Sou daquele tipo de pessoa que adora mundos
fantásticos imaginados por autores com uma criatividade indescritível. Nárnia,de C. S. Lewis, Hogwarts, de J. K. Rowling, Panem, de Suzanne Collins, os
fantásticos ambientes de Júlio Verne e, é claro, a Terra Média, de J. R. R.
Tolkien. Sendo assim, é óbvio que fui ao cinema assistir O Hobbit – Uma Jornada
Inesperada. E gostei bastante.
Apesar de não ter lido os livros da trilogia de O
Senhor dos Anéis (Que absurdo, né? Preciso mudar isso já!), gostei muito dos
filmes. Mas sempre os achei muito “pesados”, sombrios, dramáticos e sem nenhum
senso de humor. Você saia do cinema exausto, tanto pelo longo tempo de exibição
quanto pelo conteúdo. O Hobbit segue a mesma premissa, pois muitos dos
personagens são os mesmos, o cenário continua sendo a Terra Média e o
famigerado anel está presente, só que é muito mais leve e divertido do que os
seus antecessores. Isso porque ele foi feito com o intuito de ser um livro para
crianças.
Bilbo resolvendo se vai ou não na aventura enquanto lê o contrato.
O Hobbit passa 60 anos antes do início de O Senhor
dos Anéis e começa com o idoso Bilbo Bolseiro, tio do Frodo, escrevendo uma
história de quando era mais novo. Ele, um jovem hobbit tranquilo e caseiro
(Interpretado pelo ótimo Martin Freeman), ia vivendo feliz a sua vida sem
grandes emoções. Até que foi convocado pelo mago Gandalf (Ian McKellen, sempre
muito bom) a viver uma aventura. Meio contrariado, mas convencido de que isso
seria bom para si mesmo, o hobbit parte ao lado do mago e de 13 anões.
Há algum tempo, os anões viviam no reino de Erebor,
na Montanha Solitária, escavando, tirando ouro e pedras preciosas. Mas a
ganância trouxe para perto deles o dragão Smaug, que tomou o local para si e
obrigou os anões a viverem dispersos entre os humanos e outras criaturas. Até
que Thorin Escudo de Carvalho (Richard Armitage, super sério e competente),
neto do rei, decide que é hora de reaver o lugar da sua espécie. Monta uma
companhia com mais 12 anões, Gandalf e Bilbo e parte para a batalha.
O mago Gandalf
O roteiro é óbvio, como todo filme de aventura. Até
chegar ao objetivo, eles passarão por perigos, vão quase morrer, aprenderão o
valor da coragem e, principalmente, da amizade, tudo isso permeado por algumas
frases de efeito. Só que é como eu constantemente digo: o que importa não é o
que vai acontecer, mas como vai acontecer. E J. R. R. Tolkien, o autor, e Peter
Jackson, o diretor, sabem fazer isso como ninguém.
O Hobbit é fantástico, visualmente falando. Os reinos
da Terra Média, as criaturas medonhas, as cenas de ação, tudo isso é feito com
o maior zelo possível pelo estúdio. É impressionante.
Thorin Escudo de Carvalho
Como sempre, palmas para a interpretação e criação de
Gollum/Smeagol, do sensacional e estranho Andy Serkis. Martin Freeman, o jovem
Bilbo, também é ótimo. Ele tem um timing e linguagem corporal de comédia tão
natural, que acaba sendo engraçado sem esforço algum. Os anões (Tirando
Thorin), apesar de aparecerem o filme todo, falam e fazem muito pouco. Comem e
correm na maior parte do tempo. Só que, mesmo assim, eles são ótimos, a alma do
filme.
Os anões cantando e comendo, como sempre.
O que eu tenho ouvido muito de reclamação de O Hobbit
é que ele é cheio de “gorduras”, ou seja, partes desnecessárias ou sequências
muito longas. A trilogia de O Senhor dos Anéis era composta por três livros
muito grossos, já O Hobbit é um fininho, com 19 capítulos e mesmo assim foi
dividido em três filmes. Eu não me importei com isso. Realmente, quase três
horas é muito tempo, mas, mesmo assim, gostei muito, de verdade. Acho que pela
leveza e pelo toque de comédia, gostei mais até do que de O Senhor dos Anéis.
Fora que o Bilbo é muito mais carismático do que o chato sofredor do Frodo.
Agora é esperar para saber como serão os outros dois
filmes da trilogia. Aguardo ansiosamente, pois o prefácio foi excelente.
Recomendo.
Teca Machado
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