terça-feira, 9 de outubro de 2012

K e J salvam o mundo de novo – MIB 3


Quando era pequena, eu tinha P-A-V-O-R de alienígenas. Eu mal olhava para o céu de noite com medo de ver alguma coisa que não deveria estar lá. Para vocês terem noção, devo ter sido a única criança no planeta que não assistiu ET – O Extraterrestre. Me falavam “Mas ele é bonzinho!”, só que eu não estava nem aí para isso. Era um alien e ponto final. Quando assisti Independece Day, aí apavorei de vez. Cresci, o medo passou e hoje sou normal, haha. Adoro olhar para o céu e perceber a sua vastidão. Apesar do meu pânico, na época que estreou o MIB – Homens de Preto, eu assisti. E desse eu (quase) não fiquei com medo.


O primeiro filme da franquia Homens de Preto, de 1997, foi uma surpresa. Antes, nenhum filme daquele jeito havia sido feito. Não havia nada parecido e o sucesso foi estrondoso, é claro. Já o segundo, de 2002, também foi bem aclamado, apesar de nem se comparar em bilheteria e brilhantismo com o original. Ele é legalzinho. O terceiro longa, lançado esse ano, eu assisti ontem e segue o mesmo estilo, o que é muito bom. Não tem aquele fator “Uau” do primeiro filme, mas ainda assim é uma boa diversão e distração para tardes de domingo.

K e J em ação mais uma vez.

A história do Homens de Preto 3 começa com o blogodita  Boris, o Animal (Jemaine Clement, que chega a dar medo com aqueles dentes e olhos escabrosos) fugindo da Luna Max, uma prisão de segurança máxima construída na Lua. Último da sua espécie, que consome todos os planetas que encontra pela frente, foi preso pelo agente K (Tommy Lee Jones, sempre sério e soturno) na década de 1960. Mais de 40 anos depois, dá um jeito escapar e de voltar ao tempo para ajudar o seu “velho eu” a não perder o braço, a não ser preso e a comandar uma invasão alienígena na Terra. Mais do que tudo, ele deseja se vingar de K. 

Com a sua missão cumprida, Boris cria uma realidade alternativa na qual K morreu em 1969. Tirando J (Will Smith, engraçado como sempre), seu parceiro, ninguém se lembra do passado real. J também volta no tempo para impedir que Boris seja bem sucedido e para que tudo volte a ser como antes.

Boris, o animal.

Para mim, o melhor do filme é a versão jovem do agente K, interpretada por Josh Brolin. Até que fisicamente não são parecidos, mas o modo de olhar, de andar, de falar e de se mexer é idêntico ao de Tommy Lee Jones. Só que o novo K ainda não é tão soturno, o que faz J indagar o filme todo sobre o que fez ele ficar tão sério, ao que K, com a maior paz do mundo, simplesmente responde “Não sei, não aconteceu ainda”.

Piadas racistas com J acontecem várias vezes, o que leva a rir bastante, já que Will Smith gosta de gozar de si mesmo. Trechos sobre Mick Jagger, Andy Warhol e outras figuras dos anos 1960 também são muito engraçados.

Josh Brolin, como o jovem agente K, e Alice Eve, como a agente O.

O desfecho é diferente dos outros, mas não deixa de ser surpreendente. Tem uma pitada um pouco mais sentimental, o que não tira o mérito do filme de ação e ficção científica.

Efeitos especiais menos astronômicos, figurino quase caricato, boas atuações e uma história de viagem no tempo pouco confusa, transformam Homens de Preto 3 em uma boa releitura da época e bom passatempo. É melhor do que o filme 2, isso eu garanto.

Recomendo.

Teca Machado

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