terça-feira, 31 de julho de 2012

Loucura e mundo real se misturam a grandes atuações


Eu O-D-E-I-O (assim mesmo, com letras maiúsculas e separadas) filme de terror. Se for filme de crianças mortas/espíritos, me apavora tanto que eu passo 3 noites sem dormir e 10 anos com medo (Assisti O Chamado em 2002 e até hoje tenho HORROR àquela menina que saí do poço). Mas, eu amo suspense, principalmente policial. Se forem daqueles que faltam cinco minutos para acabar e você não tem a mínima ideia de como vai ser o desfecho, melhor ainda. Histórias assim desafiam a nossa inteligência. E eu adoro tentar adivinhar o mistério. É por isso que eu gosto tanto da Ilha do Medo, do sempre sensacional diretor Martin Scorsese.


Para começar, é com o Leonardo DiCaprio. Gosto muito dele. Ele é um ator excepcional que se livrou do “karma” que é ser bonito em Hollywood. Certa vez vi uma entrevista com ele afirmando que depois de um tempo de carreira, chegou a um ponto que precisou escolher entre ser o galã bonitão que faz apenas filmes leves, de romance e comédia romântica ou deixar para trás esse lado bonito e ser um ator intenso, profundo e sem vaidade. Ele preferiu ser um ótimo ator. Bom para a gente. Não sei como ele ainda não ganhou um Oscar.

A Ilha do Medo passa no ano de 1954. Dois agentes federais, Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio em uma das suas melhores atuações) e Chuck Aule (o sempre bom Mark Rufallo) são enviados à prisão psiquiátrica Shutter Island Ashecliffe Hospital para investigar o desaparecimento de uma das pacientes/prisioneiras. Trata-se de Rachel Solando, uma mulher perturbada que afogou os três filhos em um lago e que mesmo assim ainda acredita que eles estão vivos. Teddy Daniels conta ao parceiro que quis aceitar o caso porque no local está preso Andrew Laeddis, o homem que matou a sua esposa (Michelle Willians, que precisa de um pouco de tempero) e quer acertar as contas com ele.

Após um tornado assolar a ilha na qual se encontra a prisão/hospital e deixar todos sem comunicação com o mundo exterior, os dois agentes federais ficam isolados no local e começam a achar que tudo está estranho. Tanto pacientes quanto agentes prisionais, médicos e enfermeiras parecem estar escondendo algo o tempo todo e ficam temerosos na presença dos agentes. Os dois também acreditam que procedimentos cirúrgicos ilegais (entre eles a lobotomia) são realizados ali e começam a investigar o caso.

Ator e diretor trabalharam juntos pela quarta vez em Ilha do Medo

O clima de loucura dos pacientes parece contagiar os agentes, principalmente o personagem do Leonardo DiCaprio. Realidade e imaginação se mesclam e o espectador, assim como Teddy Daniels, não sabe no que acreditar até os minutos finais do filme. Os sonhos e alucinações são com cores fortes e o mundo real sombrio, escuro e chuvoso.

É um filme excelente e que te deixa tenso, pois a mente das pessoas é um lugar estranho. Não estamos preparados para a loucura. 

Ótima história, direção impecável, atores excelentes e a fotografia totalmente de acordo com o tom do filme. Martin Scorsese acertou tudo em cheio.

Para mim, o final foi surpreendente. E olha que eu geralmente acerto a solução dos mistérios.

Recomendo.

Teca Machado

segunda-feira, 30 de julho de 2012

A patricinha aqui agradece


Eu queria agradecer MUITO a vocês, meus leitores lindos, que entram aqui todos os dias ou quase isso. Em menos de 2 meses (Nossa, parece que tem muito mais tempo!), o Casos Acasos e Livros já alcançou quase 4 mil visualizações. Ok, comparado a blogs de sucesso ou mais antigos, esse número é praticamente inexpressivo, mas para mim não é. Nunca pensei que conseguiria isso tão rápido ou mesmo que chegaria a tanto algum dia. Fico muito feliz de saber que tem gente interessada no que eu penso, falo e escrevo. Fatos como esse só me dão mais forças para correr atrás do meu verdadeiro sonho: virar escritora.

Isso tem me deixado muito feliz, pois mostra que o que algumas pessoas pensam de mim são apenas críticas infundadas, fruto de sentimentos muito feios, como a inveja. Já escutei algumas vezes que eu sou apenas mediana, que sou incompetente, que não sei fazer nada e que eu sou apenas oca. Até mesmo já ouvi que sou apenas a típica bonitinha burra ou que eu só consigo as coisas porque os meus pais mexem os pauzinhos para mim.

Minha capacidade intelectual nunca chegou perto da do Sheldon, do The Big Bang Theory, mas, sinceramente, estou longe de ser burra. Bonitinha posso até ser, haha. Meus pais não são pessoas influentes, do tipo que falam com alguém e o que eu quero se materializa na minha frente. Além disso, nunca pedi para eles me arrumarem empregos ou vagas em cursos. Todos os trabalhos que tive até hoje, eu que corri atrás e consegui.

Não chego nem perto dele, mas bem que queria! 

Claro que conhecer gente ajuda, e muito. Afinal, o que seria do mundo empresarial sem o famoso QI (Quem Indica), certo? Mas, vamos pensar racionalmente, se eu conheço alguém bom, ideal para algum trabalho, por que iria preferir contratar um desconhecido sem referências? Posso até ser a primeira opção para um emprego porque conheço alguém, mas, se eu me mantenho lá durante muito tempo, é porque alguma coisa eu estou fazendo de maneira satisfatória.

Felizmente, acho que quem pensa isso é minoria. Posso ser várias coisas: vaidosa, um tanto patricinha, meio filhinha de mamãe e papai, gosto de ter coisas boas e viajar. Deus me abençoou muito e eu nunca tive realmente dificuldades na vida. Mas, isso não significa que tudo me cai do céu de mão beijada. Gosto de trabalhar, de ter o meu dinheiro, de ter a minha profissão e de tentar fazer alguma diferença no mundo. Nunca sentaria num sofá e esperaria a vida passar. Gosto de fazer a minha vida e moldá-la da maneira que eu quiser.

Quando comecei a escrever esse post, não era bem isso o que eu queria falar. Mas foi o que saiu e é o que meu coração deseja falar para vocês hoje (Profundo, né?). Acho que é porque começo num novo emprego daqui a pouquinho! Ansiosa e feliz!

Obrigada mais uma vez pelas visitas e voltem sempre!

Beijos com sabor de livro novo,

Teca Machado

sábado, 28 de julho de 2012

Logomarcas Incompletas


Eu sou viciada no iPhone e nos seus aplicativos (Steve Jobs, te gusto, muchacho!) Entre os meus preferidos, estão os clássicos jogos: Andry Birds, Fruit Ninja (ai, como amo!), Cut the Rope, Draw Something, Song Pop (que depois que eu descobri que um monte de gente rouba, perdeu a graça para mim), Temple Run, Where’s my Water e outros que alegram as minhas horas de espera em consultórios, salas comerciais e outros momentos chatos.

Mas, vim falar de um que é um ótimo passatempo e faz com que reviremos o fundo do nosso cérebro em busca das respostas: Logos Quiz.

Página inicial do aplicativo

A premissa do jogo é simples. A logomarca de uma empresa aparece incompleta e você precisa adivinhar de qual marca se trata. 

Logo pela metade que eu ainda não adivinhei (se alguém souber a resposta, pode deixar nos comentários)

A "mais" difícil de acertar!

Na medida em que você vai acertando, recebe direito a “hints”, dicas, para usar quando não consegue adivinhar de jeito nenhum. E, se mesmo com as dicas não lembrar a marca, a gente sempre tem direito ao nosso querido e amado Google, né? Na internet tem um monte de sites com as respostas de todos os níveis (mas aí fica muito sem graça).

As dicas no quadrado superior

Quando mais rápido e sem errar você acertar, mais pontos ganha. Se errar, aparece um X vermelho. Se chegar perto da resposta, um símbolo amarelo aparece.

Há nove níveis de dificuldade. No primeiro, você pensa “Nossa, que fácil! Claro que eu sei o símbolo do Facebook, da Coca-Cola e do Mc Donald’s”. Aí você pensa que está arrasando. Mas, vai passando de fase e vai vendo que não é tão simples e passa a se sentir meio burro.

Eu, por exemplo, vejo várias e sei que já vi em algum lugar, mas não lembro onde. Com isso, passei a reparar nas logomarcas muito mais. Ando na rua olhando todas as placas. Mas, não sou tão boa assim. Fechei o nível 1, fiz mais da metade do nível 2 e empaquei no 3.

O jogo é gratuito e é compatível com iPhone, iPod, iPad e Android.

As logomarcas que aparecem são do mundo todo. Até onde eu sei a única brasileira que aparece é a do Banco do Brasil. Então, para ir bem, é preciso de uma certa cultura mundial do assunto.

Meu nível 1 completo.

Meu nível 3 pela metade.

É bem legal. Recomendo.

Teca Machado

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Serial Writer


Com mais de 230 milhões (Sim, esse número está certo) de livros vendidos em mais de 100 países e com 82 obras escritas, James Patterson é conhecido como o Autor Serial. Escrevendo desde a década de 1970 livros de suspense policial, é um dos escritores mais conhecidos atualmente mundo afora. No Brasil ele chegou há pouco tempo. Em 2011 os livros começaram a ser traduzidos para o português. Ainda só temos seis lançados na nossa língua.

James Patterson tem histórias avulsas e também séries. Eu já li três da saga Mulheres Contra o Crime, que tem como protagonista a tenente Lindsay Boxer e suas amigas: 3º Grau, 4 de Julho e 6º Alvo (que eu terminei de ler ontem). Outra série é a do detetive e psicólogo Alex Cross, a mais famosa do autor. Até o momento são 18 livros. Em português há apenas o primeiro, chamado Eu, Alex Cross.




Em uma entrevista, James Patterson contou que para lançar tantos livros por ano (três, quatro, às vezes cinco), ele tem uma equipe de co-autoria. O autor dá a ideia geral do enredo e os seus assistentes escrevem. Assim fica fácil, né? Depois de pronto, ele é quem dá o ok final. Às vezes, só faz uma revisão superficial e não muda nada, em outras deleta tudo e refaz o livro.

Segundo James Patterson, o segredo de ter tantos livros vendidos é que ele escreve pensando somente nos leitores. Descobre o que eles querem e dá o que foi pedido. “É ótimo quando a crítica profissional está ao meu lado, mas prefiro quando o público fica feliz, pois são eles quem compram e são os fãs devotados”, afirmou em uma entrevista.


Esse aí é o James Patterson, o serial writer

James Patterson sempre escreveu suspense policial pensando em adultos, mas, há algum tempo entrou no mundo da ficção científica para atrair mais os jovens. Essa franquia, chamada Maximum Ride (sem tradução ainda), já conta com sete livros.

As suas histórias são contadas com uma linguagem simples em capítulos pequenos, de forma ágil, rápida e interessante. Ele dá sempre um jeito de deixar o leitor curioso, doido para virar a página. Quando eu começo um, não consigo para de ler até terminar (Mas isso não é novidade).

Seus livros são muito bons. Não são os melhores que eu já li. Nesse gênero, gosto muito mais do Harlan Coben, do Dan Brown e do Sidney Sheldon. Mas, vale a pena sentar no sofá num dia frio e ler a obra toda numa tarde só (Isso é possível, já que não são longas. Tem em média 200 páginas ou um pouco mais).

Recomendo.

Teca Machado

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Qual menina não quis namorar Robert Pattison?


Eu tenho um sério problema. Eu me apaixono por personagens de livros. A ponto de sonhar com eles. Preciso dizer que na época em que li a Saga Crepúsculo fiquei amando louca e perdidamente Edward Cullen? Pois é, e aposto que eu não fui a única (Conheço um monte!). A comoção em torno da série de Sthefenie Meyer foi tão grande que dificilmente alguma menina que leu os livros também não se imaginou nos braços dele. Enfim, esse foi também o caso de Eduarda Maria Carraro, a Duda, do livro Como (Quase) Namorei Robert Pattison.


Sim, eu leio livros desse tipo e com títulos adolescentes que uma jornalista séria (aham...) de 24 anos não deveria ler. Mas por que não? Porque eu tenho que ler livros mais sérios, clássicos e só jornais? Balela, eu tenho o lema de vida de que qualquer leitura é válida e acrescenta cultura.

Voltando ao livro da brasileira Carol Sabar, Duda é uma futura jornalista carioca de 19 anos apaixonada pela saga Crepúsculo. Ela prefere ficar em casa lendo Lua Nova pela décima vez do que sair pela noite do Rio de Janeiro com a irmã Susana, a prima Lisa e a amiga CDF Margô. Ela é tão louca por tudo relacionado aos livros e a Robert Pattison que tem uma conta fake no Orkut e no Twitter com o nome de Crepuscólica.

As quatro garotas trancam a faculdade na PUC e vão passar uma temporada de seis meses em Nova York para estudar inglês. 

Chegando lá, Duda, sem querer, tranca os seus quatro livros da saga Crepúsculo, preciosidades cheias de anotações e marcações feiras por ela, em um cofre digital em seu quarto novo. Quando vai até a casa do vizinho, dono do apartamento que elas alugam, para saber a senha do cofre, dá de cara com Miguel Defilippo, coincidentemente o sósia da sua paixão platônica, Robert Pattison. Além de lindo, louro, forte, alto, de olhos verdes, ótimo cozinheiro, amante da banda Lifehouse, dono de um Volvo prata (como Edward Cullen), rico e fã de Friends, ele é o cara mais gentil, doce e prestativo que poderia passar pelo caminho de Duda (ou mesmo pela face da Terra). A noite de ano novo que eles passam juntos é a coisa mais linda do mundo! E é CLARO que eu fiquei apaixonada pelo Miguel Defilippo. A autora construiu muito bem os personagens.

Oi, Rob! Você vem sempre aqui?

O problema de Miguel Defilippo é que ele é muito misterioso e parece esconder alguns fatos de Duda. Mas, por mais que tente negar, a garota fica louca e completamente apaixonada por ele. E Miguel, ao mesmo tempo em que demonstra sentir o mesmo, some durante longos períodos de tempo. Não posso falar mais nada porque posso acabar contando o final!

Como (Quase) Namorei Robert Pattison é engraçado e muito espirituoso. Apesar de ter quase 500 páginas, eu li em menos de 48 horas. Fiquei vidrada e lia até quase 4h da manhã! Eu dava risada da madrugada, sozinha, feito louca.

Carol Sabar coloca muitas referências a programas, atores e locais brasileiros. A obra é uma leitura despretensiosa, rápida e que relaxa. É o tipo de livro que eu quero escrever. É o tipo de linguagem que eu quero usar. E eu fiquei tão inspirada depois que terminei que voltei ao meu projeto de vida e continuei a escrever um livro que eu comecei há alguns meses. Now I’m on fire, baby!

Recomendo E MUITO!

Teca Machado

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Parabéns aos donos das letras!


Hoje, 25 de julho, é o Dia do Escritor.

Como futura autora de bestsellers (se Deus quiser!) e amante das páginas escritas, eu tenho que parabenizar esses profissionais criativos que fazem a minha felicidade todos os dias desde que eu aprendi a ler. Aliás, bem antes disso, afinal meu pai sempre me contou histórias, desde que eu era bebê.

Obrigada, escritores, por me transportarem para outros mundos, me apresentarem a novos amigos e inimigos e por ajudarem a minha fértil imaginação a desconhecer limites.




Teca Machado

Resumido, conciso e interessante – Uma Breve História do Mundo


A idade do nosso planeta é algo que ninguém sabe. Há estudiosos que dizem que são milhões de anos, outros que são apenas alguns milhares. Independente de quantos milênios ou séculos se passaram desde que isso aconteceu, a humanidade surgiu nesse meio tempo, descobriu muitas coisas e realizou muitos feitos. Apesar de serem muitos acontecimentos, no livro Uma Breve História do Mundo eles são resumidos em deliciosas 342 páginas.




Obra do historiador e professor da Universidade de Harvard e Melborne Geoffrey Blainey, o título do livro já é bem autoexplicativo. Conta a história do mundo. E de uma forma clara, objetiva e sem usar termos técnicos ou difíceis. É basicamente como ler um jornal.

Uma Breve História do Mundo é quase um livro de narrativa de literatura. De forma cronológica, o autor conta desde como o homem surgiu na África até as inúmeras inovações do século XX e suas guerras devastadoras. Passa pelas cavernas e pelo surgimento da fala e da escrita, pela descoberta da agricultura, pelo nascimento e pela influência de Jesus Cristo, pela Idade Média e seus conflitos religiosos e por muitos outros pontos importantes da história da humanidade.

Lembram-se de quando a gente ainda estava na escola e na aula de história o professor desenhava no quadro aquela linha que parecia uma régua e saia marcando datas e eventos importantes que dividiam eras? Por exemplo, surgimento da escrita: fim da pré-histórica, queda de Constantinopla em 1453 (sim, eu olhei a data no Google!): fim (ou seria início?) da Idade Média. Então, enquanto lia Uma Breve História do Mundo, sentia que como se estivesse com uma régua dessa e ia avançando até chegar o momento em que vivemos hoje.

Esse velhinho com cara simpática é o Geoffrey Blainey

Eu sou meio suspeita para falar porque sempre gostei muito de história, mas é uma leitura rápida, interessante e que acrescenta muito ao seu conhecimento. Claro que não é nada aprofundado, é só uma passada superficial sobre o que aconteceu. Afinal, o título é Uma BREVE História do Mundo. Se fosse contar tudo detalhadamente, ia ter milhares de páginas.

O interessante é que Geoffrey Blainey é totalmente imparcial, por mais que isso seja difícil. Ele não opina. Por exemplo, quando fala sobre Jesus, não se declara cristão ou não. Quando escreve sobre Hitler, Mussolini e Stálin, não os condena, apenas conta o que aconteceu. 

Depois de Uma Breve História do Mundo, o autor já lançou Uma Breve História do Século XX e Uma Breve História do Cristianismo. Todos nos mesmos moldes e bestsellers.

Recomendo para aqueles que gostam de história, para aqueles que querem aumentar sua cultura, para aqueles que gostam de um bom livro de não ficção e para aqueles que são curiosos.

Teca Machado

terça-feira, 24 de julho de 2012

O famigerado vídeo da índia e do poste


Lembram do post de uns dias atrás que eu contei que a minha irmã me amarrava no poste? Pois é, foi o texto mais acessado do blog até hoje! Nossa, como estou “surpresa”! Nem ia imaginar que as pessoas iam adorar saber que eu era burra o suficiente para que ela fizesse isso e outras coisas comigo.

Enfim, depois de muitos me pedirem (implorarem) e de o meu pai revirar as nossas fitas antigas, para a alegria geral (e meu total constrangimento) encontramos o vídeo de eu vestida de índio sendo amarrada no poste pela minha irmã xerife! 

Esse vídeo, na verdade, não é o “real”. Esse eu não encontrei. O que eu estou postando aqui é a reencenação, porque o meu pai queria ver a “brincadeira” desde o início. E eu muito prontamente (e tontamente) aceitei.

Olhem isso:




Não sei se vocês reparam, mas eu estava sendo amarrada e ainda dando dica para a minha irmã: “Nana, amarra o pé também!”. Eu sou uma ótima prisioneira, né?

Detalhe para o meu lindo sorriso faltando dentes e cara de pastel no final do vídeo.

Espero que vocês se divirtam com a minha infelicidade! Hahaha!

Teca Machado

segunda-feira, 23 de julho de 2012

O que era aquele cabelo? - Valente


Quem me conhece, sabe que eu tenho síndrome de princesa Disney. Fazer o que se eu fui criada acreditando em contos de fadas, príncipe encantado e todas essas coisas frufrus de menininha? Enfim, já que eu me acho a última princesa da realeza, nada mais natural do que adorar filmes do gênero. E é por isso que eu já assisti a todos criados pela humanidade, até mesmo Valente, da Disney e da Pixar, que estreou nos cinemas no último dia 20.




Valente, ao contrário da maioria dos contos de fadas transformada em filmes, não é baseado em alguma lenda ou em contos dos irmãos Grimm. Ele foi criado pelos estúdios e demorou seis anos para ficar pronto.

Na maioria das histórias de princesas, elas são lindas, meigas, dóceis, falam cantando, os animais as rodeiam, o príncipe se apaixona à primeira vista e tem a bruxa má. Isso acontece porque foram todos feitos em uma época que a mulher tinha que ser impecável e submissa, o que não acontece mais, nem com as princesas. E os filmes seguem essa tendência moderna. 

Merida, a protagonista de Valente (assim como a Rapunzel, de Enrolados) não segue bem essa linha antiga. Para começar, ela não é toda perfeitinha, arrumada e com os penteados impecáveis. O seu volumoso cabelo ruivo tem a mesma personalidade da sua dona, um espírito livre que não gosta de ser contido. E, fora isso, é um conto de fadas que não tem príncipe. Aparecem três pretendentes para casar com Merida, mas, não sei qual deles é o pior.

A princesa de Danbrock (o que, pelas paisagens e figurino, acredito ser na Escócia) é um tanto selvagem, foge das regras da realeza, tem opinião forte e enfrenta homens. Mas, é forçada pela mãe, a rainha Elinor, a ser a princesa ideal. É obrigada a ter etiqueta, estudar, aprender a tocar instrumentos e cantar, sentar da maneira correta e todas essas coisas chatas. Até que a rainha resolve realizar um torneio para dar a mão da princesa em casamento, o que a deixa furiosa. Enquanto foge do castelo para espairecer, ela encontra uma bruxa (que não é má, é engraçada) que a dá uma poção para “mudar o seu destino”. Sem pensar nas consequências, Merida a entrega para a mãe e tudo muda a vida das duas, principalmente a relação que tem uma com a outra.

Eu gostei bastante do filme. É engraçado, principalmente quando aparece o Rei Fergus, os trigêmeos irmãos de Merida e os lordes dos outros condados. Os três menininhos são os maiores furacões que eu já vi. Fazem meu primo, que era o terror das festinhas, parecer um anjo. E o rei é todo grandão, engraçado, carinhoso e meio tarado (Gente, ele dá um tapa no traseiro da rainha! Isso porque o filme é para criança).

Valente é tudo o que pode se esperar de um filme Pixar e Disney. Efeitos especiais como nunca vistos, uma história gracinha com toques de humor e que de vez em quando faz querer chorar. As paisagens do filme são tão lindas que até emocionam. As florestas, principalmente, são coisa de outro mundo. E o 3D não é do tipo que joga objetos e personagens na cara do espectador, e sim de profundidade. Mas o cabelo de Merida deve ter dado um trabalho absurdo para os animadores. Quem vir o filme vai entender o motivo.

Enfim, é um ótimo desenho e é para todas as idades, não só para crianças. Não há como ser ruim quando o assunto é Pixar (A Disney já não tanto...)

Recomendo.

Teca Machado

sábado, 21 de julho de 2012

Homem-Aranha nada bobão


Eu adoro filme de menino (tradução: de ação e de super-heróis). Apesar de também adorar filme mulherzinha, do melhor estilo comédia romântica água com açúcar, filmes como X-Men, Os Vingadores, O Homem de Ferro, Thor e outros me atraem. Mas, o Homem-Aranha nunca chamou muito a minha atenção. Assisti a todos os filmes da série com o Tobey Maguire, só que não gostei muito deles. Acho o Tobey Maguire meio “passado”, meio bobão. E nos filmes, o Peter Parker, alter ego do Homem-Aranha, sempre foi mostrado como um completo e total loser. Ou seja, extremamente sem graça. 

Mas, ainda bem que chega Andrew Garfield (o ótimo Eduardo Saverin de A Rede Social) para salvar a franquia com a nova série de O Espetacular Homem-Aranha.


O Espetacular Homem-Aranha retoma o início da história do herói, mas é um tanto diferente do que foi contado pelos outros filmes do Tobey Maguire. A começar que ele não é um perdedor, pobretão, desprezado por todo mundo. É verdade que ele não é o garoto mais popular da escola, mas não é também um pária social.

Dessa vez, a história de Peter Parker começa com ele criança. O pai, um cientista, acredita que corre perigo por causa das suas pesquisas e foge juntamente com a esposa, deixando o filho aos cuidados do tio Bem e da tia May (os veteranos Martin Sheen e Sally Field). Os pais desaparecem misteriosamente e Peter Parker cresce. É um adolescente comum que vai para a escola e é apaixonado por Gwen Stacy (Emma Stone, sempre engraçada e a nova queridinha de Hollywood). Não entendi porque nessa versão não é a Mary Jane (não que eu tenha achado ruim. Acho a personagem um tanto pastel e a Kristen Dunst muito sem sal).

Peter Parker e Gwen Stacy

A ação começa quando o rapaz encontra uma pasta com arquivos das descobertas do pai e vai atrás do seu antigo sócio, o Dr. Curt Connors (Rhys Ifans) no laboratório Oscorp. A partir daí, Peter Parker é mordido pela aranha, seu corpo muda e, por consequências do destino, se torna o Homem-Aranha. O vilão desse filme é o louco Lagarto. A partir da criação dessa nova identidade, Peter Parker tem que tomar decisões difíceis, como salvar muitas pessoas ou salvar aqueles a quem ele ama.

O que eu achei legal é que o longa é um tanto realista (Bom, o tanto realista possível em filmes assim). Peter Parker tem os sentidos de aranha e seus movimentos, mas não lança teia, por exemplo. Ele, que é extremamente inteligente, constrói um dispositivo mecânico que faz isso.

Muito bem feito e bem produzido, o filme tem efeitos especiais excelentes, sem ser exagerados. Eu assisti em 3D e achei bem sutil. Não é daquele tipo que deixa a gente tonta, mas que dá a sensação de profundidade.

O Espetacular Homem-Aranha é também engraçado. Andrew Garfield e Emma Stone estão ótimos nos papeis dos protagonistas. Eles têm bom timing para comédia sem tirar a seriedade do filme. Andrew Garfield reinventou Peter Parker e o deixou muito melhor.

Claro que quem gosta de filmes cult não vai gostar. É o típico blockbuster. Mas isso não o torna melhor ou pior. É apenas uma modalidade de filme e que vai agradar a quem gosta desse tipo, assim como eu gostei bastante.

Li na internet que Andrew Garfield assinou contrato para 3 filmes da franqua. OBA!

Recomendo.

Teca Machado

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O dia que eu beijei um leão


Como eu disse no post de ontem sobre Buenos Aires, na viagem eu visitei o Zoológico de Lujan e ele era tão legal que merecia um post só para ele.


Para começar, eu adoro animais! Tenho um fascínio especial por elefantes, girafas, peixes-boi, leões (culpa do O Rei Leão!), pinguim e outros. Mesmo tendo 24 anos, eu sou que nem criança e amo zoológicos, então, vocês podem imaginar a minha felicidade de ir nesse, né?

O zoológico de Lujan fica a mais ou menos 1 hora de Buenos Aires, na cidade de Lujan, e o ingresso custa 130 pesos (cerca de 60 reais). Ele parece uma fazenda antiga. Os animais ficam em jaulas e gaiolas, menos os patos e gansos que são centenas e ficam soltos atrás das pessoas pedindo comida. Eu parecia a Mamãe Pata com todos eles correndo atrás de mim, já que eu comprei por 10 pesos um pacotinho de ração para dar para eles. Um deles até me bicou.

Eu e a Mari de Mamães Patas com seus patinhos desesperados por comida

QUASE MORRI DE AMOR com o elefante e com os filhotes de leão e tigre. Existe coisa mais linda no mundo?

 Esse aí eu queria roubar, enfiar dentro da minha bolsa e trazer para casa!

Carinho enquanto o filhote de tigre dorme

O mais interessante do zoo de Lujan é que você pode entrar na maioria das gaiolas. Sim, você pode entrar e fazer carinho em leões e tigres, pegar coelhos e patinhos no colo, dar comida para elefantes, dar cubos de açúcar para um urso, peixes para leões marinhos, ração para cavalos, porcos e cabritinhos, andar de dromedário e muito mais. Tem muitos leões, tigres e pumas, mas não é na jaula de todos que a gente pode entrar, só na dos adestrados e calmos.

 Olha o tamanho desse bicho, gente!

A elefanta roubando a banana da minha mão 

Andando de dromedário (o que é um pouco sem graça) 

Ração para o cavalo

Eu até dei um beijo no leãozão estilo Mufasa enquanto ele dormia (Eu só fiquei com dó porque dopam o bichinho). Gente, eu BEIJEI um leão! Até agora eu não estou acreditando nisso!

A prova do beijo no leão!

Eu reparei que dentro de todas as jaulas de animais mais selvagens, como leões e tigres, tinha cachorros junto. Eles deitavam, rolavam e brincavam com os bichos e ainda dormiam agarradinhos. Quando perguntei para o tratador o porquê daquilo, ele me disse que era para “ajudar a formar o caráter do leão”. Os cães, com o seu comportamento “human friendly” ensinam os bravos a serem assim também e aceitam e gostam da presença de pessoas. Eles praticamente viram cachorros quando criados assim desde o nascimento.

Você pode ir para o zoológico de carro, de van, de táxi ou de ônibus. Van e táxi você pode combinar com uma agência ou com um motorista e ele leva e busca por uma média de 40 pesos por pessoa (o que dá uns 20 reais, mais ou menos). O ônibus sai da Plaza Itália, na região de Palermo, e custa 20 pesos ida e volta (uns 10 reais). A gente foi de ônibus porque era mais barato e vimos em blogs que compensava. O que era uma grande bobagem. A viagem é muito mais longa, o ônibus é daqueles de cidade mesmo, desconfortável e lotado. Na ida até que tudo bem, mas, na volta, ele demora a passar no ponto e está SEMPRE cheio, o que faz você ter que esperar o próximo e assim por diante. Não compensa uma economia tão pouca.

Em Buenos Aires tem mais dois zoológicos, mas eu só tive tempo de ir ao de Lujan. Há também o Temaiken, que dizem ser o mais bonito, e o da cidade de Buenos Aires, que tem, entre outros animais, girafa e urso polar.

Se você for a Buenos Aires, não deixe de ir ao zoológico de Lujan e nos outros.

Recomendo.

Teca Machado

quinta-feira, 19 de julho de 2012

"Mi Buenos Aires Querida"


Oi, gente linda! A vida real chama de volta, aliás, grita, e eu precisava voltar para a minha querida e quente cidade. É bom viajar, passear e conhecer outros lugares e culturas, mas não há nada no mundo como voltar para casa, para a sua própria cama e, também, para o seu guarda-roupa, haha. Dorothy, de O Mágico de Oz, já dizia “Não há lugar como nosso lugar”.

Em Buenos Aires estava tudo muito lindo, tudo muito agradável e tudo muito frio. Quase congelei. Pensei que ia perder meus dedos. Acho que eu nunca senti tanto frio na vida. Eu, como moradora de Cuiabá e friorenta convicta, sou fã de calor e percebi que eu NÃO estou preparada para neve. Se eu morasse numa cidade fria, ia ser a pessoa mais infeliz do mundo.


Mas, enfim, as minhas impressões de Buenos Aires são muito boas. A cidade é muito bonita. A arquitetura é muito diversificada. É o novo com o velho em todos os lugares. Em frente ao meu hotel (chamava Uno Suítes, muito bom, por sinal. Recomendo) tinha um prédio todo estilo rococó antigo, com cara de ter uns 200 anos, e, ao seu lado, tinha outro super moderno, envidraçado e espelhado. Tem como não amar um lugar como esse?

Congresso (que fica praticamente desabitado, assim como no Brasil)

 As construções oficiais, como o Congresso, a Casa Rosada, os tribunais e as universidades são super antigos. Tem um ar todo elegante europeu. Bem que me diziam que eu me sentiria quase na Europa (não foi para tanto, mas tudo bem).

Uma das coisas que eu mais gostei foram as praças, os jardins e as avenidas largas e arborizadas. Eu gosto muito de planta e achei tudo muito bem cuidado. Na Recoleta, que é uma área mais nobre, tem uns jardins incríveis com pista de caminhada e de bicicleta. Eu pensei em como deve ser gostoso morar ali e chegar em casa depois de um dia estressante de trabalho, pegar o seu cachorro e andar até esquecer todos os problemas do mundo. 

O Jardim Japonês, na região de Palermo, é muito lindo. Fiquei impressionada. Achei engraçado que lá, numa região argentina com nome italiano, num jardim asiático, tinha uma japonesa, que falava português perfeitamente. Isso é o que eu chamo de globalização.

Eu e o Caio no Jardim Japonês

A Calle Florida, pólo de compras, é muito legal. Lá é onde fica a famosa Galeria Pacífico. Me disseram que os preços na Argentina eram muito bons, mas eu não achei grandes coisas. Tudo meio igual ao Brasil, ou seja, caro. Nesse ponto fiquei decepcionada. Até o couro estava com preço meio salgado.

Vista interna da Galeria Pacífico

A Avenida 9 de Julho me remeteu a Nova York. Ela lembra um pouco a Times Square e a Broadway, claro que tirando as devidas proporções. Muita luz, muitos painéis, muita gente, muitos shows e muitos teatros. Assisti ao show do Tango Porteño e achei sensacional. Dança, música e super produção.

Teatro Colon na Av. 9 de Julho

Puerto Madero é lindo também. Na beira do Rio de La Plata, há prédios mais modernos e muitos restaurantes tradicionais, chiques e, digamos, caros.

Vista em Puerto Madero

O Caminito (aquele lugar todo colorido com um monte de casinhas amarelas, vermelhas, verdes, azuis e outras) é bem tradicional e vale uma visita. É uma gracinha por lá, apesar de ser numa região bem pobre. Perto dele, tem a Bombonera, o estádio do time Boca Juniors, que é muito divertida. Estava cheio de brasileiros e corinthianos rindo e esfregando na cara dos argentinos que o Romarinho fez gol ali. Também fui ao Monumental Nuñez, que é o estádio do time River Plates. Muito grande e bonito, um estádio muito bem organizado.

La Bombonera atrás do gol onde o Romarinho fez gol

Caminito

O lado ruim de Buenos Aires foi que eu achei que a pobreza está à espreita em toda esquina. A economia lá está em ruínas. Vi muitos mendigos, pedintes e gente dormindo na rua. Me partia o coração ver mães com crianças deitadas na calçada em noites tão frias. Fora que a cidade também estava muito suja, o que eu descobri ser porque os garis estavam em greve.

Faltou falar muita coisa sobre Buenos Aires, principalmente sobre o zoológico de Lujan, mas, ele é tão legal que merece um post exclusivo amanhã.

Buenos Aires é muito bonita, divertida, viva e caótica. Merece uma visita. Recomendo.

Teca Machado

terça-feira, 17 de julho de 2012

Minha irmã me amarrava no poste


Tenho uma história muito triste (para mim, mas, para vocês, provavelmente vai ser muito engraçada) para contar: O dia em que a minha irmã me amarrou no poste e me deixou lá por várias horas.

Eu tenho uma irmã 3 anos mais velha chamada Marina, mas eu só chamo ela de Nana. Eu sempre confiei muito nas pessoas, fui (e ainda sou, confesso, mas, por favor, não use isso contra mim) do tipo que acredita em ABSOLUTAMENTE tudo o que me contam, mesmo quando são coisas do tipo "vi uma mão verde no meio do capim e ela agarrou o meu pé" (Juro que uma vez, quando eu tinha uns 10 anos, achei que isso fosse verdade).

A minha irmã, sempre muito implicante, arrumava jeitos de aprontar comigo, sempre respaldada pelo meu querido pai que contou para ela várias maneiras que ele implicava com os meus tios. Então, ela me chamava para brincar de escola: ela era a professora e eu a aluna burra que fazia tarefa de verdade. Brincar de escritório: ela era a chefe e eu a secretária que fazia tudo, inclusive ir pegar água para ela. Brincar de maquiadora: ela me transformava numa drag queen e quando era a minha vez de maquiar, ela dizia "cansei de brincar" e eu ficava com cara de tacho.

Uma vez ela me amarrou num edredon bem fofinho, como uma múmia, e me empurrou escada abaixo para ver se amortecia a queda. Fora a vez que ela trancou a mim e uma amiga na sacada da minha casa de noite, apagou todas as luzes e depois apareceu no vidro fantasiada de monstro. Aquela noite eu quase não dormi.

Então, voltando à história principal. Eu tinha uns seis anos e meus pais saíram de casa. Era de tarde e ficamos só as duas. De repente minha irmã vira para mim e pergunta:

- Teca, quer brincar de índio?

- Eu quero, mas só se eu for a xerife!

- Negativo. Eu sou a mais velha, eu que mando, e você é a índia.

- Está bem, mas só se você prometer não me amarrar.

- Aham... Prometo...

Como sempre fui boazinha (tradução: boba), aceitei. Ela pintou meu rosto e colocou em mim cocares e colares que meus pais uma vez trouxeram de uma viagem de Manaus. Começamos a brincar no campinho e no jardim da minha casa, que é bem grande. Ela, como xerife, me pegou e amarrou no poste bem apertado com uma corda para eu não fugir. Trabalho feito, ela vira para mim e fala:

- Cansei de brincar. Fica aí um pouquinho.

Fica aí? COMO ASSIM? Mas, como não tinha escapatória, fiquei lá um tempão. Até que meus pais chegaram. Pensei: "Oba! É hoje que a Nana apanha e leva bronca". Mas meu pai achou aquilo tão engraçado que o que ele fez? Pegou a filmadora e me filmou lá amarrada chorando e gritando.

- Me solta! Eu sou do bem. Eu era índia só de brincadeirinhaaaaaaaaaaaa...

Enfim, essa é a história triste da minha vida. Falando assim, a minha irmã parece super malvada. Mas ela é um doce, MUITO legal e nos damos muito bem, por mais incrível que pareça.

Nana, eu te amo, sua chata!


Quem vê essa loira com cara de santa nem imagina que ela me amarrava no poste...


Teca Machado

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Mitologia Grega, Ação e Adolescência


Hoje o meu lado adolescente vai prevalecer. Podem rir de mim à vontade que eu não tenho vergonha de assumir os meus gostos um tanto duvidosos.

Então, eu amo a série de livros do Percy Jackson e os Olimpianos, do autor Rick Riordan. Ele é aquele do filme Percy Jackson e O Ladrão de Raios, de 2010. (Por falar nisso, início de 2013 sai o filme do segundo livro, YES!)




A história da série gira em torno de Percy Jackson, um garoto de Nova York que sempre teve problemas para se ajustar na sociedade. Taxado como hiperativo, disléxico e com déficit de atenção, é o típico menino problema. Até que, inesperadamente, descobre que os deuses gregos do Olimpo são reais, estão vivos e vivem em Manhattan. Mais do que isso, fica sabendo que é filho de um deles, de Poseidon. Ou seja, é um semideus. Em consequência disso, vai para o Acampamento Meio Sangue, para onde vão todos os semideuses. Lá descobre que seu melhor amigo Grover é um sátiro e conhece Annabeth, filha de Atenas, com quem tem uma relação de amizade/amor/ódio. Com o passar dos livros eles têm contato com todas as figuras mitológicas da história da Grécia.

É aquela velha história do bem contra o mal, dos mocinhos enfrentando os monstros, Olimpo versus Titãs. É um tanto previsível, como toda história adolescente, mas é muito bom. Cheio de aventura e cenas de luta bem detalhadas, a narrativa é boa e envolvente, os personagens são bem construídos e é o tipo de livro que você lê para desanuviar a mente e relaxar depois de um dia cheio.

São cinco livros da série:

1-      O Ladrão de Raios
2-      O Mar de Monstros
3-      A Maldição do Titã
4-      A Batalha do Labirinto
5-      O Último Olimpiano

O quinto livro fecha a história de Percy Jackson, mas, logo depois, Rick Riordan lançou outra série chamada Os Heróis do Olimpo. O cenário é o mesmo, o Acampamento Meio Sangue, e os personagens também, mas os protagonistas são outros. Ao invés da mitologia grega, essa nova série é voltada para a mitologia romana. Por enquanto, são eles:

1-      O Herói Perdido
2-      O Filho de Netuno (lançado mês passado)
3-      A Marca de Atena (que vai ser lançado nos EUA em outubro desse ano)

Eu gosto MUITO dos livros do Rick Riordan, principalmente pelo fato que eu adoro cultura e mitologia grega.

Como sempre, recomendo.

Teca Machado 

domingo, 15 de julho de 2012

Namore uma garota que lê. Nós somos legais, juro.


Há um tempo vi esse texto e me apaixonei por ele. É meio grande, mas prometo que vale a pena ler até o final.

Namore uma garota que lê - Rosemary Urquico

"Namore uma garota que gasta seu dinheiro em livros, em vez de roupas. Ela também tem problemas com o espaço do armário, mas é só porque tem livros demais. Namore uma garota que tem uma lista de livros que quer ler e que possui seu cartão de biblioteca desde os doze anos.

Encontre uma garota que lê. Você sabe que ela lê porque ela sempre vai ter um livro não lido na bolsa. Ela é aquela que olha amorosamente para as prateleiras da livraria, a única que surta (ainda que em silêncio) quando encontra o livro que quer. Você está vendo uma garota estranha cheirar as páginas de um livro antigo em um sebo? Essa é a leitora. Nunca resiste a cheirar as páginas, especialmente quando ficaram amarelas.

Ela é a garota que lê enquanto espera em um Café na rua. Se você espiar sua xícara, verá que a espuma do leite ainda flutua por sobre a bebida, porque ela está absorta. Perdida em um mundo criado pelo autor. Sente-se. Se quiser ela pode vê-lo de relance, porque a maior parte das garotas que leem não gostam de ser interrompidas. Pergunte se ela está gostando do livro. Compre para ela outra xícara de café.

Diga o que realmente pensa sobre o Murakami. Descubra se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entenda que, se ela diz que compreendeu o Ulisses de James Joyce, é só para parecer inteligente. Pergunte se ela gostaria de ser a Alice.

É fácil namorar uma garota que lê. Ofereça livros no aniversário dela, no Natal e em comemorações de namoro. Ofereça o dom das palavras na poesia, na música. Ofereça Neruda, Sexton Pound, Cummings. Deixe que ela saiba que você entende que as palavras são amor. Entenda que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade mas, juro por Deus, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco como seu livro favorito. E se ela conseguir não será por sua causa.

É que ela tem que arriscar, de alguma forma.

Minta. Se ela compreender sintaxe, vai perceber a sua necessidade de mentir. Por trás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. E isto nunca será o fim do mundo.

Trate de desiludi-la. Porque uma garota que lê sabe que o fracasso leva sempre ao clímax. Essas garotas sabem que todas as coisas chegam ao fim. E que sempre se pode escrever uma continuação. E que você pode começar outra vez e de novo, e continuar a ser o herói. E que na vida é preciso haver um vilão ou dois.

Por que ter medo de tudo o que você não é? As garotas que leem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Exceto as da série Crepúsculo.

Se você encontrar uma garota que leia, é melhor mantê-la por perto. Quando encontrá-la acordada às duas da manhã, chorando e apertando um livro contra o peito, prepare uma xícara de chá e abrace-a.

Você pode perdê-la por um par de horas, mas ela sempre vai voltar para você. E falará como se as personagens do livro fossem reais – até porque, durante algum tempo, são mesmo.

Você tem de se declarar a ela em um balão de ar quente. Ou durante um show de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Ou pelo Skype.

Você vai sorrir tanto que acabará por se perguntar por que é que o seu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Vocês escreverão a história das suas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos mais estranhos ainda. Ela vai apresentar os seus filhos ao Gato do Chapéu [Cat in the Hat] e a Aslam (das Crônicas de Nárnia), talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos de suas velhices, e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto você sacode a neve das botas.

Namore uma garota que lê porque você merece. Merece uma garota que pode te dar a vida mais colorida que você puder imaginar. Se você só puder oferecer-lhe monotonia, horas requentadas e propostas meia-boca, então estará melhor sozinho. Mas se quiser o mundo, e outros mundos além, namore uma garota que lê.

Ou, melhor ainda, namore uma garota que escreve."

Acho que nem eu descreveria melhor a mim mesma do que esse texto, principalmente na parte que fala que surta na livraria, que chora abraçada no livro e que gostaria de ser Alice (aquela do País das Maravilhas).

Recado para o meu namorado: Está vendo? Eu sou uma ótima escolha! Hahuahua. 

Teca Machado

sábado, 14 de julho de 2012

Viajar, comprar e passar a perna na Hermès


Sempre gostei bastante de moda e me interessei pelo tema. Teve uma época que pensei em fazer um blog do assunto, mas, uma amiga queridíssima, a Lu, já tem a página Fãs da Moda, da qual eu sou MUITO fã e supre as minhas necessidades diárias do mundo fashion. Acabei vertendo para esse lado de livros, filmes, seriados e etc, que eu sempre amei desde que me entendendo por gente. Mas, isso não significa que eu não possa juntar cultura + moda.

Acabei de ler o livro Como Entrei na Lista Negra da Hermès, de Michael Tonello (mais um que eu vi a capa e adorei. Julguei o livro pela capa e me dei bem!).


Ele conta a história de um maquiador americano que se apaixonou por Barcelona e largou os EUA para viver na Europa. Foi tendo um emprego em vista, mas, em menos de uma semana deu tudo errado e ele ficou desempregado em um país onde ele não falava a língua, totalmente sem amigos, com um contrato de aluguel de cinco anos e sem nenhuma perspectiva de dinheiro.

Desesperado, Michael começou a vender alguns pertences no eBay, inclusive um lenço da luxuosa e exclusiva marca Hermès. Com isso, ele descobriu o fabuloso mundo da Hermès e das mulheres ricas em todo lugar que pagam milhares de dólares sem dó nem piedade por qualquer coisa que tenha o símbolo H e as embalagens laranjas. Mas, melhor ainda, ele encontrou o caminho curto, uma fórmula, como ele diz, para comprar as famigeradas Birkins, as it-bags, queridinhas do mundo fashion, que custam (as mais baratas) em torno de 9 mil dólares e tem filas de espera de mais de dois anos para poder comprar (e que eu, particularmente, acho uma bolsa muito da sem graça).

É algo como Ferrari: não basta você ter dinheiro para pagar, você tem que merecer, ter a classe necessária e a loja só vende para quem ela quiser.

O autor conta como passou a viajar o mundo todo atrás das Birkins e como enganou a grande corporação Hermès. Depois de um tempo, ele diz que não fazia pelo dinheiro, fazia pela pirraça e satisfação de passar a perna na companhia.

Como Entrei na Lista Negra da Hermès é uma leitura despretensiosa, ótima para feriado prolongados e dias preguiçosos na praia ou em uma rede. A linguagem é fácil e parece que Michael Tonello sentou com você em uma sofá e está te contando pessoalmente tudo o que fez na louca corrida atrás das Birkins. Você fica com vontade de que ele seja o seu melhor amigo e te leve junto para passear pelos mais variados países comprando bolsas. Viagem e compras, quer algo mais divertido?

Esse vídeo dele falando sobre o livro está em inglês, mas é bem legal:




Recomendo.

Teca Machado
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