quando estamos falando de seres naturalmente egoístas como os humanos.


O verbo transitivo direto “elogiar”, que antes tinha a monótona definição de ”aplaudir, gabar, louvar”, no dicionário amoroso ganha definição de: “alimento mais poderoso no quesito manter relações longas e felizes; alimento pra alma.”

“Gostar”, que tradicionalmente tem o significado de “achar bom ou belo”, deixou de existir e se perdeu em meio a imensidão dos sentimentos dos amantes. Gostar é pouco demais, sóbrio demais, singelo demais. Por desuso, a palavra foi substituída pra sempre por amar.

“Hoje”, que em teoria é “no dia em que estamos, no dia corrente”, ganha novo significado de “o bem mais precioso que se tem”. Porque os amantes lúcidos sabem que o ontem já foi e que o futuro ninguém sabe, já que as pessoas não nos pertencem, apenas permanecem enquanto estão felizes naquele lugar. Quem ama vive o hoje com todas as forças.


“Intenso”, antes conhecido como algo “em que há muita tensão”, perde totalmente o sentido pejorativo e passa a ser adjetivo que antecede todos os substantivos no amor.

“Jurar”, palavra tão usada no dicionário comum do dia a dia, ficou obsoleta e caiu em desuso no dicionário dos apaixonados conscientes. Quem sabe da fragilidade da vida não faz juras de amor, e sim demonstra diariamente o sentimento com ações.

“Lindo”, que para alguns é algo modesto como “aprazível, agradável”, perde o papel de coadjuvante e ganha muito mais espaço nessa nova versão da Língua Portuguesa. Lindo vira radiante, esplendoroso, digno de aplauso. E tudo, pra quem ama, ganha esse adjetivo na frente, inclusive a vida, que, definitivamente, fica linda quando a gente se apaixona.


“Mentira”, que é conhecida por “afirmação contraditória à verdade”, ganha novo significado de “punhalada nas costas.” Pra quem ama, saber que aquela pessoa que escolheu dentre todas as outras do mundo lhe enganou dói mais do que ferida aberta com tatuagem.

“Nariz” deixa de ser “parte saliente do rosto entre a testa e a boca” e passa a ser “aquela parte do corpo do outro na qual a gente tem vontade de beijar a pontinha quando o amor transborda.”

“Olhar” deixa de significar “fixar os olhos em” e ganha definição de “compulsão dos apaixonados.” Quem ama quer o outro sempre perto dos olhos.

“Pegar” não é mais “segurar, prender com a mão”, e sim “agarrar com vontade e nunca mais querer soltar.”


“Querer” não é mais “ter a intenção de”. O querer é o sentimento que motiva cada passo e que contamina todas as horas do dia.

“Raiva” que no dicionário real era “aversão, ódio” também caiu em desuso e deixou de existir na versão amorosa do dicionário. O sentimento do amor é tão forte e poderoso que anula o poder da raiva. Onde existe luz, não pode haver escuridão.

“Saudade”, que para os meros mortais era “recordação nostálgica e suave de pessoas ou coisas distantes”, ganha nova definição de “sentimento dramático que esmaga o peito e que só passa quando o outro chega.”

“Tristeza”, é muito mais do que somente “falta de alegria ou contentamento.” Tristeza é aquele sentimento que corta o peito como facão afiado, é o clamar do coração que demonstra estar doente. Tristeza é o oposto do amor.


“Urgência”, em vez de “pressa”, vira aquele sentimento forte que assola os corações dos apaixonados quando estão longe um do outro. Urgência é a fome do coração.

“Verdade”, que antes era “realidade e exatidão”, ganha significado de “base, estrutura”. Sem ela, o edifício do amor desaba.

Os gramáticos e estudiosos da Língua Portuguesa que nos desculpem a audácia de criar novas definições baseadas na nossa experiência de ter o coração aquecido pelo sentimento mais poderoso do mundo – mas é que pra gente, a vida deixa de ser monótona e ganha um novo sentido.


*definições tradicionais das palavras foram consultadas no Dicionário de Português Online Michaelis.

Teca Machado 

P.S.: Imagens do We Heart It

terça-feira, 26 de março de 2013

Um evento real, uma história fictícia: Private – Missão Jogos Olímpicos


Já falei aqui do James Patterson e aqui da série dele chamada Private, quando comentei sobre o primeiro livro. Essa semana terminei de ler Private – Missão Jogos Olímpicos, parte da sequência, e digo que foi o melhor do autor e um dos melhores que li nos últimos tempos (E olha que eu leio bastante livros, hein?). Ele foi escrito em conjunto com Mark Sullivan, também escritor de livros policiais.


Como a maior parte dos livros do autor, Private – Missão Jogos Olímpicos não é uma continuação. O outro livro “fechou” redondinho a história e esse de agora são com personagens diferentes num contexto diferente. A Private, agência internacional de investigações de propriedade de Jack Morgan, tem uma filial na Inglaterra, onde passa o enredo dessa obra.

Londres, 2012. Um dia antes da abertura das Olímpíadas, Sir Denton Marshall, um dos membros do comitê de organização dos Jogos Olímpicos, é brutalmente (Brutalmente MESMO) assassinado por um indivíduo que se autodenomina Cronos, o deus do tempo da mitologia grega. Ele afirma que os Jogos Modernos perderam toda a essência do espírito olímpico da Antiguidade e que da maneira como está sendo conduzido, com propaganda, doping, corrupção e soberba, é uma afronta aos deuses olimpianos. Então, ele e suas Fúrias, três mulheres altamente treinadas e desequilibradas que o ajudam, vão limpar essa chamada podridão. 

Horas depois do assassinato, a jornalista Karen Pope recebe uma carta de Cronos falando sobre a sua ação e que muitas outras estão por vir. Desesperada, pede ajuda à Private Private, que em Londres está sob o comando de Peter Knight. A agência também foi contratada para cuidar da segurança dos Jogos Olímpicos. Jack Morgan, protagonista do primeiro, aparece, mas como personagem secundário, pois esse livro é em torno de Knight. Juntamente com a Scotland Yard, o MI5 e as investigações particulares de Karen Pope, a história vai se desenrolando, enquanto todos tentam prever os atentados e os próximos assassinatos. Enquanto o caos vai acontecendo, os países vão desistindo de participar das Olimpíadas e os atletas demonstram verdadeiro amor pelo esporte e pelo espírito olímpico. 

Esse é o James Patterson. Cara de avô bonzinho.

Diferente dos outros livros de James Patterson, Private – Missão Jogos Olímpicos não é lotado de personagens. São apenas os essenciais para o enredo e com isso você pode ir se aprofundando na vida de cada um, principalmente de Peter Knight. Ele é um excelente detetive, dedicado, inteligentíssimo e que divide o seu tempo entre a agência e os filhos gêmeos Isabel e Luke, de três anos. Descobrir quem é Cronos se torna tarefa ainda mais crucial para ele, pois o primeiro assassinado, Sir Denton Marshall, era noivo da sua mãe. 

Essa convivência familiar deixa a história mais sensível, pois conta como Knight, pai e viúvo, tenta se manter de pé todos os dias enquanto cuida das crianças e sente uma falta absurda de Kate, sua esposa que morreu no parto.

Private – Missão Jogos Olímpicos é eletrizante. A narrativa é rápida, fácil e sem firulas. As páginas finais me deixaram sem fôlego. Eu senti como se tivesse corrido uma maratona no final, de tão emocionante e cheio de ação que é. Achei o desfecho muito bom e em momento algum desconfiei quem era Cronos, apesar de os capítulos em que o mostravam serem em primeira pessoa e os outros em terceira pessoa.

Esse é o Mark Sullivan. Cara de policial durão que faz filme com o Bruce Willis.

Dessa vez James Patterson não deixou nenhum “fio solto” na história e tudo era relevante (Diferentemente do primeiro Private que eu achei tudo muito bobinho e sem importância). Os autores acertaram em cheio e acho que isso se deve principalmente ao fato do coautor ser especializado em livros policiais.

Pesquisando, descobri que Private – Missão jogos Olímpicos é o segundo sobre a filial de Londres, mas o primeiro ainda não tem no Brasil. A editora priorizou esse, pois foi lançado alguns meses antes da verdadeira Olimpíadas de Londres no ano passado. Espero que o primeiro seja tão bom quanto esse.

Recomendo.

Teca Machado 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Make over em 4 minutos no banheiro do restaurante


Não dá raiva quando você, mulher, passa algumas horas no salão cortando, hidratando, penteando, depilando, esfoliando, maquiando e outros “andos” e quando chega em casa o marido/noivo/namorado não nota nada de diferente? Sim, é para deixar qualquer mulher puxando com força os cabelos recém-escovados.

Para que isso não aconteça mais e acreditando que toda mulher merece um elogio, as lojas Carmen Steffens, Scala e Villa, de São Luis, Maranhão, fizeram um teste com casais. A proposta era ver se os homens reparam quando a mudança era bem drástica. 

As mulheres iam vestidas “normais” para um jantar romântico em determinado restaurante. Pediam licença para ir ao banheiro e, chegando lá, uma equipe de maquiadores, cabeleireiros e estilistas das lojas remodelavam elas em exatos quatro minutos. Quando voltavam, a reação dos maridos e namorados foram gravadas. Dá uma olhadinha:




Homens, sempre que puderem, elogiem. Nós gostamos e você ganham muitos pontinhos conosco.


Teca Machado 

P.S.: Lojas, se quiserem me remodelar, estou aceitando também, viu? Hahaha.

sábado, 23 de março de 2013

Você faria isso por um amigo?


Se o seu melhor amigo ligasse de madrugada, pedindo para você levar até uma parte perigosa da cidade uma grande quantia de dinheiro (300 euros, no caso), dizendo que estava em apuros por causa de um jogo de pôquer, você iria?

A cerveja Carlsberg fez uma campanha de comunicação chamada Carlsber puts friends to the test. Trata-se de uma pegadinha que testa amigos de fãs da bebida.

Dá uma olhadinha no vídeo (Legendas em inglês):


O melhor é a menina ficando muito brava querendo ir embora, haha. Esse amigo deve ter levado uma bronca dela depois...

Já pensou se o seu amigo não levasse o dinheiro para você? Situação sem graaaaaaaça.

Por quem você faria isso?

Teca Machado

P.S.: Dica do William Dente. Obrigada! ;*

sexta-feira, 22 de março de 2013

What’s The Movie – O novo Song Pop


Há mais ou menos um ano, o vício de todo mundo que tinha smatphone era o Draw Something. Passada a febre, a nova moda virou o Song Pop. Agora, acredito que o próximo aplicativo must have é o What’s The Movie?.


Dos mesmos criadores do Song Pop, a prerrogativa de What’s The Movie? é a mesma do seu irmão mais velho. Só que ao invés de escutar pedaços de músicas para acertar entre as opções oferecidas, é um pedaço do trailer do filme. Tem que responder rápido para ganhar mais pontos.


Como no Song Pop e no Draw Something, você pode desafiar os seus amigos do Facebook, da lista de contatos ou mesmo desconhecidos (Gente, só tenho UM amigo que tem o aplicativo e foi por meio dele que fiquei sabendo. Se vocês começarem a brincar de What’s The Movie?, me chamem! Carente, né? Haha).

A listagem de filmes engloba todo tipo de gênero: Ação, comédia, romance, suspense, documentário, drama, estrangeiro, horror, ficção-científica e por aí vai. Quando você começa a brincar, são poucas opções disponíveis e tem que ir desbloqueando. Quanto mais você jogar, mais ganha “bilhetes de cinema”, a moeda de troca do jogo, e juntando bastante, pode comprar listas de outros gêneros. 



Vantagens de What’s The Movie:

1- É muito legal e viciante.
2- Você testa os seus conhecimentos cinematográficos.
3- É de graça.
4- Ótimo passatempo.

Desvantagens de What’s The Movie:

1- Sua internet 3G ou mesmo wifi tem que estar muito boa para carregar.
2- Tem que saber o nome dos filmes em inglês, porque em alguns casos aparece a versão brasileira e em outros não.

Recomendo.

E não se esqueçam: VENHAM BRINCAR COMIGO!

Teca Machado

quinta-feira, 21 de março de 2013

Por que ler dá sono?


Muita gente fala para mim que não gosta ou que não consegue se apaixonar por livro nenhum porque ler dá sono. Até eu, uma leitora voraz/compulsiva/viciada/louca, também fico com sono em alguns dias, já que leio principalmente antes de dormir. A atmosfera do quarto só com abajur, o ar condicionado ligado, o edredom quentinho, ter trabalhado o dia todo e ser tarde da noite, de vez em quando é uma combinação fatal para o livro e não consigo passar muitas páginas (Mas geralmente isso não acontece, porque tenho o péssimo costume de ler até de madrugada, mesmo tendo que acordar cedo no outro dia).

Livros são mais do que aconchegantes

Essa semana, folheando a Revista Superinteressante de janeiro vi essa matéria falando sobre isso e achei bem legal para compartilhar com vocês:

Por que ler dá sono? – Por Cristine Kist

O problema não é a leitura, é você. E a hora em que resolve abrir o livro.

Não é ler um livro que dá sono, claro, mas substâncias químicas que agem no corpo. Uma delas é a adenosina, que se acumula ao longo do dia. Quanto mais adenosina, maior o sono, explica Fábio Haggstram, diretor do Centro de Distúrbios do Sono do Hospital São Lucas, de Porto Alegre. Ou seja, o problema, na verdade, é a hora da leitura. Experimente ler em outro horário. Você pode até sentir preguiça, não conseguir nem virar a página e se entediar. Mas não terá sono.

Quem nunca dormiu com o livro na cara?

Já a segunda substância envolvida é a melatonina. Ela regula o sono, pois é liberada quando o ambiente escurece. Por isso dormimos, normalmente, à noite. E, como a luz inibe a produção de melatonina, quem lê no tablet, por exemplo, tende a sentir menos sono do que quem lê no papel. É por esse mesmo motivo que é mais fácil passar horas na internet ou vendo televisão do que ler um bom livro de madrugada. Não se sinta culpado se a TV estiver mais agradável às 4h.

Três dicas para não dormir - Ponha a leitura em dia antes de cair no sono

1. Começou a bocejar? Levante e dê uns pulinhos. Estar acordado é reagir a estímulos, e esse pequeno exercício nada mais é do que um estímulo motor. De quebra, vai ajudar a quebrar a monotonia.

2. Ler em voz alta exercita outras partes do cérebro, como o lobo temporal (relacionado à audição) e o lobo frontal (relacionado à produção da fala), e vai acabar com aquela preguiça momentânea.

3. Leia sentado. É lógico: a não ser que você tenha problema na coluna, é mais difícil dormir sentado do que deitado, já que, para dormir, é preciso relaxar toda a musculatura, o que não ocorre sentado.

Sim, sono, tenho mais o que fazer!

Espero que com essas dicas, você possa e consiga ler mais e mais e mais e mais e mais...

Teca Machado

quarta-feira, 20 de março de 2013

Um excelente fracasso de bilheteria: John Carter – Entre Dois Mundos


Detesto quando um filme bom vira um fracasso de bilheteria. Esse foi o caso de John Carter – Entre Dois Mundos, lançado ano passado. Na época que saiu no cinema, ninguém me falou “Eu gostei” ou “Eu não gostei”. Eu mesma não assisti, mas não tenho a mínima ideia do motivo, já que eu adoro esse tipo de história. Acho que simplesmente deixei passar. Então, pior do que ser criticado negativamente, é ser ignorado. Opinião, cada um tem a sua, mas não ser assistido, é o pior dos pesadelos para um estúdio. Foi o que aconteceu com esse filme. Uma pena, porque finalmente vi nesse final de semana e achei excelente.


Apesar de falar de outros mundos, máquinas voadoras muito tecnológicas e temas meio modernos, John Carter foi escrito em 1912 por Edgar Rice Burroughs, o mesmo autor de Tarzan. O nome original da obra é A Princesa de Marte (E eu fiquei interessadíssima em ler!).

A premissa de John Carter pode não parecer novidade. Mais um herói cabeludo, bonito, sarado, de tanguinha, que luta com vilões e monstros numa terra que não é sua, tudo para salvar uma mulher bonita, sarada e geralmente em uma sexy roupa de couro (O Príncipe da Pérsia, Avatar, 300, Gladiador, Conan, Fúria de Titãs...). Só que isso é bom. Grande parte dos espectadores gosta disso (Eu! Eu!). Mas o mais interessante é que provavelmente ele foi o precursor de todos esses heróis anteriores.

Taylor Kitsch, o novo John Carter

Então, o milionário John Carter (Taylor Kitsch, beeeem gatchenho e que interpretou o Gambit em X Men Origens: Wolverine) morreu. Antes de falecer, pediu para que chamassem o seu sobrinho Edgard Rice Burroughs (Sim, o autor da história. Ele é interpretado por Daryl Sabara, o ruivinho de Pequenos Espiões). Como herança, John Carter deixa tudo para o rapaz, inclusive um diário, onde conta o que aconteceu com ele 13 anos antes.

Pequenininho o bicho, né?

Naquele tempo, John Carter vivia na época da Guerra Civil americana. Ex-capitão do exército sulista, ele era meio que um fora da lei, que fugia das convenções sociais depois que passou por dramas familiares que o deixaram sem rumo e sem propósito. A procura de uma mina de ouro e fugindo de uma tribo indígena, acaba entrando numa caverna e dando de cara com um alienígena azulado e meio careca que o manda sem querer para Marte.

John Carter e Dejah Toris

Num mundo estranho, onde não consegue andar direito por causa da gravidade (As cenas mais engraçadas do filme são quando ele está reaprendendo a andar) e sem a mínima ideia do que fazer, ele se vê no meio de uma guerra entre os habitantes do planeta (São iguais a nós, mas com sangue azul e uma das raças tem a pele meio vermelha). Encontra também os Tharks, uns etês que também vivem lá. Muito altos, verdes e com quatro braços, tentam escravizar John.

Esse bichinho bônito é um Thark

Sem intenção nenhuma, o protagonista se envolve na batalha de Marte e salva a princesa Dejah Thoris (A curvilínea de olhos azuis brilhantes Lynn Collins). Ambos se aliam, juntamente com uma Thark e um bichinho que parece uma mistura de cachorro e sapo, para tentar acabar com a guerra e para o protagonista voltar para a Terra.

De tão feio é gracinha esse cachorro da guarda que parece um sapinho, lagarto e tubarão

Sem spoiler, é claro, mas o final desse filme é sensacional. Muito inteligente, do tipo que deixa você com o queixo caído pensando “Uau!”. Foi um dos melhores desfechos que já vi. O roteiro é bem amarrado, mas não explica bem algumas coisas, o que é normal é adaptações de livros. É bem corrido, de ação e engraçado.

A princesa de Marte é bem bonita

John Carter – Entre Dois Mundos é da Disney, mais precisamente da Pixar. Foi o primeiro filme do estúdio de animação que não foi desenho. Então, é óbvio que o nível técnico e de efeitos especiais é o mais alto possível. Apesar de ser grande parte feito por computação gráfica, não é exagerado e nem parece irreal, principalmente nas paisagens áridas de Marte. Assistir em 3D é uma experiência a parte. Se você tiver a oportunidade, faça isso.

De ação e divertidíssimo

Não sei porque o público não gostou do filme. Tudo bem que nem todo mundo aprecia ficção científica, mas John Carter – Entre Dois Mundos, é muito bom e divertido. Mas até entendo porque o filme deu prejuízo. O custo de produção foi de U$ 250 milhões, fora os U$ 100 milhões gastos com marketing e promoção. Ele arrecadou ao redor do mundo quase U$ 290 milhões, mas para dar lucro realmente, tinha que ter atingido no mínimo U$ 800 milhões, uma façanha e tanto. Infelizmente não foi o caso. Dizem que foi um dos maiores fracassos da história da Disney, tanto que isso causou o afastamento do chefe de estúdio.

Muitos querem uma sequência, mas por enquanto a Disney se recusa. Bom, o jeito é esperar e torcer para que ela mude de opinião.

Recomendo bastante.

Teca Machado

terça-feira, 19 de março de 2013

Amor, jornalismo e Nova York – Um Romântico Incorrigível


“É um livro, é sobre amor, é com um jornalista e passa em Nova York. Tem como a Teca não gostar?”, foi isso o que a Ângela, minha amiga, disse que pensou ao comprar o livro Um Romântico Incorrigível para mim. E sim, ela estava completamente certa: Eu amei! Já tinha visto a obra nas livrarias e me apaixonado perdidamente pela capa divertida e simbólica. Só não tinha comprado ainda porque tinha outros livros na minha “pequena” fila. Sorte que eu ganhei. Obrigada, Ângela!


Que atire a primeira pedra quem nunca ficou encalhado um tempinho ou quem nunca tenha levado um fora. Gavin, um jornalista nova-iorquino de 37 anos, que o diga. Um desastre no amor, completamente sem jeito com as mulheres e um tanto exigente, ele lida com a felicidade alheia todos os dias da sua vida, pois tem uma coluna sobre casamentos no fictício The Paper, o jornal número 1 dos EUA. E escrever sobre o amor e não tê-lo em sua vida está matando o protagonista por dentro. Assim ele começa a procurar a sua alma gêmea.

Até que no dia de Ano Novo, em uma festa lotada e péssima, Gavin conhece a estonteante e divertida Melinda, uma jornalista de viagens. Óbvio que ele se apaixona perdidamente. Eles passam alguns momentos mágicos no terraço de um prédio. Bundão Covarde Tímido do jeito que é, Gavin não pede o telefone da garota e ela simplesmente desaparece.

Arrependido e na busca por Melinda em uma cidade com mais de oito milhões de habitantes, ele tenta colocar em prática os conselhos de noivos que entrevista. Sendo que o melhor é: “Se deixar alguém tirar seu chão, é melhor que esteja preparado para cair de bunda depois”. Isso é um sinal claro de que ele vai se atrapalhar mais ainda do que antes.

Um Romântico Incorrigível é engraçado, doce, sensível e até bem realista. O autor é Devan Sipher, que, assim como Gavin, escreve na coluna Vow (Voto de casamento) do jornal New York Times. É tão bom porque ele tem conhecimento de causa. Seria uma autobiografia?

Devan Sipher, o Gavin da vida real

Fininho (250 páginas) é uma leitura prazerosa e gostosa. Apesar de descrição ser super mulherzinha, o livro também é para homens. Narrado em primeira pessoa por Gavin, é bom saber que ainda há homens românticos no mundo, que querem uma alma gêmea e que fariam de tudo (Tudo mesmo. Vocês não imaginam o que o Gavin faz no final do livro) por ela.

Sempre digo que penso como Lisbela, de Lisbela e o Prisioneiro. “O importante não é o que acontece, mas como acontece”. E é isso em Um Romântico Incorrigível. O desfecho do casal é claro desde o início, mas como chega a esse ponto é bem divertido e diferente. Eu não imaginaria.

Algo que gostei bastante foi que o autor constantemente fala de música, cinema e televisão “de verdade”. Cita programas e cantores reais, o que deixa a narrativa ainda mais palpável

Detalhe super amor: Cada capítulo tem um título divertido e fora do comum. Eles estão inseridos num balão como da capa, o que deixa tudo mais bonitinho.

Um Romântico Incorrigível daria um ótimo filme de comédia romântica no melhor estilo Vestida Para Casar.

Recomendo.

Teca Machado

segunda-feira, 18 de março de 2013

“Baseado na melhor história real”.


Por mais que eu goste de escrever e de falar (Quem me conhece sabe o tanto que eu adoooooro falar), alguns vídeos, imagens e histórias dispensam comentários. E esse é o caso desse vídeo que está virando febre no Facebook nos últimos dias:

A história da Páscoa



“Baseado na melhor história real”.

Super amor, né? Simples, bonito e sensível. E que crianças lindas!

Ainda não é Páscoa, mas a mensagem do sacrifício e amor de Jesus já fica para a gente.

Teca Machado

sábado, 16 de março de 2013

Bonito de se ver, gostoso de assistir – Oz: Mágico e Poderoso


“Não há lugar como o nosso lar”. Uma das frases mais famosas do cinema. Assisti incontáveis vezes O Mágico de Oz quando era pequena. Segundo o meu pai, eu chorava quando a bruxa má verde morria derretida. Sabe-se lá porque eu sentimentalizava com a vilã. Apesar de ser apaixonada pelo filme duas décadas atrás (Nossa, me senti muito velha nesse momento!), eu agora não lembrava quase nada do original. Tendo assistido no cinema Oz: Mágico e Poderoso, relembrei e entendi porque gostava tanto.


Oz: Mágico e Poderoso, da Disney e do diretor Sam Raimi (Da trilogia O Homem-Aranha), é, como anda na moda em Hollywood, um prelúdio do filme anterior. Conta como o grandioso Mágico de Oz chegou à terra encantada e como ele se tornou uma lenda no local.

James Franco é Oscar Diggs, mais conhecido como Oz, um mágico ilusionista farsante que após um péssimo espetáculo e uma briga com o homem mais forte do circo onde trabalhava, entrou num balão, que foi puxado para um tornado e acabou indo parar em Oz, um mundo meio alternativo.

Conheça Oz

Assim que pousa em Oz, encontra Theodora (Mila Kunis) e Evadora (Rachel Weisz), uma espécie de realeza, que lhe dizem que no local há uma profecia que afirma que um mágico, caído do céu, com o mesmo nome da terra onde vivem, seria o grande salvador de Oz, que vive dominado pela bruxa má Glinda (Michelle Williams). Assim, ele se tornaria o grande rei, dono de uma pilha de ouro de dar inveja ao Tio Patinhas. Movido pela ganância e egoísmo, Oz aceita o título e afirma sim ser ele aquele de quem falam na profecia. Quando vai atrás da tão falada bruxa má, percebe que talvez a má não seja bem ela... 

Oz, Theodora e Evadora

Contando com a “grande” ajuda de um macaco voador falante bem gracinha e de uma boneca de porcelana que é viva, Oz vai além do seu narcisismo e ambição e precisa dar um jeito de libertar o povo da vilã, seja ela quem for.

Vi muitas críticas negativas ao filme, mas gostei bastante. Visualmente, é um filme de tirar o fôlego. Lembra muito o Alice no País das Maravilhas de Tim Burton e Johnny Depp (Que não gostei, mas vale a pena ver pela fotografia). O 3D é bom na maior parte do filme, tirando quando as imagens (Assustadoras, geralmente) pulam na plateia. 

Glinda, a bruxa "má"

O primeiro ato de Oz: Mágico e Poderoso é todo em tons de sépia e a tela é quadrada. Assim que chega ao mundo de Oz, a explosão de cores é intensa e a tela vai se abrindo para o formato normal de cinema. A transição é linda. O figurino é também muito belo, além dos efeitos especiais que ninguém pode botar defeito.

A boneca de porcelana é um dos melhores efeitos especiais

A história é bonita e, como era de se esperar de um filme da Disney, tem todo um fundo de lição de moral (Mas sem ser muito piegas). Achei que o roteiro tem alguns furos e nem tudo fica muito bem explicado, mas você tem que se deixar levar pelo enredo como um todo. Uma das partes que eu achei mais interessantes foi quando acontece a guerra. Criaram uma batalha sem ninguém morrer ou se machucar e a as estratégias da luta foram as mais inteligentes possíveis, a lá A Invenção de Hugo Cabret.

O colorido e fantástico mundo de Oz

Tinham me falado que James Franco estava péssimo em Oz: Mágico e Poderoso. Não achei ruim. É verdade, não é o seu melhor trabalho na tela, mas passa longe de canastrão. Em alguns momentos parece um pouco caricato, mas acho ele bem carismático. Mila Kunis está com cara de louca (O que no caso é a intenção) e Rachel Weisz está muito bem, mas não é digna de Oscar e nem mesmo do Globo de Ouro. Michelle Williams, ao meu ver, se destacou. É a típica boazinha, cheia de açúcar e mel que provavelmente nos deixaria enjoados, mas soube mostrar que apesar disso, de boba não tinha nada e que sabia de todas as intenções de Oz desde o início. Apesar da aparência, de frágil ela passou longe.

Quero um desses para mim!

Mas digo que os melhores personagens do filme são o macaco falante Finley, que tem a voz de Zach Braff (O JD, da série Scrubs) e a menininha de porcelana, com a voz da gracinha Joey King. Os dois são quem mais arrancam risadas da plateia.

Para crianças e adultos, acho que Oz: Mágico e Poderoso pode agradar a todos. 

Oz e Glinda

Curiosidade: O filme foi inspirado nos livros de L. Frank Baum, que são domínio público. Mas o filme de 1939 é propriedade autoral da Warner, por isso a Disney não pode citar nada que acontece no original (Muito menos Dorothy e seus sapatinhos vermelhos), só pode colocar referências minimamente explícitas. Por isso em hora nenhuma ele é chamado de Mágico de Oz, apenas de Oz, mágico e poderoso.

Recomendo.

Teca Machado

sexta-feira, 15 de março de 2013

Ainda há amor no mundo


E quando você acha que o mundo não tem mais jeito, que o amor morreu, que príncipes encantados não existem mais, algo acontece e te faz acreditar que a humanidade não está morta por dentro. Sim, ainda existem homens de verdade que gostam de surpreender uma mulher. Ah, como eu amo que saber que tem gente assim, que acredita nas fofurinhas e coisas cuti cutis.

Meus amigos homens e namorados das minhas amigas têm surpreendido. A maioria deles têm feito pedidos de casamento épicos. Acho que isso voltou à moda. Enfim, mas o que eu vi ontem foi um dos mais inusitados e fofos: A Daya Nascimento (Que escreveu sobre The Walking Dead aqui) recebeu um pedido de casamento em um artigo num jornal. Pois é, e como os dois são jornalistas, foi a coisa mais romântica do mundo.


Vou colocar aqui o texto na íntegra:

Todos os outros dias

Em 2011 o Brasil registrou um recorde de 351.153 divórcios, um número 45,6% maior do que o de 2010 (243.224). Segundo a informações do Registro Civil, que acompanha o dado desde 1984, a proporção vem aumentando constantemente. 

Apesar disso. Eu vou me casar (esse ano, diga-se de passagem). Quando falo isso em voz alta em um ambiente, a história ganha forma e sai do quadro. Em 90% dos comentários o mesmo argumento é repetido: “Não está bom do jeito que está?”, “Como vocês vão pagar?, “Quem vão convidar?”, “Quanto vocês vão gastar?”... 

Acabamos entrando na pilha e achando que apenas isso importa. Raramente alguém me pergunta se estou feliz com a decisão ou coisas do tipo. No final tudo se resume ao espetáculo. A sociedade reduziu a vida humana à aparência. As experiências passaram a ser moldadas pelos espetáculos da cultura e da mídia deixamos de ser sujeitos da nossa própria história. Ou como diria Guy Debord: “O espetáculo apresenta-se como uma enorme positividade indiscutível e inacessível. Ele nada mais diz senão que “o que aparece é bom, o que é bom aparece”. (Debord,1997,p.16-17). 

A indústria transformou tudo o que podia em negócio e com os relacionamentos foi o mesmo. Datas foram criadas, comemorações foram inventadas e a essência do que realmente importa simplesmente se perdeu. Afinal, por que as pessoas decidem viver juntas para sempre? 

Não sabemos mais. Não vale mais a pena. O que outrora era motivo de comemoração virou apenas mais status social. Festa, vestido, alianças, presentes, padrinhos, comida e por aí diante. E o que vale é quanto custa! É assim que aprendemos a quantificar tudo. 

Olhando assim fica fácil entender o número de divórcios. Os mega eventos são tão mais importantes que os dias normais que quando chega no dia-a-da, a monotonia da relação parece extinguir com o amor dos casais. 

A minha pesquisa sobre o assunto continuou. Descobri que apesar do número vertiginoso de separações o volume de oficializações ainda é três vezes superior. Mas, por que? 

Uma grande amiga me disse certa vez que em qualquer relação há três tipos de momentos inesquecíveis. Os que são bons demais e por isso guardamos com carinho. Os que são ruins ao extremo e não conseguimos esquecer e todos os outros dias. Fiquei surpreso quando ela olhou para mim e disse: “O que sempre faz o amor acabar são todos os outros dias”. 

Bem, nesse mesmo dia descobri que vou ter momentos ótimos e péssimos momentos com a minha nega. Mas, entendi que o que eu mais quero é passar todos os outros dias com ela. Pensando nisso volto a importância da essência e vejo que esqueci algo importante. O pedido. 

Então lá vai: “Nega (Day), quer casar comigo?” 


GUSTAVO NASCIMENTO é repórter 



O feliz casal Daya e Gustavo

Link do jornal aqui e link da reportagem sobre eles no G1 aqui.

Não é para morrer de amores?

Um parabéns para o casal que eu tanto gosto!

Teca Machado

P.S.: Fica a dica, Caio Moraes, haha!

quinta-feira, 14 de março de 2013

Uma blogueira/escritora/jornalista que ficou A-P-A-V-O-R-A-D-A


No último domingo à noite eu estava voltando de Brasília para Cuiabá no voo das 22:50. Li um pouco o livro Um Romântico Incorrigível (Em breve crítica aqui!) e, como tinha tido aula e feito milhões de coisas na cidade durante o final de semana, estava cansada. Resolvi encostar na janela, jogar meus pés no assento do lado que estava vazio e dormir. 


Estava bem apagada, até sonhando, quando de repente o avião deu um baita solavanco. Acordei assustada, mas tudo bem. Normal avião balançar e eu não tenho medo. Só que aí sacudiu forte de novo. E outra vez. E mais uma vez. E não parou mais. Opa, aí já é para dar um medinho, né? Mas ainda estava calma. 

Olhei para o céu na janela e, apesar de ser mais de 23:00 naquele momento, estava claro do lado de fora. Muitos raios pipocando perto do avião e clareando o lado de dentro. Ok, eu estava oficialmente assustada

Até o momento que o avião despencou por um tempinho. Pois é, sabe quando ele entra num bolsão de vácuo e cai alguns metros por uma fração de segundo e a sensação é horrível, como se os seus órgãos internos estivessem no lugar errado? Então, isso aconteceu no meu voo, mas o alguns metros viraram vários metros, porque ele caiu por uns quatro, cinco segundos. Gritei muito e tive a certeza naquele momento que esse seria o dia do meu encontro com Deus. Apavorada é pouco para descrever como eu me senti. 


Após cerca de dois minutos balançando, o avião estabilizou e só deu umas sacudidinhas leves. Quando desembarquei quase meia hora depois, ainda estava com a perna trêmula e agradecendo a Deus por ter colocados os meus pezinhos (inhos?) tamanho 38 em terra firme novamente.

Eu não tenho medo de morrer. Não tenho medo do que vai acontecer comigo quando os meus dias na Terra terminarem. Eu tenho e a certeza de que vou me encontrar com Deus e vou ter uma vida eterna tão absurdamente completa de felicidade do lado do Pai que é impossível até de imaginar. O que eu tenho medo é de como eu vou morrer. E olha, num avião deve ser uma das opções mais pavorosas.

Acho que, afinal, as sacudidas no avião não foram tão sérias, afinal, a voz do piloto estava calma quando falou que era “apenas” uma área de turbulência e as comissárias estavam aparentemente tranquilas. Não cheguei a ver a minha vida toda diante dos meus olhos, mas pensava “Ai, Senhor, tenho tanto o que fazer por aqui! Nem publiquei o meu livro ainda (Em breve novidades nesse assunto. Aguardem!), nem casei, nem plantei uma árvore e nem tive filhos”.


Por mais clichê que isso soe, comecei com o lema “Agora vou viver a vida como se fosse o último dia”, porque uma hora vou acertar. Mas, nesse caso, espero estar errada por pelo menos mais uns 80 anos.

Enfim, esse post é apenas um agradecimento por mais um dia na minha vida e na vida de vocês, mesmo que eu não os conheça.

Teca Machado

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