quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A vida de Marilyn Monroe na Broadway


Ah, Marilyn Monroe... Existiu melhor definição de diva do que ela? Talvez haja um empate técnico com Audrey Hepburn, mas ela era mais sexy, mais voluptuosa e mais carismática. Pensando no magnetismo da atriz, em 2012 Steven Spielberg produziu a série Smash, que conta os bastidores de uma peça na Broadway baseada na vida Marilyn.


Não é nenhuma novidade que eu gosto de musicais, mesmo daqueles que o personagem está passeando na rua e de repente começa uma linda canção sobre o céu azul e o sol brilhando. O seriado Smash, apesar de ser musical, não é desse tipo que cantam a esmo. As canções só acontecem em momentos propícios e realistas, como quando os atores ensaiam para o espetáculo.

Um dos momentos de música de Smash

No enredo, Julia (Debra Messing, a Grace, do Will & Grace) e Tom (Christian Borle) são dois compositores de peças da Broadway. Muito bem sucedidos, eles estão em busca de um tema para um novo musical e assim planejam algo já tentado, mas que nunca deu certo: Levar para o palco a história de Marilyn Monroe.

Debra Messing e Christian Borle

Na busca por investidores, encontram Eileen (Anjelica Houston, a eterna Mortícia Addams), uma produtora em decadência desde que se separou do marido, um outro produtor de sucesso. Para diretor do espetáculo, o arrogante, mas muito charmoso Derek (Jack Davenport, de Piratas do Caribe) é contratado.

Como Marilyn era um ícone, escolher uma atriz que pudesse fazer jus à original é uma tarefa difícil. Depois de testes, estão cotadas duas mulheres, Ivy Lynn (Megan Hilty) e Karen (Katharine McPhee, segunda colocada na 5ª edição do American Idol). Ivy é aparentemente perfeita para o papel: Linda, loira, voluptuosa, urbana e experiente em musicais. Karen é uma escolha arriscada, pois é novata, morena, magrelinha, vinda do interior, mas com muito talento e potencial.

As duas atrizes que disputam o papel de Marilyn

Por mais que estejam montando um musical da Broadway, Smash gira em torno dos bastidores de um espetáculo como esse e do relacionamento entre atores, diretores e criadores artísticos. Todo o angustiante e desgastante processo de montagem é mostrado, desde a escolha do tema até os famosos testes do sofá.

Se você não gosta de músicas o tempo todo, não se preocupe. Smash não é muito cantado e isso só acontece em momentos de ensaios e gravações. Fora que a trilha sonora é toda original, feita para o seriado. Então não espere releituras de grandes sucessos.

Um dos (poucos) momentos de paz entre Ivy e Karen

Smash é muito bem feita, afinal, não se pode esperar menos de Steven Spielberg, né? Apesar de gostar de Katharine McPhee e ter torcido por ela em American Idol, ela não é uma grande atriz, mas dá para o gasto. Megan Hilty é muito melhor, a ponto de me deixar com raiva porque para Ivy os fins justificam os meios. Debra Messing é ótima, só que a todo o momento eu espero que ela se transforme em sua personagem mais famosa, a Grace.

Até que parecem a diva

Muita gente tem chamado Smash de Glee para adultos, o que não deixa de ser verdade. Há músicas e danças do show business (Mesmo que não o tempo todo) e há os dramas particulares de cada um (De uma maneira muito mais adulta que Glee).

A primeira temporada já terminou e a segunda começou nos Estados Unidos na segunda-feira, dia 04/02. No Brasil passa no Universal Channel.

Teaser da segunda temporada, com a participação da vencedora do Oscar Jennifer Hudson

Recomendo, mesmo que musicais não sejam muito a sua praia.

Teca Machado

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