E num belo dia você acorda e percebe que talvez não seja a princesinha do castelo encantado. Que o mundo não conspira ao seu favor. Que o príncipe encantado talvez não exista e, se existir, está mais para Shrek. Que nem todos os animais não são doces coelhinhos que vivem com o Bambi. Que quando felizes, as pessoas não saem cantando na rua como num musical. “Mas a Disney, a televisão, os filmes me fizeram acreditar que a vida é sempre linda e que tudo dá certo no final”, você pode dizer. “Só que não é bem assim”, respondo um pouquinho amarga (Mas bem pouquinho). “Bem vindo ao mundo real”, acrescento com um certo brilho sarcástico nos olhos.
Sempre acreditei que vivia num conto de fadas. Como já disse antes, tenho o que chamo de Síndrome de Princesa. De vez em quando me sinto como Giselle, do filme Encantada (Comentei aqui), que, de repente se vê num lugar caótico, frio, sujo e cheio de pessoas más, também conhecido como mundo real. Mas, assim como ela, eu ainda tento sempre buscar o melhor nos corações duros e gélidos de algumas pessoas. Fazer o que se sou uma otimista inabalável (e teimosa)?
Criada numa espécie de redoma de vidro, talvez demorei um pouco demais para perceber que nem todo mundo me quer bem. Que nem todo mundo é bom. Que tem gente que gosta apenas de ver o circo pegar fogo.
Quebrei a cara em várias situações, partiram o meu coração inúmeras vezes e me pisotearam em algumas ocasiões. Penso em alguns momentos, por uns segundos, que tenho tudo para ser azeda e desacreditar no amor (Seja ele o tipo que for, não apenas romântico). Só que não. Ainda não sou assim. Não é minha natureza essa tristeza, esse rancor. E acho muito difícil acreditar que um dia vou chegar a esse ponto. Quem me conhece sabe, sou incurável.
Aprendi algumas coisas nesses 24 anos passeando pelo planeta Terra:
1- Não sou uma princesa de verdade (Infelizmente!). Provavelmente nunca vou usar uma coroa (Droga!). Mas, mesmo assim, sou especial para algumas pessoas que me são especiais.
2- O príncipe encantado não é real, e sim é um conceito que vai sendo moldado em cima de defeitos e qualidades (E ainda bem, a perfeição fica chata depois de um tempo).
3- Nem tudo acaba bem no final, mas o lado bom é que há infinitos recomeços, todos os dias.
4- Tristeza não dura para sempre. E nem a felicidade. É tudo cíclico.
5- Vão partir o seu coração. Mas você também vai partir o coração de outras pessoas, mesmo que sem querer. Um sofrimentozinho é inevitável.
6- Há muitas pessoas ruins nesse mundo. Acho que estão até em maior quantidade do que as boas. E é super difícil diferenciá-las. Mas, quando você consegue separar esse joio do trigo, a vida fica muito mais simples.
7- Você pode até amar loucamente alguém, mas essa pessoa não é insubstituível. Como dizem por aí “Há muitos peixes no oceano” e essa é a mais pura verdade, por mais clichê que pareça. Dói terminar, deixar um pedaço de si mesmo para trás, mas, às vezes você descobre que outro “peixe” é muito mais compatível com você. E, quando o tempo passa, para e pensa “Onde eu estava com a cabeça antes?”.
8- Tirando filhos, a pessoa que você mais tem que amar no mundo todo é você mesmo. De vez em quanto tem que ser egoísta e isso é bom.
9- Hakuna Matata é o melhor lema de vida que existe.
Não sou uma expert em vida, em relacionamentos ou o que seja, mas acho que isso tudo é válido. Se não foi válido para você, pelo menos foi válido para mim.
Teca Machado
P.S.: Não se preocupem, eu estou super bem. Isso não foi um desabafo, não foi indireta para ninguém, não estou com dor de cotovelo, não levei um fora ou algo do tipo. Foi apenas uma constatação de vida, nada de mais. Um texto com tema aleatório.
a nossa historia de criação se parece um pouquinho já conversamos sobre isso né?! hahah adorei o o post :*
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