Ex-agente da CIA, trator mortal ou rastreador humano? – Busca Implacável 2
Para mim, uma das cenas mais tensas em filmes nos últimos anos (Sem ser de filme de terror, claro) é no primeiro Busca Implacável. Quando Kim, filha do ex-agente da CIA Bryan Mills, está em Paris com uma amiga, percebe que bandidos entraram em sua casa. Ela liga para o pai para pedir orientação. Entra num quarto, fecha a porta, fica debaixo da cama. “E agora, o que eu faço?”, pergunta a apavorada garota. O pai responde algo que deve ter lhe dilacerado por dentro: “Agora você espera. Porque eles vão te pegar”. E a mão de um homem agarra Kim. Começa assim uma busca implacável (Aí o nome do filme!) do pai para encontrar a filha, que foi levada pelo tráfico internacional de mulheres. E ele passa em cima dos raptores igual um trator mortal sem piedade.
O filme, de 2008, foi um sucesso de bilheteria. Apesar da história bem amarrada, cenas de ação bem feitas e ótimas atuações, foi inesperado porque não se tratava de uma super mega produção. Ninguém esperava que Busca Implacável arrecadasse tanto. Então, diante desse resultado, é natural que fizessem uma continuação, que está atualmente nos cinemas.
Confesso que eu estava meio apreensiva antes de assistir porque muitas vezes o filme 1 é seeeensacional e fazem um 2 bem podrinho, apenas para tirar dinheiro dos incautos. Mas, esse não foi o caso de Busca Implacável 2.
Logo após os acontecimentos do primeiro filme, Bryan (O ótimo Liam Nesson), Kim (Maggie Grace) e a ex-esposa Lornie (Famke Janssen) tentam retomar a vida da melhor maneira possível. Em busca de férias e tranquilidade, embarcam para Istambul (Um dos meus lugares sonho para visitar). Mas, no primeiro filme, Bryan mata o chefe do tráfico de garotas, um albanês cujo pai agora está querendo um tipo torto de vingança, desejando acabar com Bryan e sua família.
O trator mortal em ação.
A mãe e o pai são sequestrados, Kim foge e larga de ser a bobó do primeiro filme, fica mais espertinha. Seguindo instruções do pai (Que carregava um telefone portátil, em caso de emergência, e liga para a filha do cativeiro), ela deixaria MacGyver com inveja em uma cena do filme usando granadas, caneta e um cadarço.
Claro, é um pouco mentiroso, mas, licenças poéticas a parte, é tudo bastante crível. Apesar de ser o mocinho, Liam Nesson apanha bastante e eu me peguei várias vezes segurando a respiração de tão tensa que fiquei. Só pensava: “Por favor, NÃO MORRE”, haha.
O interessante é que não criaram um enredo novo que fugisse ou repetisse a história do primeiro filme, o que acontece bastante com franquias. Foi realmente uma continuação, um final para o que poderia ter ficado em aberto no 1.
Kim, o próprio MacGyver falando com o pai no telefone.
Eu gosto do Liam Nesson. Não sei, ele me passa uma certa credibilidade e simpatia. Cara de bonzinho, mas ao mesmo tempo justo, aquele que pensa que “os fins justificam os meios”. E quando ele interpreta Bryan Mills, que consegue rastrear e achar qualquer pessoa no mundo, ele é ainda mais convincente.
Com só 90 minutos, sem muita enrolação e correria quase sem fim, Busca Implacável 2 é tão bom quanto o primeiro, que é excelente, e quase tão verossímil quanto.
Recomendo.
Teca Machado
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