quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Para te deixar quicando de ansiedade


Como eu digo na minha descrição no blog (Essa aqui do lado --> ), eu sou apaixonada por trailers. O primeiro que eu lembro ter visto que chamou a minha atenção, que na hora eu pensei “Uau, eu preciso assistir esse”, foi A Múmia, de 1999. Eu tinha 11 anos. Nem lembro o filme que eu fui assistir, mas tenho recordações vívidas do trailer.

Depois disso, sempre que eu vi um trailer bem feito, fiquei quicando de ansiedade para ver o filme. E eu tenho a impressão de que cada vez mais os estúdios estão investindo tempo e dinheiro nessa pequena prévia de dois minutos. Melhor para nós. E para eles também, lógico, porque isso é uma propaganda. 

Eu mesma já fui assistir muitos filmes só porque gostei do trailer. Algumas vezes o trailer era bom, mas o filme ruim, mas também já vi filmes bons de trailers ruins. Acontece, né?

Para vocês terem noção, eu fico chateada quando chego ao cinema e os trailers já passaram. Ou quando já assisti todos que passaram. Sim, sou meio louca.

Nas últimas semanas vi alguns trailers que me chamaram a atenção (Alguns ainda nem tem legenda):

João e Maria – Caçadores de Bruxas


O Homem de Aço


Safe Haven

Safe Haven é do Nicholas Sparks e eu já li o livro, que é um dos meus preferidos. Em português chama Refúgio Seguro. O filme eu não sei, mas o livro é muito bom (E, pelo que eu vi do trailer, parece ser bem parecido com o original).


O Homem de Ferro 3


A Viagem

E olha o filme que me chamou a atenção quando eu era criança:

A Múmia

Tirando A Múmia, não vi nenhum desses porque ainda não foram lançados (Óbvio!), então não sei se são bons, mas não fazem com que a gente espere ansiosamente?

Teca Machado

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Vamos viver a vida Sem Clichê?


Eu sempre gostei bastante de blogs. Gosto tanto que até quis fazer um para mim. Um dos meus preferidos é o Testosterona. Machista, sarcástico e engraçado, ele é o terror de todas as mulheres que não entendem ironias, humor e levam tudo muito ao pé da letra. Ele é casado e no blog tem o link para a página da sua esposa, a Girl Acid, chamada Acidez Feminina. Também visito regularmente o site dela. Lá tem (Tem ou tinha? Fiquei na dúvida), uma coluna chamada Encosta sua Cabecinha no meu Ombro e Chora, escrita pela Marcella Brafman, minha xará (Sim, para quem não sabe, o meu nome não é Teca. É Marcela. Quem poderia imaginar, não é verdade?). A jornalista (Olha, igual eu!) dá conselhos amorosos para leitores que mandam suas dúvidas, tormentos, problemas e mimimis. Pelo Acidez Feminina descobri que a Marcella tinha um blog, o Sem Clichê. E fiquei totalmente apaixonada pelos seus textos.

Como ela própria descreve “surgiu da ideia de falar sobre cotidiano, comportamento e relacionamento de uma forma irreverente e divertida, fugindo dos padrões daquela revista feminina e masculina que você lê”. E ela cumpre o que promete, o blog é bem isso mesmo.

Essa é a minha xará do Sem Clichê.

Os posts do Sem Clichê são muito bem escritos. Eu, como sou jornalista e chata com o português no mínimo correto, adoro ler os textos da Marcella Brafman porque ela cuida do que escreve como cuidaria dos filhos. São impecáveis.

Falando sobre tudo um pouco, ela discorre sobre relacionamentos e vida de uma forma leve, que não é humorística, mas que também não se leva a sério demais. Ela deixa que o leitor do blog entre um pouquinho na sua cabeça e no seu mundo. Conta histórias (Algumas tristes e outras engraçadas, como sobre o tarado do elevador), coloca contos, mostra sua casa, suas tatuagens, suas experiências de vida, dá sua opinião sobre quase todo assunto existente, principalmente sobre o amor. E o melhor de tudo é que, como diz o próprio nome do blog, dá conselhos sem clichê.

Um post que ela mostrava a tatuagem.

Me delicio com os seus posicionamentos e forma de escrever. Gosto dela porque parece ser super bem resolvida, independente e querida. Marcella, posso ser sua amiga?

Há alguns colunistas, como o Bruno, do Bruno, me salva!, um cara que responde os e-mails de leitoras que geralmente estão fazendo tudo errado nos relacionamentos, e o Frederico Mattos, um psicólogo, sonhador, escritor e empresário.

Imagem da coluna Bruno, me salva!

Fora que o blog é muito gracinha! É todo colorido, sem ser poluído visualmente. A Marcella Brafman coloca no início da cada post uma imagem bonitinha que ela pegou do WEHEARTIT, que é super amor! (E no post que ela falou sobre um pet shop de Belo Horizonte? Que coisinhas mais fofas do mundo. Olha aqui).

Não só para mulheres, o Sem Clichê te ajuda a entender como funciona a cabeça de um homem, de uma mulher e te ensina a levar melhor a situação que você esteja vivendo, seja ela boa, seja ela ruim.

Recomendo.

Teca Machado

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

James Bond, SEU LINDO! – 007 – Operação Skyfall

Como já disse antes, adoro “filme de menino”. Explosões, correrias, pancadarias e super-heróis, na medida certa, me agradam muito. Então, nada mais natural do que eu ser apaixonada pelo James Bond. Ainda mais na versão Daniel Craig. Óbvio que eu fui assistir 007 – Operação Skyfall na estreia, sexta-feira (Que marcou os 50 anos dos filmes da franquia).




Depois de uma missão na Turquia que não deu muito certo, a Inteligência Britânica se vê com um pepino nas mãos: Um disco rígido com o nome de agentes infiltrados em operações terroristas ao redor do mundo foi roubado, o seu melhor agente, 007 (Daniel Craig), foi dado como morto e M (Judy Dench), a chefe do departamento, está sendo forçada a aposentadoria. Para piorar ainda mais a situação, hackers invadem o sistema do MI6 e começam a vazar os nomes da lista. É, como diria Chapolin Colorado, “e agora, quem poderá nos defender?”. Apenas James Bond, é claro, que ressurge das cinzas. Agora ele passa a correr atrás da mente criminosa por trás disso tudo para recuperar as informações roubadas.


James Bond e o Aston Martin, seu xodó.

A história é muito inteligente e bem amarrada. Não é confusa como o do anterior, 007 - Quantum of Solace (Que, diga-se de passagem, eu não entendi muito bem até hoje). Além disso, tem vários trechos que arrancam sorrisos do público. Na minha opinião, 007 – Operação Skyfall é um dos melhores filmes da série toda (Que conta com 23 longas e eu já assisti acho que quase todos). Críticos ao redor do mundo afirmam a mesma coisa.

Bérénice Marlohe, a nova Bond Girl.

Como Daniel Craig não está mais na flor da idade e muito menos Judy Dench, o roteiro brinca muito com o velho e o novo, o tradicional e a inovação. Em certo momento, 007 encontra Q (Ben Whishaw), o fornecedor de armas e bugigangas, em um museu. Antes interpretado por um velhinho, um senhor com cara de cientista louco, agora Q é um rapaz, gênio dos computadores, que, como salienta James Bond, ainda tem espinhas no rosto. Eles observam uma pintura de um antigo navio de guerra. Q comenta que é triste ver algo tão poderoso virando sucata e 007 apenas diz que ainda é um ótimo barco. Analogia ao próprio agente, que está ficando mais velho (Mas ainda tem contrato para mais dois filmes da franquia).

Q e 007 no museu falando sobre o quadro.

Linda direção de Sam Mendes (De Beleza Americana), cenários de tirar o fôlego, extremamente bem produzido e bem feito, 007 – Operação Skyfall ainda é melhor quando se fala das atuações. Daniel Craig encarnou melhor do que nunca o agente secreto mais famoso e amado do mundo. Ele trabalha muito bem nesse filme. Ele é torto, meio assimétrico e com um rosto duro, que nunca dá um sorriso, mas ele é tãããão charmoso, elegante e fino que é impossível não gostar dele. O jeito que ele para com as pernas afastadas, que ajeita o paletó no meio de uma perseguição e pisca o olho no meio do tiroteio faz com que entendamos porque as Bond Girls simplesmente caem em seu colo. Os puristas podem preferir Sean Connery como James Bond, mas eu gosto do Daniel Craig. Diferentemente dos seus predecessores, ele apanha, despenteia, sangra e sua, mas nunca perde a linha.

Tem como não falar que esse homem é charmoso e lindo?

Judy Dench dispensa comentários. Afinal, aquela mulher é uma senhora atriz! 

Mas, quem merece um Oscar pela atuação nesse filme é Javier Bardem. Só quem já assistiu entende o quão bem ele trabalhou. Seu jeito de olhar, sorrir, seu tom de voz, seus trejeitos. Não há nada que lembre o Javier Bardem original, apenas o Sr. Silva, o vilão de 007 – Operação Skyfall. E ele está horroroso. A Penelope Cruz devia chorar todas as vezes que ele chegava em casa com aquele cabelo loiro terrível, haha. Parecia o Clodovil. 

Javier Bardem de Sr. Silva. Também conhecido como Clodovil.

007 – Operação Skyfall é o filme da série que mais entra na história de James Bond, em sua vida. Ficamos conhecendo o seu passado e também vemos as fraquezas e traumas do agente que sempre pareceu invencível. Vi uma entrevista com o Daniel Craig que ele dizia ser esse o longa mais fiel aos livros de Ian Fleming e que ele mais gostou de atuar.

Um adendo para a música Skyfall, escrita e cantada por Adele, que toca nos créditos iniciais (Muito interessantes e que prendem a atenção). É impossível não pensar em James Bond e na Inglaterra ao escutar a música. Nunca vi uma trilha sonora ser tão a cara de um filme.

Recomendo muito.

Teca Machado

sábado, 27 de outubro de 2012

Ex-agente da CIA, trator mortal ou rastreador humano? – Busca Implacável 2


Para mim, uma das cenas mais tensas em filmes nos últimos anos (Sem ser de filme de terror, claro) é no primeiro Busca Implacável. Quando Kim, filha do ex-agente da CIA Bryan Mills, está em Paris com uma amiga, percebe que bandidos entraram em sua casa. Ela liga para o pai para pedir orientação. Entra num quarto, fecha a porta, fica debaixo da cama. “E agora, o que eu faço?”, pergunta a apavorada garota. O pai responde algo que deve ter lhe dilacerado por dentro: “Agora você espera. Porque eles vão te pegar”. E a mão de um homem agarra Kim. Começa assim uma busca implacável (Aí o nome do filme!) do pai para encontrar a filha, que foi levada pelo tráfico internacional de mulheres. E ele passa em cima dos raptores igual um trator mortal sem piedade.




O filme, de 2008, foi um sucesso de bilheteria. Apesar da história bem amarrada, cenas de ação bem feitas e ótimas atuações, foi inesperado porque não se tratava de uma super mega produção. Ninguém esperava que Busca Implacável arrecadasse tanto. Então, diante desse resultado, é natural que fizessem uma continuação, que está atualmente nos cinemas.

Confesso que eu estava meio apreensiva antes de assistir porque muitas vezes o filme 1 é seeeensacional e fazem um 2 bem podrinho, apenas para tirar dinheiro dos incautos. Mas, esse não foi o caso de Busca Implacável 2. 

Logo após os acontecimentos do primeiro filme, Bryan (O ótimo Liam Nesson), Kim (Maggie Grace) e a ex-esposa Lornie (Famke Janssen) tentam retomar a vida da melhor maneira possível. Em busca de férias e tranquilidade, embarcam para Istambul (Um dos meus lugares sonho para visitar). Mas, no primeiro filme, Bryan mata o chefe do tráfico de garotas, um albanês cujo pai agora está querendo um tipo torto de vingança, desejando acabar com Bryan e sua família.

O trator mortal em ação.

A mãe e o pai são sequestrados, Kim foge e larga de ser a bobó do primeiro filme, fica mais espertinha. Seguindo instruções do pai (Que carregava um telefone portátil, em caso de emergência, e liga para a filha do cativeiro), ela deixaria MacGyver com inveja em uma cena do filme usando granadas, caneta e um cadarço.

Claro, é um pouco mentiroso, mas, licenças poéticas a parte, é tudo bastante crível. Apesar de ser o mocinho, Liam Nesson apanha bastante e eu me peguei várias vezes segurando a respiração de tão tensa que fiquei. Só pensava: “Por favor, NÃO MORRE”, haha.

O interessante é que não criaram um enredo novo que fugisse ou repetisse a história do primeiro filme, o que acontece bastante com franquias. Foi realmente uma continuação, um final para o que poderia ter ficado em aberto no 1.

Kim, o próprio MacGyver falando com o pai no telefone.

Eu gosto do Liam Nesson. Não sei, ele me passa uma certa credibilidade e simpatia. Cara de bonzinho, mas ao mesmo tempo justo, aquele que pensa que “os fins justificam os meios”. E quando ele interpreta Bryan Mills, que consegue rastrear e achar qualquer pessoa no mundo, ele é ainda mais convincente. 

Com só 90 minutos, sem muita enrolação e correria quase sem fim, Busca Implacável 2 é tão bom quanto o primeiro, que é excelente, e quase tão verossímil quanto.

Recomendo.

Teca Machado

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Você tem o X Factor?


Se tem uma coisa que eu gostaria de ter era talento musical. Tocar, cantar, que seja, desde que eu pudesse vivenciar melhor a música. Mas eu não tenho nem coordenação e nem paciência para aprender a tocar alguma coisa. Eu já tentei tocar violino e piano, mas 1) Eu achei a coisa mais chata do mundo e 2) Meus dedos não conseguem fazer coisas diferentes ao mesmo tempo, como apertar as teclas do piano ou segurar as cordas distantes de um violão. E eu sou bem desentoada e um tanto desafinada. Ou seja, compreendi que o meu negócio é curtir a música escutando, dançando e cantando sozinha, mesmo que mal. Mas, isso não me impede de gostar de programas de calouro, como The X Factor, que atualmente está na segunda temporada no canal Sony.


A premissa do programa é a mesma de todo e qualquer produto do tipo: As pessoas vão lá cantar, são avaliadas pelo júri, depois pelo público e um a um vai sendo eliminado toda semana. O último que ficar ganha um contrato com uma gravadora e toda a glória. Só que o diferencial de The X Factor é que o prêmio é um contrato de U$5 milhões. É... Não é pouca coisa, não. 

Além disso, eles não estão procurando apenas o melhor cantor, mas alguém que tenha aquele “tcham” especial. Ser um ótimo cantor, claro, mas também ser um show man, carismático, bonito, simpático e que o público ame. Ou seja, o pacote completo (A menina que ganhou a temporada passada eu não achei grandes coisas, mas, enfim, é como eu já disse em vários posts: A audiência americana é burra).

Vino, um dos participantes dessa temporada (Eu gosto dele)

Eu sempre gostei de American Idol, mas acho que o programa perdeu muito com a saída do Simon Cowell, que era a alma do show. Tudo bem que eu A-D-O-R-O o louco do Steven Tyler, do Aerosmith, que ficou em seu lugar, mas não dá de comparar os dois porque são extremamente diferentes. O Steven é um roqueiro maluco, carismático e que usou tanta droga que o cérebro derreteu e o Simon é um produtor inglês, com classe, extremamente sarcástico e maldoso. Mas, hoje o meu preferido é The X Factor.

A primeira fase é de audições, depois vão para o “boot camp”, que é o treinamento. Logo depois são divididos de acordo com estilo, como grupos, homens, mulheres, acima dos 30 anos e outros. E cada um dos jurados cuida de um dos grupos. Até que só sobra um.

Um dos grupos masculinos que quer ser o próximo Bieber/One Direction fazendo o Gangnan Style

Claro que a primeira fase do programa é engraçadíssima. Gente terrível que se acha a última bolacha do rock and roll, gente tosca, gente louca e gente que só quer aparecer. Mas também há alguns concorrentes fantásticos, que te fazem arrepiar quando cantam.

Mas não há nada melhor do que o painel de jurados. Nessa segunda temporada é o Simon Cowell, criador do programa, ácido e com o sotaque inglês mais maravilhoso de todo o universo. Eu poderia escutar ele falar o dia todo. Tem o LA Reed também, que é tão careca e tão charmoso, haha. Fora que o cara entende de música como ninguém. Tem a Demi Lovato, por quem eu tenho sentimentos conflitantes. Ela meio que não fede e nem cheira para mim, mas é estilosinha. Mas, a melhor de todas, é a Britney Spears. Ela parece bêbada o tempo todo e não disfarça nem um pouco quando não gosta. Faz careta, fala mal e não está nem aí. Mas quando gosta, só falta subir no palco para cantar junto e chorar (Só acho estranho uma mulher que não canta NADA julgar os outros, mas, enfim, ela é divertida).

Jurados: LA Reed, Demi Lovato, Britney Spears e Simon Cowell

The X Factor é uma boa diversão para as noites de terça e quarta-feira (Dia que passa no canal Sony).

Recomendo.

Teca Machado

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

20 anos de 15 de julho


“Um Dia”, de David Nicholls, é um livro escrito de uma maneira tão diferente que chama a atenção. Emma Morley e Dexter Mayhew, ingleses, se conheceram aos 22 e 23 anos, respectivamente, no dia da formatura, em 15 de julho de 1988. Eles “meio” que ficaram juntos e, a partir daí, surgiu uma amizade que durou praticamente toda a vida deles.

As duas versões de capa do livro.

A data é Dia de São Swithin, cuja lenda diz que o clima que fizer naquelas 24 horas, vai ser o mesmo para os próximos 40 dias. E, como foi o primeiro dia que eles passaram juntos, todo o livro passa nessa mesma data, em todos os anos seguintes. Cada capítulo é um dos anos durante os 20 próximos da vida de Em e Dex, Dex e Em.

Quando comecei a ler, pensei que ia ser estranho, que íamos ficar no vácuo, já que há um intervalo de um ano entre os capítulos, mas o autor dá um breve resumo do que acha que é interessante que o leitor saiba. E eu não senti falta de nada, pelo contrário, foi até mais prático do que saber todos os detalhes de 20 anos da vida dos personagens.

Por falar nos protagonistas, eles não podiam ser mais diferentes um do outro. Emma é de classe média baixa, corta o próprio cabelo, é contra convenções e não tem autoestima. Mal-humorada e um tanto amarga, ela é politizada. Tem aquele forte desejo jovem de fazer protestos contra guerra, corrupção e quer mudar o mundo, nem que seja só um pouquinho dele. Já Dexter é um cara bonito, bom vivant, mulherengo por natureza e amado por todos. Rico e bem instruído, ele viajou o mundo, ficou famoso e tem um certo probleminha com bebidas e drogas. Emma e Dexter se amam e se odeiam, mas não vivem um sem o outro.

Esse é David Nicholls, o autor.

É uma história bem verossímil. É um enredo que poderia ser muito bem real. É apenas a vida de duas pessoas que se cruzaram, simplesmente isso. Mas, ainda assim, é doce (Talvez agridoce), interessante, engraçada e comovente, como a vida de todas as pessoas. Às vezes um está por cima, outro por baixo, mas nada é permanente.

Em alguns momentos, odiei a Emma. Em outros detestei o Dexter. Mas, também fiquei comovida, apaixonada e alegre pelas conquistas dos dois. Pareço até uma louca falando de gente de verdade, né? Mas é assim que eu acabo enxergando personagens de livros, como meus amigos (Carente feelings...)

A linguagem é leve, sem rodeios e fácil. Nada muito rebuscado. Apesar das suas mais de 300 páginas e do meu tempo estar totalmente escasso (Tenho o blog, um emprego, uma empresa e planos futuros que já estão sendo desenvolvidos na velocidade da luz), consegui ler em uma semana. Todas as noites, antes de dormir, eu juro para mim mesma que eu vou ler só um pouquinho, tipo cinco páginas ou um capítulo, mas eu não resisto e leio durante uma hora, duas. E, quando percebo, é uma hora da manhã ou mais. No outro dia acordo arrependida, juro que não vou fazer mais isso, mas faço igualzinho.

Cena do filme Um Dia, estrelado por Anne Hathaway e Jim Sturgess.

Acho que as mulheres vão gostar mais do que os homens, mas isso não significa que eles não vão apreciar a leitura.

Tem o filme também, com a Anne Hathaway e Jim Sturgess, mas ainda não assisti. Queria ler o livro primeiro. Bom, missão cumprida.

Recomendo.

Teca Machado

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O melhor imaginador de mundos fantasiosos


Como eu disse no primeiro post do blog, há longínquos quatro meses, o primeiro livro que eu lembro de ter lido por gosto e por vontade foi Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos. Depois disso, descobri o gosto pela leitura e ninguém me segurou mais. Logo depois dessa obra de estreia ao mundo da literatura, meu pai me comprou alguns livros de Julio Verne. E foi uma das melhores coisas que ele poderia ter feito por mim.

Cara de Papai Noel bonzinho, né?

Se hoje eu tenho a imaginação fértil, que produz imagens instantaneamente no momento que alguém me conta uma história, é algo que eu devo agradecer a Julio Verne. Seus livros são detalhados (Sem serem chatos), mostrando mundos maravilhosos e inexplorados. Ele me mostrou como era o fundo do mar, o centro da Terra e vários países. Lendo A Volta ao Mundo em Oitenta Dias me apaixonei pela primeira vez por um personagem e fiquei tremendamente triste quando terminei a leitura.

Devia ser fascinante conversar com Julio Verne. Ele devia ser muito doido. Se me dissessem que eu poderia escolher um autor de qualquer época para sentar comigo e bater um papo, com certeza escolheria ele.

Um dos mais famosos livros do Julio Verne

Nascido na França em 1828, ele viveu até 1905. Suas mais de 100 obras foram traduzidas para 148 línguas (!). Considerado por críticos o precursor do gênero da ficção científica, ele fez algumas “previsões” em seus livros de como seria o futuro e os seus avanços científicos. Falou sobre máquinas voadoras, submarinos e viagens à Lua. Homem a frente do seu tempo, nos seus últimos anos de vida escreveu sobre o uso errôneo da tecnologia e os seus impactos ao meio ambiente.

Seus livros mais famosos são:

Cinco Semanas em um Balão
Viagem ao Centro da Terra
Vinte Mil Léguas Submarinas
A Volta ao Mundo em Oitenta Dias

De todos esses, o único que eu não li foi Cinco Semanas em Um Balão.

33 das suas obras foram adaptadas para o cinema gerando um total de 95 filmes. Vinte Mil Léguas Submarinas virou filme nove vezes, Viagem ao Centro da Terra cinco vezes e A Volta ao Mundo em Oitenta Dias duas vezes.

Esse é o meu preferido entre os que eu já li.

Apesar de fantasiosos, seus livros nunca ficam velhos e não são exclusivamente para crianças. Eu sou suspeita para falar por causa da minha adoração por leitura infanto-juvenil, mas gosto das suas obras. Fazem bem para a mente.

Assim que eu tiver filhos, antes mesmo de aprenderem a ler, vou comprar uma coleção de livros do Julio Verne para eles. É o tipo de presente que vai fazer a diferença em suas vidas.

Recomendo.

Teca Machado

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Eu e o chão, o chão e eu


Eu tenho um caso de amor muito forte desde que nasci. Eu e a lei da gravidade somos inseparáveis (Todos nós, mas enfim, vocês entenderam). Só que ela me ama mais do que eu a amo, por isso ela força a barra e sempre usa os seus poderes (do mal) sobre mim. Ela faz com que eu beije o chão ou que objetos (bolas, livros, mangas...) caiam em cima de mim, só para mostrar quem manda. 

Quem me conhece ao vivo, provavelmente já me viu cair uma, duas, cinco, quinze vezes. É normal ou estar de boca ou bumbum no chão. Roxos? São recorrentes. Cicatrizes? Tenho várias (Algumas incomuns, feitas por massinha de modelar queimada. Lembram?). A minha sorte é que eu não fico marcada por muito tempo, senão seria um retalho ambulante, não apenas um desastre ambulante.


Não é só uma teoria e eu sei bem disso!

Tenho tantas histórias sobre isso que eu nem sei por qual começar... 

Eu moro numa casa com escadas há 21 anos. E eu despenco pelos seus degraus pelo menos uma vez por semana, só para não perder o costume. A minha mãe nem se preocupa mais. Se eu estou viva e não quebrei nada, para ela está tudo bem.

Quando eu tinha 10 anos, estava num aniversário brincando numa escadaria (É claro que isso não ia dar certo). Rolei 36465382 degraus, machuquei, destronquei o braço, mas a única coisa que eu consegui falar para a minha irmã quando ela foi me acudir foi: 

- Nana, a minha calcinha apareceu?
- Sim...
- BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ (Durante três horas, mais ou menos).

Uma vez eu estava na frente do computador gravando um arquivo de som com uma piada para alguém que eu nem lembro mais quem era. Como sempre, eu estava me equilibrando apenas nas duas pernas traseiras da cadeira. No meio da fala, despenquei com tudo para trás, me estabaquei no chão e a piada ficou sem fim. Num segundo estou lá, toda empolgada me achando a engraçada, e, de repente você escuta “Aaaaaah! POF...” e um silêncio mortal. Depois de uns 20 segundos um “Ai” choroso e o arquivo para (Algum dos meus amigos ainda tem isso no computador para me mandar?).

E, como eu nunca aprendo a lição, ano passado estava no trabalho fazendo isso com a minha cadeira e o mesmo aconteceu, fui com tudo para trás. Puxei a gavetinha do teclado, que voou e espalhou letrinhas por toda sala. O copo de água que estava na mesa caiu na minha cara. O meu sapato, que estava desencaixado do pé, foi parar perto da porta. E, claro, meu editor olhou para mim bem na hora e me viu caindo. Foi aquele silêncio geral de “Morreu?” até que eu comecei a rir igual uma louca. Tanto que nem conseguia levantar. É claro que essa cena (ridícula) não foi esquecida até hoje e as pessoas lembram constantemente e começam a rir do nada.

Essa é maldade, mas eu achei tão engraçada, haha!

Tenho tombos históricos! E o pior é que na maioria das vezes que isso acontece, eu estou de vestido. Já cai de boca na escada da igreja, com um monte de gente descendo a escada atrás de mim e todo mundo viu a minha calcinha. De renda. Também na escada principal do shopping e saí rolando até ela acabar. Numa viagem com um grupo de amigos para um congresso, eu e uma amiga saímos correndo para pegar o ônibus da excursão e saímos rolando juntas naquele chão de poeira vermelha.

Se fosse contar todas as minhas tragédias e casos de amor com o chão, ia escrever umas dez páginas. Outro dia eu conto das vezes que meti a cara em placas e estátuas e de objetos que vêm em alta velocidade na minha direção (Principalmente na cabeça).

E sabe o que é o mais engraçado de tudo? Apesar de viver caindo, eu NUNCA quebrei nenhum osso. Sou quase o Wolverine! Haha.

Teca “Desastre” Machado

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Você pode mudar uma vida


Ao deitar na sua cama confortável todas as noites antes de dormir, lembre-se que há crianças ao redor do mundo que nem ao menos tem um teto sobre as suas cabeças. Ao desperdiçar o almoço ou o jantar, lembre-se que há crianças ao redor do mundo que não tem o que comer durante o dia todo. Ao reclamar das aulas chatas da escola ou da faculdade, lembre-se que há crianças ao redor do mundo que sonham em poder sentar numa sala de aula. Ao reclamar dos seus pais, lembre-se que há crianças ao redor do mundo que dariam TUDO para ter um pai e uma mãe por perto.

Vocês se lembram de quando eu falei sobre o filme Redenção, com o Gerard Butler? Em resumo, é uma história real de um homem que fez a diferença na África, ajudando crianças órfãs e dando uma vida melhor para elas.

Desde que assisti Redenção, fiquei meio incomodada, sentindo que eu sou muito egoísta e não faço nada por ninguém que não seja as pessoas ao meu redor. Se eu fui tão abençoada, de nascer num país com liberdade e sem guerras, de ter uma certa condição financeira, de ter uma família maravilhosa, muitos amigos e instrução acadêmica, por que não ajudar a quem não teve isso? Mas como fazer isso?

Há alguns dias, vi uma propaganda na TV com a atriz Julia Lemertz sobre a ActionAid. Segundo o site deles, “é uma organização internacional, sem fins lucrativos, que há 40 anos trabalha com comunidades excluídas ao redor do mundo”. Ela foi avaliada pelo jornal inglês Financial Times como uma das instituições do setor mais competentes do planeta. Mais de 20 milhões de pessoas são beneficiadas pela ActionAid em mais de 40 países pobres da África, Ásia e América.  Atuando no Brasil há 12 anos, está presente em 13 Estados e ajuda mais de 300 mil pessoas.

Página principal do site da campanha Mude uma Vida, da ActionAid.

Então, a campanha que está no ar fala sobre apadrinhar uma criança na Guatemala ou em Moçambique, que são países em estado crítico no quesito de qualidade de vida, principalmente para órfãos.

Doando apenas R$42 por mês, um valor baixo (Pode ser mais se você quiser, é claro), a pessoa consegue mudar para sempre a vida de uma criança que não tem quem olhar por ela. Você ajuda na sua alimentação, na sua formação e muito mais. Fora que além de melhorar as condições da criança, você transforma a comunidade onde ela está, porque a ActionAid constrói cisternas, praças e outras coisas.

ActionAid leve água para comunidades em Moçambique.

Hoje eu adotei uma criança de Moçambique. Daqui 10 dias vou receber um kit de boas-vindas a organização com foto e informações do meu apadrinhado.

O interessante é que eu vou manter contato com a criança.  Ela vai me mandar recados e desenhos e a ActionAid vai me mandar relatórios sobre como anda o desenvolvimento dela.

Sei que ainda é pouco, que eu não vou mudar o mundo inteiro com isso. Mas a sensação de que eu transformei a vida de alguém indefeso é incrível. E isso só me deu vontade de fazer cada vez mais!


O site da ActionAid é esse e a campanha chama Mude uma Vida. É super simples e fácil de se cadastrar, não demora dois minutos.

Apadrinhe uma criança você também. Além de fazer o bem ao próximo, você está fazendo o bem para você mesmo.

Recomendo ActionAid de todo o meu coração.

Teca Machado

sábado, 20 de outubro de 2012

O pior final de novela dos últimos tempos


Se você não assistiu o final da novela ontem e não quer saber o que aconteceu, PARE DE LER AGORA. Eu não vou me responsabilizar por você ser curioso, ler o spoiler e brigar comigo.




Como eu disse há um tempo, eu sou noveleira. Assisti e gostei de Avenida Brasil. Tirando alguns certos exageros, principalmente os da Nina, a novela era bem verossímil. A Carminha era uma vilã maléfica, isso é fato, mas, ainda assim, totalmente plausível. Não tão desvairada como a Nazaré, de Senhora do Destino, ou descompensada como Tereza Cristina, de Fina Estampa. Só que, para mim, a novela teve um sério problema: o final ser idiota.

Vi algumas pessoas no Twitter e Facebook comentando “Ai, que lindo!”, “Chorei”, “Emocionante”, “O bem venceu o mal” e coisas do tipo. Sim, legal! Rendição, salvação, o lado bom do ser humano e blá blá blá. E quer saber? CHATO, assim mesmo, com letras maiúsculas. Jura que eu vi meses de capítulos, senti ódio da Carminha (e da Nina também), para ver as duas dando um abraço, mesmo que forçado? Sem graça demais. Eu esperava algo muito mais bombástico, ainda mais porque o autor João Emanuel Carneiro, disse que o final de Carminha seria totalmente inesperado. E esse desfecho foi completamente previsível.

Carminha depois de sair da prisão voltando para o lixão.

Em dez minutos de capítulo, tudo foi resolvido. E da maneira mais chata possível. Eu pensei “Não é possível que seja só isso! Vou assistir até o final porque tenho certeza que algo mirabolante vai acontecer para quebrar toda essa monotonia”. Algo como uma explosão, todo mundo morrer, a Carminha falar “Pegadinha do Malandro, ié, ié”. Mas não. Nada aconteceu. Para minha frustração e de muita gente.

A morte do Max? Gente, alguém ficou surpreso com isso? É como disse o Rodrigo Fernandes, do Jacaré Banguela, no Twitter: “É... Novela com final de ‘quem matou fulano’, é melhor deixar para o Silvio de Abreu”. Esse, sim, sabe criar um mistério e deixar a gente surpreso.

De primeira dama do Divino para catadora de lixo.

Achei que o final foi incoerente com todos os outros capítulos de Avenida Brasil, principalmente no que diz respeito a Nina e Carminha. Tudo bem que a Carminha salvou a ex-enteada/nora e o ex-marido, mas vocês pararam para pensar que se não fosse pelas maldades dela, eles nem precisariam ser salvos? Fora que não acho que alguém como a vilã mudaria tanto em tão pouco tempo, mas, enfim, né?

E cadê a Suellen barriguda? E o neném dela? E onde estava Débora e Iran e os outros filhos do Cadinho? E onde foi parar a Agatha no último capítulo? Ouvi hipóteses que estava sendo modelo e bulímica, que comeu o Max, que mudou para Miami para trabalhar num Mc Donald’s, que virou a bola do gol final e também que estava no quadro Medida Certa do Fantástico. Achei muita coisa mal explicada ou explicada superficialmente.

Nina, Jorginho e Jorge III indo visitar a vovó Carminha no lixão.

Querem saber qual seria o final ideal para mim? Lá vai:

1- Todo mundo matou o Max, mesmo que sem querer. Foi uma sucessão de surras, socos, coronhadas e pás na cabeça que ele acabou com uma hemorragia interna. Todos são culpados, todos são inocentes. 
2- Santiago vai para a cadeira, onde enlouquece e começa a pesquisar clonagem (O Clone feelings) para fazer uma Carminha geneticamente modificada para ser mais obediente.
3- O grande segredo de mãe Lucinda é que ela era uma ex-Miss Brasil que pirou, embarangou e foi parar no lixão.
4- Sussurraram no ouvido do Adauto no dia do pênalti que se ele acertasse, iam matar o Tufão e toda a sua família, por isso ele errou.
5- Jorginho cansa da sede de vingança na Nina, saí viajando o mundo sozinho e se apaixona por uma japonesa boazinha, submissa e tão pastel quanto ele.
6- Suellen, Roni e Leandro, juntamente com Cadinho e suas três esposas, estrelam um reality show do Discovery Home and Health sobre famílias modernas.
7- Carminha e Nina descobrem que, na verdade, são “farinha do mesmo saco”, dão as mãos simbolicamente e vão ao redor do mundo dando golpes em ex-atletas bananas.

Seria muito surpreendente, não?

Cena final da novela em comemoração a ascensão do Divino para a primeira divisão.

Mesmo com esse final imbecil, adorei Avenida Brasil. João Emanuel Carneiro sabe fazer novela, sabe prender a nossa atenção e eu não vou desmerecer todo o seu trabalho por causa do desfecho. Acredito que foi um dos melhores folhetins da história da televisão e vai ficar marcado.

Teca Machado

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Inebriantemente romântico – Don Juan DeMarco


O Johnny Depp é tão estranhamente charmoso e divertido que não tem como não gostar dele. Até mesmo com delineador, como Capitão Jack Sparrow, esquisito, como o Chapeleiro Maluco, ou pálido, como Edward Mãos de Tesoura, ele exerce um fascínio sobre nós, meros mortais. Mas, para mim, os filmes que ele está “normal”, como Em Busca da Terra do Nunca e Chocolate, são os melhores. Mas, acredito que o filme com ele que é o meu preferido é Don Juan DeMarco.


Esse é um daqueles filmes que fazem você suspirar no final, sem ser melodramático ou pingando açúcar. Não é de mulherzinha, afinal, Don Juan alega ter dormido com mais de mil mulheres, então acho que os homens vão gostar.

Don Juan DeMarco conta a história de um jovem de 21 anos (Johnny Depp) que alega ser o personagem da literatura. Após tentar se matar porque perdeu o grande amor da sua vida, ele é encaminhado para o psiquiatra Jack Mickler (Marlon Brando). Como parte da terapia, o pretenso Don Juan DeMarco passa a contar sua história para o psiquiatra, o que é paradoxo, já que o enredo passa na realidade e o verdadeiro Don Juan viveu há séculos.

Marlon Brando e Johnny Depp em cena.

O diálogo entre os dois homens é muito interessante e até mesmo poético, mas, como eu disse lá no início, sem ser água com açúcar. É perspicaz, irônico e engraçado, ao mesmo tempo que romântico. Bom, só assistindo para entender.

A medida que o filme passa, o Dr. Jack Mickler passa a não mais querer saber se a história do rapaz é verdadeira ou não, apenas pega os seus ensinamentos e leva para a sua vida pessoal. Apesar de ter muito menos idade do que o psiquiatra, Don Juan DeMarco é muito mais sábio no quesito relacionamentos. Jack Mickler muda o seu comportamento em relação a esposa, Faye Dunaway, e percebe que sedução é algo que sempre deve estar presente, independente da idade.

Depp como Don Juan.

Seria um crime falar desse filme sem citar a trilha sonora. “Have you ever really loved a woman”, de Brian Adams, encaixou tão perfeitamente em Don Juan DeMarco que é impossível não associar os dois eternamente. Tanto que o longa concorreu ao Oscar de melhor canção original (E eu acho um absurdo não ter ganho!). Essa música é tocada o filme todo nos mais diferentes arranjos, então você não enjoa: Fica apaixonado por ela. Eu lembro que quando eu assisti pela primeira vez, há uns 10 anos, ela tocava no menu do DVD. E como ainda não tinha toda essa coisa de MP3 e eu não tinha o CD, deixava o menu parado e a música tocando durante horas. Até que o meu pai devolveu o DVD para a locadora e eu fiquei triste, haha.

Have you ever really loved a woman - Brian Adams

A escolha do elenco não podia ser melhor. Johnny Depp exerce um efeito inebriante nas mulheres, isso é fato, e é um ótimo ator. Então, ele convence totalmente como o homem que mais “pegou” mulheres na história do mundo (Tirando o Latino que, de acordo com ele mesmo, já dormiu com mais de mil mulheres também. Aham...). E Marlon Brando, que já está velho no filme, era o Don Juan por excelência nos seus tempos áureos. Quando jovem, era lindo, sedutor e carismático.

Marlon Brando quando jovem... Suspirou?

O espectador fica sem meio saber se o rapaz mentiu, se imaginou ou se realmente é Don Juan DeMarco. E essa é a graça do filme.

Recomendo.

Teca Machado 

P.S.: Esse post é dedicado a Marcinha Lopes, que, em conversas pelo Facebook, me lembrou o quanto esse filme é deliciosamente bonito!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Nicholas Sparks ataca outra vez!


Ai, Nicholas Sparks, POR QUE você faz isso com as mulheres do mundo? Por que você escreve personagens tão lindamente apaixonantes e coloca as nossas expectativas em relação a vida tão lá em cima, inalcançáveis?

 Já falei isso há alguns posts, mas não dá de não repetir após ler A Escolha, de Nicholas Sparks.




Gente, é sério. É lindo. Entrou na minha lista de preferidos, como quase todos os livros desse autor que lê a mente feminina. A esposa dele deve ser uma das mulheres mais felizes do mundo.

A história de A Escolha é até difícil de comentar ser dar spoiler. Mas, eu prometo não contar nada muito importante que estrague a surpresa, tá?

Travis Parker é um gostoso lindo veterinário de cidade pequena no interior dos Estados Unidos. Solteiro e na faixa dos 30 anos, ele vive a vida da maneira como melhor lhe parece. Pratica esportes radicais, viaja o mundo todo, curte toda a liberdade que tem direito, tem um ótimo grupo de amigos e uma coleção de namoradas já passou pelo seu caminho. 

Gabby Holland, uma assistente médica certinha e metódica, mudou de cidade para que pudesse estar perto do namorado, Kevin. Mesmo gostando da nova vida, ela se sente muito só. Apesar de ser apaixonado por Gabby, Kevin não quer pensar em compromisso. A sua ideia de planos para o futuro é o que farão no final de semana. E isso a incomoda muito.

Gabby e Travis têm apenas duas coisas em comum: o amor por cachorros e o seu endereço. Eles são vizinhos. Apesar de um início um tanto conturbado, já que Gabby, na primeira vez que conversa com ele grita, briga e esculacha o rapaz injustamente, eles acabam se dando bem por causa dos animais.

Aí o homem mais romântico do mundo: Nicholas Sparks.

Pronto, e é só até aqui que eu posso falar para não estragar a história. Apesar de parecer o típico enredo homem-encontra-mulher-brigam-se-amam-se-apaixonam-casam, eu garanto que não é. É bem diferente, só não posso explicar o motivo sem dar spoiler.

Como sempre, o autor construiu os personagens muito bem e fez mulheres do mundo todo se apaixonarem por Travis. Eu imagino ele tão lindo que até suspiro, haha. E o melhor é que, além de gostoso bonito, ele é engraçado, doce e tem um coração gigante. Fala tudo o que as mulheres sempre quiseram escutar. 

Nicholas Sparks, tem dias que eu te odeio. Mas, no fundo, eu te amo!

Recomendo. Você vai se emocionar (Como em 99% dos livros dele).

Teca Machado

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Micos em casamentos


O casamento, um dia que deveria ser perfeito, nem sempre acontece como era esperado... De vez em quando, alguns micos acontecem. E a gente ri deles, é óbvio! Afinal, como diz o meu editor, quem não gosta de um mal feito, não é verdade?

E eu sei que vocês gostam desse tipo de coisa porque o post com o vídeo dos 10 piores namorados do mundo foi um dos mais acessados do blog. Até levei um susto quando vi a quantidade de visualizações.

Mas, calma, eu não julgo vocês. Eu também sou má e dou risada desse tipo de coisa, HA HA HA (Risada maléfica).

Então, ignorem a narração (Que nem de longe é boa...) e se divirtam com o vídeo abaixo com os Top 10 Micos em Casamento.




Eu, como o bom desastre ambulante que sou, tenho certeza que vou aprontar alguma no dia que eu casar, como cair de cara no chão, derrubar refrigerante no vestido ou algo do tipo.

Eu já paguei mico em casamento, mas em uma das vezes que fui dama de honra. Foi no casamento da minha tia. Eu tinha seis anos e nenhum dos dois dentes da frente. Ou seja: BONITA. Não teve nenhum ensaio para a entrada na igreja e na hora só me disseram: “Siga o tapete vermelho”. Só que ele fazia uma curva e eu, na minha linda cabecinha de seis anos, pensei quando cheguei na curva “Ih, segui e acabou. E agora?”. Não vi que ele continuava, saí do tapete vermelho e comecei a andar entre os convidados, dando oi para todo mundo que eu encontrava no caminho. Até que depois de muito tempo (E de muita gente rindo da minha cara), cheguei até o altar.

Eu sou “esperta” desde pequena.

Teca Machado

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Queda livre da estratosfera


Eu tenho vários sonhos. Tem algumas coisas que eu sou louca para fazer antes de morrer. Tenho uma lista mental, bem no estilo do filme Antes de Partir, com Jack Nicholson e Morgan Freeman. Uma das minhas maiores vontades da vida é pular de paraquedas. Não fiz isso até hoje porque 1) Acho que eu mataria o meu pai do coração (Como ele costumar frisar sempre que falo sobre isso) e 2) Não tive a oportunidade. Deve ser uma sensação incrivelmente libertadora saltar de um avião e despencar, ver o mundo lá do alto, sentir-se quase como um pássaro. Outro sonho meu é ir para o espaço (E isso eu tenho certeza absoluta que não é algo que eu vou conseguir fazer). Compreender a imensidão do universo, perceber que você é um pontinho minúsculo entre tudo o que Deus fez. Isso sim deve ser arrebatador!

Então, o austríaco Felix Baumartner, de 43 anos, fez as duas coisas no último domingo a tarde. Patrocinado pelo Red Bull (Que te dá asas, olha que bonito!), com uma capsula projetada pela NASA, vestimenta de astronauta e um balão de gás gigantesco, ele subiu a 39 mil metros de altura e pulou. Simples assim. 

Esse é o Felix, o maluco.

Seu feito fez com que quebrasse três recordes: 1) Ele atingiu 1.342,8 km/h e quebrou a barreira da velocidade do som, sendo o primeiro ser humano a realizar esse feito em queda livre, sem ajuda mecânica; 2) Fez o salto de paraquedas da maior altura já registrada (Afinal, ele estava na estratosfera!) e 3) Subiu de balão ao ponto mais alto já registrado.

De onde ele tirou essa ideia? Não sei, não achei nenhuma entrevista com ele que explicasse o motivo, mas ele deve ter pensado assim: “Poxa, já saltei de paraquedas 73652 vezes e perdeu a graça. O que eu posso fazer para acrescentar um pouco mais de emoção à minha vida? Já sei, vou pular do espaço!”.

O salto, transmitido ao vivo no mundo todo, foi filmado por mais de 30 câmeras. Nas que estão na capsula que Felix Baumartner usou para subir, ele demonstra estar super calmo. Quando abre a portinha para pular, olha o ambiente um tempo, fica com as pernas penduradas do lado de fora e, então, se joga. Se algumas pessoas tem vertigem ao olhar para baixo em uma sacada de prédio, imagina ver o mundo lá embaixo e você sabendo que vai pular. Ele deve ter ficado estarrecido com o visual. É interessante perceber no vídeo a Terra girando (Bem devagar, é claro, mas dá para ver).

Imagem de uma das câmeras da capsula instantes antes de ele pular.

Um salto desse é MUITO arriscado. Além de o paraquedas não abrir etc etc e etc, se ele começasse a rodar de forma descontrolada, poderia perder a consciência e sofrer uma hemorragia cerebral. E em certo ponto, o paraquedista começou realmente a girar, mas, antes de precisar acionar o controle de emergência (O que o salvaria, mas tiraria o recorde), conseguiu o controle e voltou a despencar como deveria.

Depois de se preparar por cinco anos e cair durante mais de quatro minutos, Felix Baumartner chegou são e salvo ao chão. Em entrevistas, afirmou que antes de pular só pensava em uma coisa: no medo de morrer com sua mãe e sua namorada vendo o salto pela televisão.

“Quando você está no topo do mundo, torna-se mais humilde. Eu não pensava em recordes, nada disso.”, disse Baumgartner. “Antes, pensei em todo mundo que estava me vendo, torcendo por mim... Às vezes, é preciso ir muito alto para compreender quão pequenos somos”, filosofou.

Depois de fazer algo tão extraordinário, Felix diz estar sem ideias de qual será seu próximo objetivo. Eu duvido que ele ache algo mais emocionante do que pular da estratosfera.

Olha aí o vídeo do salto: 




Eu gosto de esportes mais radicais, mas acho que isso aí eu não encaro, não, viu?

Teca Machado

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Não brilham como o Edward e são maus – Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros


Desde que vi o trailer de Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros, fiquei com vontade de assistir. Me pareceu estranho, um pouco trash, mas ainda assim me chamou a atenção e me pareceu divertido (Não no sentido cômico ou engraçado, mas como um passatempo). Me falaram que era ruim, do tipo que dá vergonha alheia, mas isso não tirou a minha vontade. Enrolei, enrolei, enrolei (Porque estou trabalhando muito, então fazia muito tempo que não ia ao cinema, infelizmente), mas ontem assisti. E, quer saber? Eu gostei.


Claro, não é o melhor filme do ano, mas eu achei tão interessante que vale a pena. É diferente de tudo o que eu já assisti. Mas é preciso ir ao cinema sem preconceitos e com a mente bem aberta às loucuras de Seth Grahame-Smith, que escreveu o livro no qual o filme foi inspirado. Ele também fez Orgulho e Preconceito e Zumbis, inspirado no livro da inglesa Jane Austen e misturado com história de zumbis.

O enredo é muito louco e completamente mentiroso. Mas é legal. Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros tem um título autoexplicativo, né? Um dos presidentes americanos mais amados e mais lembrados de toda história era, na verdade, um matador sanguinário dessas criaturas das trevas que desejavam tomar conta da nação e transformar os EUA num país de vampiros. Eu já ouvi dizer em algum lugar que essa é uma lenda urbana, mas não consegui encontrar no Google nada que dissesse isso. E, se não tem no Google, não deve existir. 

Benjamin Walker como Abraham Lincoln jovem no início da "carreira" de caçador.

Quando era criança, o pequeno Abraham viu sua mãe ser morta por um homem. Ao se tornar um jovem, foi atrás do assassino e descobriu que ele, na verdade, era um vampiro. Com a ajuda do enigmático Henry Sturgess, um mentor na arte de matar esses seres, ele passa a ser um vendedor durante o dia e um caçador de vampiros durante a noite, sempre sedento de vingança. E, ainda assim, encontrou um tempo para se tornar político, se casar e ainda comandar a Guerra Civil americana em 1861 e abolir a escravidão.


O machado é sua marca registrada como perseguidor de vampiros.

Quem conhece bem a história dos Estados Unidos e do presidente, acho que entende melhor o filme. Algumas coisas não são bem explicadas, mas, enfim, dá para seguir o fluxo. Em alguns momentos, eu fiquei meio confusa, pois a Guerra Civil, para mim, é meio desconhecida. Só sei que o norte libertário e o sul escravocrata lutaram entre si e teve muita morte. Mas, pelo que eu entendi, Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros realmente misturou a história verdadeira com toda essa loucura. Transformou os sulistas em vampiros maléficos que sugavam o sangue dos escravos. Um verdadeiro mash up que, na minha humilde opinião, deu certo. 

Treino com Henry Sturgess para se tornar caçador

Dirigido pelo russo Timur Bekmambetov (Que também fez O Procurado) e produzido por Tim Burton (Tinha que ter o dedo dele nesse tipo de enredo!), o filme é rápido e tem muitas cenas de ação. Achei que forçou um pouco a barra quando Abraham Lincoln persegue o algoz da sua mãe em cima de vários cavalos, mas o que não é mentiroso nesse filme, certo? 

Visualmente falando, achei bem feito. Pena que não vi em 3D. Cenas de ação em câmera lenta, sangue espirrando por todos os lados e efeitos especiais bem produzidos. Dá um certo medinho dos vampiros quando eles mostram sua verdadeira face.

Igualzinho ao presidente real, né?

O elenco é muito bom também. Benjamin Walker faz um ótimo trabalho como Abraham Lincoln. Quando jovem, não parece o presidente real, mas, quando adulto, é a CARA do Liam Neeson e também do Abraham Lincoln. Ouvi muita gente dizendo que a maquiagem do filme era muito ruim, mas achei boa. Tudo bem que com 50 anos ele parecia ter 65, mas achei bem feita. Dominic Cooper (De Mamma Mia!) é Henry Sturgess e Mary Elizabeth Winstead é a senhora Lincoln.

Sei que muita gente não gostou ou não vai gostar, mas eu gostei bastante, por isso, recomendo Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros.

Teca Machado

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