Você já ouviu falar na teoria dos seis graus de separação? Ela consiste em dizer que são necessários apenas seis laços de amizade/relacionamento para que duas pessoas quaisquer do mundo estejam interligadas. Pensando nisso, já tentei fazer a minha ligação com vários famosos e cheguei até eles. Por exemplo, eu chego ao Obama com três graus. Eu já entrevistei o Ministro Gilmar Mendes (umas quatro vezes), que conhece o Lula (Argh, eu estou separada do Lula com apenas dois graus!), que conhece o Obama. Simples, né? Também já cheguei ao Brad Pitt assim, ao Gianechini, ao Gerard Butler... Hahaha. Claro que são ligações meio loucas. Não posso dizer que sou amiga do Ministro, por exemplo.
Enfim, esse papo todo foi para falar que eu adoro saber que todos no mundo vivem em apenas uma corrente de ligação e acho super interessante. Por isso, gosto muito de filmes que mostram histórias aparentemente separadas, mas que têm interação e influência entre si. Sou apaixonada por: Simplesmente Amor, Idas e Vindas do Amor e Noite de Ano Novo. Sendo assim, esse e os próximos dois posts serão sobre esses três filmes.
Simplesmente Amor, para mim, é um dos filmes mais amor que existem. Passado nas semanas da véspera do Natal na efervescente Londres, ele conta histórias paralelas de pessoas comuns (ou nem tanto) vivendo as suas vidas até o feriado. E todas, de alguma forma, se cruzam.
Temos o primeiro ministro um tanto paspalho e engraçado apaixonado pela governanta boca suja. Um recém viúvo que tenta cuidar do seu enteado pré adolescente completamente apaixonado. Um escritor que pega sua mulher traindo-o com o seu irmão e vai viver uns tempos em Portugal. Um roqueiro decadente e seu empresário que tentam a todo custo reavivar a chama da fama. Uma publicitária loucamente apaixonada pelo colega de trabalho, mas que não consegue engatar um relacionamento por causa do irmão doente. Um homem apaixonado pela esposa do melhor amigo. Um casal de meia idade passando por problemas conjugais. Um britânico que deseja a todo custo ir para os EUA pegar todas as mulheres que existem do outro lado do Atlântico. Além de outras histórias de amor.
O padrasto conversa com o enteado apaixonado.
O filme mostra que (Como diz a música que toca várias vezes durante os longa) “Actually, love is all around” (Na verdade, o amor está em todas as partes). Seja o amor de homem e mulher, de irmãos, de amigos, de pais e filhos, de padrasto e enteado, a primeira vista. É, sempre foi e sempre será amor e isso é o que importa. E vai ser lindo, doce, irresponsável, dolorido, traiçoeiro, delicioso, agoniante, ingênuo, mau, terrível, maravilhoso e cheio de lágrimas e risos.
O roqueiro que a todo custo tenta voltar a ser famoso.
Um filme com lindas histórias não seria o mesmo se as atuações não fossem a altura (E sem o lindíssimo sotaque britânico). Esse filme conta com o melhor da nata artística da Inglaterra. Hugh Grant, Emma Thompson, Liam Neeson, Colin Firth, Laura Linney, Alan Rickman, Keira Knightley, Rowan Atkinson (O Mr. Bean!) e até mesmo Rodrigo Santoro (que fala apenas duas frases). Além disso, muitos outros atores que não dá nem de citar, tantos personagens tem Simplesmente Amor.
Um dos momentos mais lindos da história do cinema.
O roteiro e a direção são de Richard Curtis, neozelandês que escreveu Quatro Casamentos e Um Funeral e Um Lugar Chamado Notting Hill. Ou seja, é possível esperar um filme ótimo (E com o Hugh Grant).
Simplesmente Amor é amor. Acho que essa é a palavra mais apropriada para descrever o filme. E, como é o amor, mesmo que não correspondido, é lindo. Mas não é meloso demais. Claro, algumas histórias dão certo, mas outras não. Então tem um quê agridoce de relacionamento mal resolvido que permeia o filme misturado a sensação de satisfação pelos que vão bem. É a vida real: Nem tudo acontece como a gente queria.
O primeiro ministro e sua governanta boca suja.
O filme começa e termina em um aeroporto. Um lugar de chegadas e partidas, de amores encontrados e corações partidos. E, como o narrador (Hugh Grant) diz, um lugar de amor.
Eu já assisti Simplesmente Amor cerca de 20 vezes (Juro que não é exagero. Eu tenho o DVD e sempre vejo quando vejo que está passando na televisão). Então, é óbvio que eu recomendo.
Teca Machado
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