Elevador, meu terror
Vocês já pararam para pensar em como elevador é um lugar ruim e constrangedor? Pequeno, apertado e um tanto claustrofóbico, não é o meu local preferido no mundo. Até uns 13, 14 anos, eu tinha pânico de elevador. Só entrava em um se estivesse acompanhada de algum adulto. Cheguei ao cúmulo de várias vezes ir para a casa de amigas e subir e descer 10, 15, 20 andares de escada porque não queria ficar presa naquele cubículo suspenso precariamente no ar com alguém da minha idade que não poderia fazer nada para me salvar.
Nunca entendi o porquê desse meu medo, sendo que nunca fiquei presa ou parei no temido “paredão”. Acho que o motivo é eu não ser muito fã de espaços fechados e apertados.
Enfim, hoje não tenho mais medo de elevador e o meu desconforto em relação a ele é mais por causa das estranhas interações sociais que acontecem nele.
A vida toda morei em casa e apenas há alguns meses comecei a trabalhar em um prédio comercial de muitos andares (Sendo que eu estou no 15º) e incontáveis salas de escritório. Nos sobe-e-desce do dia a dia percebi que estar num elevador cheio de desconhecidos se apertando não é muito agradável. Quer situação mais sem graça do que estar você e mais uma ou duas pessoas no elevador e não terem para onde olhar? Ou, pior ainda, estar você e mais uma pessoa e ela te encarar escancaradamente com cara de “eu te desejo”? Aqueles papos de “Está quente hoje, né?” me dão uma preguiça absurda de viver.
Uma das coisas que eu mais detesto: elevador cheio
Nesses últimos tempos vi gente apertando freneticamente o botão de fechar as portas para que outros que vinham correndo do lado de fora não entrassem (Mesmo com o elevador vazio). Vi também uma criança apertando TODOS os 21 botões dos andares e a mãe falar “Filho, olha como você está grande! Alcança até o botão mais alto” e também um adolescente que ficava pulando no elevador cheio para ver se “acontecia alguma coisa”. Vi uma senhora falando que na terra dela não tem essas coisas estranhas chamadas de “vevador” que ela não sabe se tem que subir ou descer para conseguir chegar na rua de novo (Fiquei com dó!).
Mas, o pior de todos, foi um cara que ficou cheirando o meu cabelo no elevador. E a gente ainda estava lá pelo 12º andar e eu ia parar só no Térreo. Entrei, dei bom dia e fiquei na frente dele, virada de frente para a porta e de costas para o espelho. Senti que o meu cabelo estava mexendo e olhei para trás e o cara estava FUNGANDO no meu cabelo. Quando ele viu que eu percebi, fez uma cara de culpado e disse “É que estava cheiroso”. Ai, socorro! Por que eu só dou de cara com malucos? Acho que eu atraio esse tipo de coisas, não é possível.
O cara deu uma cheirada assim no meu cabelo!!!
Da próxima vez que você entrar num elevador, verifique se não tem cheirodores de cabelos alheios deixando você apavorado.
E eu ainda não gosto de elevadores.
Teca Machado
As opções são circunstanciais, mas as circunstâncias não são opcionais. ( do livro Desaforismos de Georges Najjar Jr )
ResponderExcluirHahahahahahahahahahaha!!! O cara cheirar seu cabelo e vc só olhar... Não sei se rio mais da cena ou da sua reação. Ótimo texto, cheio de verdades sociais. Essa das interações sociais dão realmente vontade de, na próxima, descer os 15 andares de escada... Pior é quando vc tá cvsando com alguem e conta uma piadinha e outra pessoa ri. Tem condição???
ResponderExcluirGlauber, eu ia fazer o que? Gritar? Bater nele? Vai que ele resolve me matar até chegar no térreo? Hahaha. Só dei um passo para a frente e contei os andares até chegar no último e eu descer correndo!
ExcluirEssa da piada eu já ri de piadas alheias! Hahahahahahaha. Fazer o que se presto atenção no papo dos outros?
=x
;*
hahaha... Poderia escrever sobre suas experiências de final de culto, rs.
ResponderExcluirBom feriado!
Leandro, morro de vontade de contar as experiências no final do culto, mas tenho medo que o meu perseguidor leia e queira me matar pq falei dele, hahaha.
ExcluirAí vou precisar andar com guarda costas!
Bom feriado para vc tb! ;*