A inspiração que veio da não-inspiração


Posso ser bem sincera? Estou sem criatividade hoje. Sem mesmo. Geralmente, quando isso acontece, é só dar uma olhada no Facebook, Twitter, site de notícias, não pensar em nada por um tempo que a inspiração acaba chegando. Mas hoje não. Zero. Niente. Nothing. Na verdade, muitas coisas estão passando pela minha cabeça nesse momento. Pensamentos voando em altíssima velocidade, todos desordenados, sobre quase todos os assuntos possíveis, principalmente trabalho (Ultimamente, meu nome é trabalho!). Mas nenhum relacionado a assuntos bloguísticos. Então sobre o que escrever? Sobre essa não-inspiração.


A minha cabeça é um lugar um tanto quanto peculiar (Para não dizer estranho...). Já disse logo no início do blog que eu tenho uns sonhos MUITO loucos, lembram? Desde que eu escrevi sobre isso da última vez, novos sonhos épicos foram adicionados à minha coleção. Os melhores que me lembro ultimamente foram ter escalado os Alpes Suíços de biquíni só porque era divertido e quando eu fiz trilha com a Shakira (minha best friend forever) no Chile para gravarmos um reality show. Falando sobre essas loucuras da minha mente transtornada com um amigo, ele me perguntou se eu bebia antes de dormir. Respondi que talvez seja sonâmbula e beba durante o sono. Só isso explica esses sonhos malucos que constantemente envolvem artistas homens querendo casar comigo ou artistas mulheres que são minhas amigas. Isso ou eu tenho a autoestima muito elevada no fundo do meu subconsciente.


Eu sofro de imaginação fértil. E quando digo sofro, é verdade. Quando alguém me conta algo, conversa comigo, consigo fazer imagens mentais rapidamente, imaginar uma cena vívida em poucos segundos, mesmo que esteja de olhos abertos. Talvez seja por isso que eu goste tanto de livros, porque deixo a imaginação correr solta, sem freios, sem amarras. Isso tem seus momentos bons, é claro. Mas, também muito ruins. É como disse antes, faço imagens mentais, mesmo de coisas que eu não quero fazer, de situações um tanto inusitadas, nojentas e toscas. É automático. E se eu fechar os olhos, piora! A cena fica mais real ainda. Acho que fico mais tensa lendo um livro de suspense ou terror do que assistindo a um filme, porque nesse caso, dentro da minha cabeça, tudo parece pior. Acho que por isso nunca tive coragem de ler Stephen King. Seria igual ao Joey, de Friends, no episódio quando lê O Iluminado, desse autor, e fica com tanto medo que esconde o livro na geladeira.


Às vezes acho que a minha mente não funciona no mesmo ritmo das outras pessoas. Queria que fosse no sentido de eu ser gênio, tipo o Sheldon, do The Big Bang Theory. Mas não, tenho um QI normal. O meu problema é que penso em muitas coisas ao mesmo tempo e numa velocidade muito rápida. Começo pensando em banana e dois minutos depois já cheguei à II Guerra Mundial, tudo isso com uma ligação um tanto lógica. Minhas amigas riem, porque estamos falando de um assunto e de repente, já fiz uma conexão muito louca na mente, cheguei a outro diferente e falo com elas sobre isso, mas elas não conseguem acompanhar porque eu não expliquei como cheguei ali. 


Será que eu sou louca? Acho que vou criar o AIF – Associação de Imaginadores Férteis. Quem se junta a mim? “Oi. Sou uma imaginadora fértil desde os cinco anos (Oi, Teca). Da última vez que eu fiz isso, foi porque sonhei que tinha um foguete nas costas e fui com ele até a lua. Foi muito real”.

A Marcella Brafman (Adoro ela, gente! É um blogueira super linda! Já falei sobre ela aqui e aqui), coloca na sua bio do blog que “sofre de imaginação fértil e só passa escrevendo”. E eu sou assim também, já disse. E hoje, mesmo sem inspiração, sem criatividade, e sobre sem o que escrever, escrevi. E a angústia de não saber o que escrever, apesar da vontade de fazer isso, passou. E o blog não ficou sem atualização (Apesar de que com certeza agora vocês acham que eu não sou muito normal...).

Teca Machado

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Um comentário:

  1. Realização é gostar mais da realidade que do sonho. ( frase do livro Desaforismos de Georges Najjar Jr )

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