Be open, be free

Eu gosto de coisas abertas. Janelas e portas abertas, mentes abertas, corações abertos, braços abertos e sorrisos abertos. Gosto de gente aberta para o novo, para mudanças e aventuras na vida. Tudo o que é muito fechado me deixa claustrofóbica, seja fisicamente, seja psicologicamente falando. Tudo o que é muito igual me deixa entediada. E eu detesto essa sensação.


Se eu pudesse, dormiria de janela aberta. Mas não posso, porque moro na cidade mais quente do mundo, o que me obriga a ligar o ar-condicionado quase todos os dias do ano (E eu morro de medo que um bicho entre no meu quarto enquanto durmo e eu engula sem querer. Já pensou morrer durante o sono engasgada com um besouro?).

Se eu pudesse, deixaria a porta da frente sempre escancarada. Ver a rua e ser receptiva para aqueles que estão chegando. Só que também não posso, porque apesar de morar num lugar seguro, não devo dar bobeira para bandido, né?


Mas, sempre que posso, abro tudo a que tenho direito. Deixo a luz do sol entrar nos cômodos e também o vento circular. Sentir isso me deixa feliz e relaxada. Como se tudo no mundo estivesse se encaixando. Como se o mundo estivesse aberto para nós, pronto para nos acolher, desde que a nossa parte seja feita.

Quando estão abertas, as coisas são mais interessantes. Com a janela fechada, por exemplo, você não vai enxergar lá fora com a mesma precisão. Por mais que o vidro esteja bem limpinho e transparente, nada se compara a ver sem nada na sua frente. Isso vale tanto para o sentido figurado quanto para o literal. O mesmo acontece com a mente aberta: Sem nada te impedindo, sem nenhum conceito pré-concebido, com certeza você pode aproveitar melhor as novas experiências.


Se algum dia você achar alguém que prefere pessoas de cara fechada do que aquelas que estão sempre sorridentes, me avise que vou providenciar a sua internação em alguma casa de repouso, porque com certeza ela não é normal. Além de ser feio e muito chato, ficar de cara fechada gasta tanta caloria que me dá preguiça até de pensar.


Mas manter o seu mundo como um todo aberto requer prática. Não é do dia para a noite, principalmente no quesito psicológico. Abrindo um pouco da janela num dia, um tanto da mente no outro, um meio sorriso para um desconhecido e assim por diante, vai chegar uma hora que você vai estar aberto para a vida. E com certeza vai ser mais feliz e curtir momentos interessantes e novos.

Teca Machado

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