Depois de 24 anos de vida, assisti Bonequinha de Luxo. Mais um para riscar da minha lista de filmes que eu preciso ver antes de morrer.
Gostei bastante. De 1961, acho que é o embrião das comédias românticas como conhecemos hoje. É o típico clichê: Assim que o filme começa, você SABE que eles se apaixonarão loucamente, mesmo que as circunstâncias não sejam as mais favoráveis.
Audrey Hepburn, linda, elegante, divertida, com rosto de boneca e excelente atriz, é Holly Golightly. Uma glamourosa moça que vive em Nova York num apartamento bagunçado, quase sem móveis com um gato sem nome. A sinopse do filme afirma que ela é garota de programa, mas não fica explícito durante os 115 minutos de história. Dá a entender, mas não se tem conotação sexual ou se ela é apenas acompanhante de luxo. Eu não teria chegado a essa conclusão se não tivesse lido na capa do DVD. Teria achado que ela é apenas interesseira, já que procura desesperadamente um marido rico. Milionário, melhor dizendo. Mas, ela é tão docemente louca e atrapalhada, que é impossível julgá-la mal e não amá-la.
Imagem clássica de Audrey Hepburn
Holly mora num simpático prédio e conhece o novo vizinho, o escritor charmoso e galanteador Paul Varjak (com lindos olhos cor do céu, estonteante e ótimo ator George Peppard). Apesar de parecerem muito diferentes, ambos são iguais. Perdidos, sem nenhuma noção do que fazer da vida. Além disso, são bancados financeiramente pelos parceiros. Ela pelos homens com quem sai e ele pela amante rica.
O casal se dá bem logo de cara, só que ela faz questão de se referir a ele como amigo o tempo todo. Mas, Paul se apaixona por Holly, enquanto ela finge não estar e se coloca em busca de um marido rico, no caso, o brasileiro José Ferreira da Silva (Olha que roteirista criativo! Pegou o nome mais comum de todo o país). Que, apesar de tratá-la bem, é um lerdo e conservador que tem medo de apresentá-la à família brasileira. É engraçado enquanto ela tenta aprender português com frases totalmente inúteis como “Acho que você gosta do açougueiro” e “O pai é homem, marido da esposa”.
Cantando Moon River na janela
Quando Holly perde toda a fé no mundo e está deprimida, vai até a joalheria Tiffany’s tomar café da manhã logo após amanhecer, antes de o resto do mundo acordar (Daí o nome do filme em inglês Breakfast at Tiffany’s). Segundo ela, num lugar tão mágico, nada de ruim pode lhe acontecer.
Há cenas doces, como quando ela canta Moon River sentada na janela e como quando o casal passa um dia passeando por Nova York fazendo coisas que nunca fizeram antes. Fora que o figurino é esplendido, digno dos glamourosos anos 1960. E Audrey Hepburn está lindíssima.
Gerard Peppard, em cena do filme.
Sendo bem sincera, eu esperava um pouco mais de Bonequinha de Luxo. Todo mundo sempre falou o quão maravilhoso é o filme baseado no romance de Truman Capote e em como eu me apaixonaria loucamente pelo enredo e por Holly. Gostei, mas ele não entrou no meu hall de filmes sensacionais.
Mesmo assim, recomendo.
Teca Machado
Parece que todas as mulheres gostariam de ser Audrey. Ou Holly. Seria tudo muito chato. Eu prefiro as que têm celulite.
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