Como ser o Papai Noel (Ou Mamãe Noel)


Era uma vez uma mini Teca. Ela tinha oito anos. Como não gostava da Xuxa, assistia o Bom dia & Cia, com a Eliana. Certo dia, ela apresentou uma boneca chamada Baby Barriguinha. A música da propaganda era “Baby Barriguinha no colo de uma menina (Como mama esse bebê!). Baby é fofinha, mama, mama e fica gordinha. Ela gosta de você...” Lá lá la e assim por diante. A boneca era tipo de pelúcia e tinha um balão dentro da barriga. A criança dava a mamadeira para a Baby e ela ia enchendo o balão. Quando estava cheio, dava a chupeta e ele esvaziava, tipo soltando pum. E ela ficava magrinha outra vez.

Quem aí se lembra da Baby Barriguinha?

Mini Teca, vendo aquilo, pensou “Uau! É a boneca mais legal que já inventaram em todo o Universo!” e pediu para o seu querido pai de Natal (Pai mesmo, porque ela nunca acreditou em Papai Noel. Mas até hoje acredita em Príncipe Encantado. Vai entender!).

Seu pai, sendo muito ocupado, enrolou, enrolou e enrolou mais um pouquinho e não comprou a boneca. Quando foi procurar, pouco antes do Natal, tinha esgotado em Cuiabá. Viajaram para Minas Gerais para os festas de fim de ano. Em Belo Horizonte também não tinha. Procurou nos 378 shoppings da cidade e nada. O pai da mini Teca começou a ficar bem preocupado, porque a sua linda filhinha até sonhava com a Baby Barriguinha. 

Desestimulado, falou para a mini Teca que não seria possível ter a boneca. Claro que ela chorou. Um tempo depois, ele pegou o carro e foi até Três Pontas, uma cidade lá perto, buscar os cunhados e a sobrinha para o Natal. Enquanto esperava no carro seus cunhados descerem do apartamento, viu uma lojinha de brinquedo bem pequena e fuleirinha. Como não estava fazendo nada, entrou. Surpreendentemente, o pai da mini Teca deu de cara com o que? (Pausa dramática) Com a Baby Barriguinha. Comprou e levou.


Na noite de Natal, mini Teca pegou a caixa e abriu triste e desconsolada, pois sabia que não era a Baby Barriguinha. Quando rasgou o papel, deu de cara com a sua tão esperada boneca. Foi um momento sublime em sua curta vida de 8 anos. Até hoje, aos 24 anos, ela lembra disso com o maior carinho no mundo. Segundo depoimento do seu pai, foi algo lindo, que ele nunca vai esquecer. Os olhos da filha brilhando por algo que ele pôde proporcionar, é uma sensação maravilhosa (De acordo com ele. Mini Teca, que agora é só Teca, não sabe. Não tem filho, só duas sobrinhas coisas lindas de titia coruja).

Então, contei toda essa história para sensibilizar vocês e mostrar que muitas crianças mundo afora não passam pela mesma doce experiência que eu passei. Elas não ganham o tão sonhado presente no Natal. E muitos pais não podem sentir a felicidade de ver os seus filhos com um brinquedo que tanto queriam. Mas você pode tornar o Natal de uma criança mais feliz: Adotando uma cartinha nos Correios.


Há mais de 20 anos foi criado o Papai Noel dos Correios, uma das maiores ações natalinas sociais do país. Crianças carentes de todo o Brasil mandam cartas para o Papai Noel pedindo brinquedos. A instituição as separa e nós, cidadãos, podemos escolher algumas, comprar o presente e devolver para os Correios, que eles entregam para a criança. Elas podem ter um Natal melhor porque alguém se importou. Não e lindo?

Desde 2010, a campanha passou a contemplar, além das cartas das crianças da sociedade, as cartas de crianças de escolas, abrigos, núcleos sócio-educativos e creches.

Há pedidos simples, como um chocolate, até os mais ambiciosos, como um Playstation. Eu já peguei uma. A menina pediu uma boneca e desenhou a carta com todo amor e zelo. Eu comprei uma BEM grande, daquele estilo Bebezão. Espero que ela fiquei satisfeita e feliz, assim como eu fiquei quando ganhei a Baby Barriguinha.



Vá até uma agência dos Correios na sua cidade e adote uma cartinha. Vai te fazer bem.

Teca Machado

P.S.: Você já curtiu a página do Casos Acasos e Livros no Facebook? O link é esse aqui.

Um comentário:

  1. Awnn...que lindo Teca! Eu participo dessa campanha desde 2009...é super gostoso, não é?! :}~

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