Vocês já perceberam que eu sou cheia de histórias, né? E eu adoro contar casos (Daí o nome do blog). Quem me conhece ao vivo sabe que tem algumas coisas que só acontecem comigo. E geralmente são coisas trágicas para mim e engraçadas para os outros. Então, hoje vou contar mais uma história triste da minha vida (e que mais uma vez foi culpa da minha irmã, a maléfica).
Quando eu tinha uns 10, 11 anos, eu, a minha irmã Marina (Nana) e a minha amiga Nath Gripp, que eu conheço desde que me entendo por gente, estávamos brincando. Numa preguiçosa tarde de domingo sem nada para fazer, a Nana teve a “brilhante” ideia de pegar massinha de modelar, colocar no fogo de uma vela para derreter e depois passar na porta do armário porque ficava tipo uma tinta. Sabe-se lá porque nós três estávamos dentro do armário. E olha o perigo de tudo pegar fogo ou a gente morrer com a fumaça que saía da vela no armário fechado (Ok, fui meio exagerada agora com o comentário sobre o dióxido de carbono).
Enfim, eu sempre fui bem medrosa e ficava só de canto olhando as duas se divertindo. Até que estava parecendo TÃO legal, que eu me juntei a elas. Fiz um rolinho de massa de modelar vermelha (Foi tão traumatizante que eu lembro até a cor da porcaria da massinha) e coloquei no fogo. Depois de alguns segundos, eu tirei e trouxe para perto de mim para ver a chama que ficava queimando tipo o pavio de uma vela. E fiquei igual uma idiota hipnotizada pelo fogo. Até que uma dor HORROROSA me acordou para a vida. A massinha derreteu e uma gota pingou na minha perna esquerda. Ela grudou na minha pele, tipo quando plástico derrete. E enquanto grudava eu sentia aquele troço me corroendo por dentro.
Quem diria que essa coisinha linda e singela era perigosa nas mãos de quem não sabe usar?
Gritei, gritei e gritei mais um pouco (Enquanto as duas ficavam rindo, diga-se de passagem). Aí a minha irmã me mandou parar de ser exagerada, chegou perto e puxou com toda a sua força a massinha que estava grudada na pele.
Gente, fez um buraco na minha perna (Não é exagero, juro!), vocês não estão entendendo a tragédia. Demorou meses para cicatrizar. E hoje, mais ou menos 15 anos depois, eu passo a mão na cicatriz e não sinto nada no local atingido. Deve ter sido queimadura tão profunda que estragou meus nervos onde foi atingido. Sorte que é meio pequeno.
Minha mãe diz que se um dia me perder, vai conseguir me achar pela minha marquinha de Angélica, só que ao invés de pinta preta é queimadura branca.
Acho que posso dizer que eu sou a única pessoa do mundo que tem uma cicatriz de queimadura feita por uma massinha de modelar vermelha.
(Sim, eu sei que sou idiota).
Teca Machado
INFÂNCIA
ResponderExcluirEu era feliz e sabia.
( do livro de Georges Najjar Jr )
Isso me ajudou a prestar mais atenção com massinhas de modelar, eu já fiz isso uma vez, nem imaginava que isso ia acontecer
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