sábado, 30 de junho de 2012

Amor via avião


Fechando o mês de junho, o mês do amor, vou colocar aqui o vídeo da campanha Um Voo Inesquecível da Gol e da Natura em comemoração ao Dia dos Namorados.

Eu ia assistir a um clipe do Glee (Aham, pois é) no Youtube e antes de começar, teve esse anúncio. Eu estava esperando os cincos segundos obrigatórios acabarem para pular logo essa chatice, ainda mais essa propaganda que tem 4 minutos, quando o tema chamou a minha atenção. Amor à distância. Um assunto MUITO frequente na minha vida (Eu moro em Cuiabá e o meu namorado em Brasília). 

Meninas (e homens mais sensíveis), peguem um lencinho e apertem o play:



Assisti até o fim. Chorando.

Acho que pela primeira vez eu vi ao anúncio do Youtube sem pular depois de cinco segundos e ainda fiquei feliz.

Espero que a distância acabe em breve para todos vocês (nós) que namoram à distância!

Teca Machado

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Sombras da Noite em uma palavra: Estranho

Como posso descrever Sombras da Noite, de Tim Burton? Estranho e esquisito são as palavras que vem na minha mente. Talvez engraçadinho de um jeito meio trash e sombrio, mas um pouco assustador também. Bom, eu já esperava algo do tipo, afinal, é Tim Burton, né?




Inspirada em um seriado homônimo, o filme conta a história de Barbanas Collins (o novo solteiro Johnny Depp). No século XVIII, quando criança, saiu com os pais da Inglaterra e juntos criaram um império de frutos do mar no Maine, nos Estados Unidos. Seu prestígio era tão grande que a cidade tem o nome da família: Collinsport. Após desprezar o amor da criada/bruxa Angelique Bouchard (a belíssima e ótima Eva Green), ela mata a sua esposa (ou noiva, não sei, não explica), o transforma em vampiro (do tipo clássico, não do tipo Crepúsculo que brilha no sol) e o tranca em um caixão por quase 200 anos.

Quando é liberto, se encontra nos insanos anos 1970 e a sua família não tem mais prestígio. Angelique é quem manda na cidade nos últimos 2 séculos e fez de tudo para destruir os Collins financeiramente, emocionalmente e fisicamente. Com a missão pessoal de reconstruir o nome da disfuncional família, ele tenta consertar as maldições que rondam os Collins há tanto tempo e reencontrar o amor.

Sobram apenas 7 integrantes na mansão Collinwood: a sensacional Michelle Pfeiffer, mais bonita do que nunca, que é Elizabeth Collins, quem tenta manter a família unida. Jonny Lee Miller é Roger Collins, o irmão viúvo e ladrão de Elizabeth. Chlöe Grace Moretz e Gulliver McGrath (ambos de A Invenção de Hugo Cabret) são os primos Carolyn e David. Ela é a típica adolescente estranha que parece chapada o filme todo e ele o maluco da família que vê o fantasma da falecida mãe. Helena Bonham Carter, sempre esquisita, é a Dra. Julia Hoffman, uma psiquiatra obcecada por ser jovem eternamente. Jackie Earle Haley é Willie Loomis, o criado bêbado. E, por último Bella Heathcote, é Victoria Winters, a tutora de David que é ainda mais estranha do que o garoto.

As histórias dos personagens, tirando a do Johnny Depp e da Eva Green, não me pareceram bem amarradas ou explicadas. Tive a sensação que escreveram o roteiro de qualquer jeito e apressadamente. Pesquisando sobre Sombras da Noite, descobri que foi isso mesmo. Por causa da atrasos, escreviam durante as filmagens e revisavam tudo no set.

Mas, há boas tiradas cômicas, principalmente do Barbanas Collins, que estranha fatos comuns da vida no século XX, como mulheres serem médicas, a televisão ser mágica e ele dizer que o roqueiro  Alice Cooper é a mulher mais feia que já viu. Não é um filme engraçado, é um filme com algumas cenas engraçadas.

Vale um destaque para Eva Green. Linda e excelente atriz, ela dá um banho de atuação. Falsa e dissimulada, por trás de nome angelical, do sorriso encantador e da reputação de boa cidadã, ela esconde a loucura e crueldade que espreitam o seu ser. Ponto positivo para ela. E Johhny Depp, sempre Johnny Depp. Estranho, charmoso e competente. Ponto para ele também.

Não sei se recomendo. Não vela a pena assistir pela história, mas para ver as atuações.

Teca Machado

quinta-feira, 28 de junho de 2012

"Ex my love... Ex my love..."


Mulher é tudo boba (Homem também, mas mulher é mais). Conhece um(a) palhaço(a) mané, ele(a) fala meia dúzia de coisinhas fofas que sabe que vamos acreditar e caímos apaixonadas(os). Aparecem alguns discretos sinais piscando em luzes neon e gritando em sua mente "ALERTA! PERIGO! FUJA PARA AS MONTANHAS! CORRE, SUA ANTA", mas a gente finge que nem viu e continua com a vida. Tudo é lindo, tudo é azul, tudo é meigo, tudo é amor. Até que não é mais. Até que, mais dia, menos dia, ele(a) vira para você e fala algo do tipo:

- O problema não é você. Sou eu. Preciso de um tempo para mim, para colocar a cabeça no lugar e seguir a vida. Você é a pessoa certa, mas na hora errada.

"Aham, senta lá, Claudia!" Para mim essa frase e outras do gênero significam "não gosto mais de você e já estou de olho em outro(a)".

Nesse momento seu mundo acaba, você chora, pensa em pular de ponte, quer massacrar todos os casais apaixonados na rua, além de ter vontade de gritar com a televisão quando passa filmes românticos e estrangular cantores de músicas de amor. Mas, o pior de tudo é quando você quer ligar para o ex. E a gente, por mais que seja forte, determinada(o) e orgulhosa(o), numa hora de depressão profunda dá bobeira e depois se arrepende amargamente pelos próximos 4 meses (no mínimo).

Mas, agora há uma solução (não para os corações partidos, mas para a burrice de ligar para o ex). O Guaraná Antarctica lançou um aplicativo grátis para iPhone chamado Ex Lover Blocker.

Quando você termina um relacionamento, vai na sua agenda telefônica e, com a ajuda do aplicativo, bloqueia o ex e cadastra 3 amigos. Se você tentar desbloquear o número, seus amigos recebem uma notificação e te ligam. Se eles não fizerem isso ou você não atender, chegam mensagens previamente escritas por eles lembrando tudo de ruim que o seu ex fez. Você tem um tempo para desistir. Mesmo se depois de tudo isso ainda cair em tentação, é postado no seu Facebook o que você fez e todo mundo vai ficar sabendo.

Legal, né? Eu achei MUITO divertido e criativo!

Olha o vídeo da campanha:



E não, eu não estou precisando de um desses (e espero nunca mais precisar). Estou feliz e muito bem acompanhada há mais de um ano e meio.

Teca Machado

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Salvando desconhecidos


Vou falar mais uma vez sobre doação de sangue. O tema é repetido, falei nesse post aqui, mas vale a pena enfatizar. Afinal, todos os dias, os brasileiros precisam de 5.500 bolsas de sangue. Não é pouca coisa, né?

A Carol Freitas, uma amiga minha, colocou no Facebook dela um depoimento sobre a doação de sangue que fez ontem. Achei que valia a pena compartilhar com vocês.

Segue o relato dela.

B Positivo

Cresci tendo sempre um pânico imenso de agulha e nunca consegui entender realmente a razão. Todas as vezes que o contato é inevitável, eu sinto uma dor insuportável desde antes de ela furar meu corpo e essa dor segue por dias. Minhas histórias com agulha são quase inacreditáveis, mas é possível acreditar ao me ver em contato com uma. Nesse ponto é possível perguntar: mas e as tatuagens, você não sente dor?! Respondo fácil: sinto MUITA dor, mas passa, como tudo na vida. 

Por anos pensei em doar sangue e nunca tive coragem pelo contato obrigatório com a agulha. Porém, em julho de 2011, uma amiga me informou que sua prima (hoje minha amiga também) precisava de sangue e perguntou se eu podia doar para ajudar. Sem pensar, fui no Hemosan e após todo o processo antes da doação eu disse para a enfermeira:

- Tenho pânico de agulha, mas não passo mal, só não quero ver nada do processo, tem problema?

- Se você realmente não tiver queda de pressão e nem nada que prejudique a doação não tem problema.

- Então eu vou fechar o olho e você me avisa quando terminar de me furar, tá bom? 

Após terminar o processo, voltei ao trabalho e por dias senti aquela dor que me dava orgulho por ter conseguido e me deixava feliz por ter ajudado alguém que é importante para alguém muito importante para mim.

Saí de lá me prometendo doar sempre, mas entre pânico e tatuagens, não voltei mais. Até que hoje (26.06.12) recebo uma mensagem daquelas "Te Ligou" que a Tim envia com um número que não consta na agenda. Como uso o número para trabalho, também resolvi retornar e ouvi:

- Sou do Hemosan do Hospital Santa Helena e temos no sistema que seu sangue é 'B Positivo', a sra confirma?

-Olha, eu realmente não sei, doei sangue uma vez, mas nunca busquei minha carteirinha e não sei qual é meu sangue. Mas, o que houve?

- Nós temos hoje uma criança na UTI. O seu sangue é raro e por isso não estocamos ele com frequência, preferimos ligar para quem temos cadastrados e pedir doação quando é necessário. Por isso estou te ligando.

- Vou só confirmar meu tipo sanguíneo e se for esse mesmo eu vou.

Confirmado, engoli meu medo todo (não que isso tenha diminuído a dor) e fui. Cheguei lá e falei diretamente.

- Olá, boa tarde. Um rapaz daqui me ligou dizendo que viu no sistema meu tipo de sangue e pedindo pra eu doar para uma criança que está internada no hospital.

- A sra sabe qual é a paciente?

- Não sei, mas tenho o telefone do rapaz que ligou, ajuda?

- Vou tentar por aqui, se não der certo a gente liga pra quem te ligou, pode ser?

- Claro. 

Pois bem, ela encontrou a/o paciente. Eu nem sei o nome. Só sei que dessa vez eu saí de lá um pouco melhor do que da outra vez, porque agora eu realmente não sei pra quem vai o meu sangue, não sei quem estou ajudando. 

É claro que sei de todo o processo de exames e que normalmente esse sangue vai repor o estoque pelo uso de sangue guardado pela criança em questão, mas pela voz do rapaz que ligou, eu fiquei realmente pensando se não será tudo acelerado para esse sangue ir direto pra criança. 

Estou leve por saber que tenho meus medos, mas que sou capaz de enfrentar por alguém que não conheço. Vejo como uma atitude bacana e fico sem compreender porque tanta gente deixa de doar sangue, deixa de salvar vidas.

Sei também dizer que meu braço está doendo e minha cabeça rodando, mas quer saber a mais pura realidade? Se me liberassem para doar de novo amanhã, eu lá estaria. Não vejo uma única razão para não ajudar o próximo com algo tão simples, rápido, seguro e que não causa dano (caso não saiba o organismo repõe o sangue doado).

--------

Bonito, né, gente?

Espero que isso inspire vocês também.

Não esqueçam de conhecer o Vai Doa!

Teca Machado

terça-feira, 26 de junho de 2012

"Welcome to the jet age"



Mais uma da série "Órfã de um seriado". Pan Am, que atualmente no Brasil passa no canal Sony, nem chegou a ter uma temporada completa. Foram apenas 14 episódios, o que é simplesmente uma pena, já que é excelente. Como eu disse no post sobre o The Event, para as produtoras, somente a audiência americana é que vale ser ouvida, mas ela é um tanto burra e não sabe apreciar o que é bom. Mesmo assim, em 2011 Pan Am ganhou o Rose d'Or, um dos mais importante prêmios da Europa, como melhor série dramática do ano.

Pan Am, como o próprio nome já diz, é sobre a mundialmente famosa companhia aérea que teve o seu auge na década de 1960. O enredo passa em 1963 e gira em torno de uma das tripulações dos voos internacionais. Seus amores, desamores, aventuras e confusões em outros países, marcas de guerra de um passado ainda recente e até mesmo espionagem e agências secretas do governo estão às voltas dos pilotos e comissárias.

No glamouroso estilo de vida da década de 1960, as viagens aéreas, principalmente pela Pan Am, representavam o luxo e a elite. Com aviões extremamente modernos, os pilotos eram tratados como estrelas do rock e as comissárias eram as mulheres mais finas, educadas, bonitas e desejadas do mundo.

O único nome realmente famoso no elenco é Christina Ricci. Ela é Maggie Ryan, a comissária chefe de cabine que se recusa a seguir as regras rígidas da companhia. 

Kelli Garner é Kate Cameron, uma comissária experiente e trilíngue que é recrutada pela CIA no primeiro episódio. 

Margot Robbie é Laura Cameron, irmã mais nova de Kate, que fugiu vestida de noiva do próprio casamento e recentemente virou comissária, para desgosto da conservadora mãe. 

Karine Valasse é a francesa Colette Valois, comissária que ficou órfã na ocupação alemã na França durante a II Guerra Mundial. 

Mike Voguel é Dean Lowrey, o jovem, bonito e requisitado piloto que acabou de ser promovido para rotas internacionais. 

E Michael Mosley é Ted Vanderway, copiloto da tripulação, melhor amigo de Dean e ex aviador naval. 

Christina Ricci como Maggie Ryan

Kelli Garner como Kate Cameron

Margot Robbie como Laura Cameron

 Karine Valasse como Colette Valois

Mike Voguel como Dean Lowrey

 Michael Mosley como Ted Vanderway

Em cada episódio a tripulação está em um país diferente, mas todos foram filmados em estúdios, no Arsenal da Marinha do Brooklyn e em locações em Nova York, já que é a cidade de base dos personagens. Construíram também uma réplica em tamanho  original do Boing 707 da Pan Am, onde passam a maior parte da história.

Para ser bem próximo da realidade da época, uma das escritoras, desenvolvedoras e produtoras da série é Nancy Hult Ganis, uma comissária que trabalhou da Pan Am entre os anos de 1968 e 1976.

Vale a pena assistir Pan Am, mesmo que sejam apenas 14 episódios.

Teca Machado




segunda-feira, 25 de junho de 2012

Uma promessa que vale para sempre


A história parece a mais comum possível. Garoto encontra garota, eles se apaixonam, namoram brevemente, casam e são felizes para sempre. Mas, talvez, o para sempre, seja um pouco breve demais. Kim e Krickitt Carpenter tiveram a sua felicidade interrompida dois meses após o casamento. Eles sofreram um acidente de carro que apagou a memória recente de Krickitt. Os últimos dois anos da vida dela, ou seja, fatos como conhecer o marido, namorar e casar, eram como se nunca tivessem acontecido. Kim, um marido devoto e completamente apaixonado, tem a missão pessoal de ajudar a esposa que nem ao menos o conhece e fazê-la se apaixonar por ele outra vez.

Esse resumo é do livro Para Sempre, de Kim e Krickitt Carpenter. E o mais interessante dessa história é que ela é real. Contada de forma muito objetiva e sem os floreios das narrações de obras literárias, o livro, que é bem fininho, é quase como um documentário, um diário pessoal, no qual Kim conta o que aconteceu com ele e com a esposa em 1993. Por causa da maneira que foi escrito, ele não é muito emocionante ou tocante, mas é uma boa leitura e uma ótima lição de vida. Mostra que ainda existe amor no mundo e que é possível acreditar nele.

 Capa do livro e do filme
Tem como não se apaixonar por uma capa como essa?

É interessante como o autor conta como se conheceram por telefone e depois pessoalmente, como se casaram e como a vida era tranquila até o momento do acidente. Depois disso, tudo virou o caos. Krickitt ficou muito machucada fisicamente, em coma por alguns dias e perdeu qualquer memória que tinha do marido, além de voltar a ser mentalmente uma criança, fazendo birras e esperneando. Enquanto ela se recuperava e ele se afundava em dívidas hospitalares, Kim esteve o tempo todo ao seu lado. Muitas vezes perdendo a paciência, pois a mulher que estava ali não era mais a sua esposa, era quase uma estranha. Mas, como ele tinha feito um voto (é até o nome do livro em inglês, The Vow) perante ela, Deus, sua família e amigos, ele prometeu que nunca a deixaria e a ampararia em todo e qualquer momento. Chega a ser tocante a profundidade do amor dele.

Ok, parece agora que eu contei toda a história do livro e estragou tudo. Mas, não se preocupe, isso é o que está escrito na sinopse do livro. Eu não faria spoiler para vocês porque eu detesto quando fazem isso comigo.

Kim e Krickitt da vida real

Conheci o livro há alguns meses porque estava na livraria e vi a capa. Achei linda. Como eu sou o tipo de pessoa que julga o livro pela capa (literalmente falando), comprei na mesma hora. Não me arrependi nenhum pouco e li inteiro em menos de 3 horas enquanto estava no avião indo e voltando de Brasília.

O livro virou filme. Para Sempre está nos cinemas e é estrelado pela Rachel McAdams e Channing Tatum. A temática do filme é a mesma. Casal sofre acidente e ela perde a memória. Tirando isso, é completamente diferente. Até mesmo o nome dos personagens são outros. A relação deles, o relacionamento com a família, o desenrolar da história, suas profissões, a maneira como o acidente acontece, a doença e a recuperação, os amigos, a cidade e mesmo o final não foram fiéis ao livro. Mas, é muito bom também. Eu já vi o filme e gostei bastante.

Essa foi uma das poucas vezes que eu fiquei na dúvida se gostava mais do livro ou do filme (porque em 90% das vezes o livro é infinitamente melhor).

De qualquer modo, recomendo os dois.

Teca Machado

domingo, 24 de junho de 2012

Nada da meiguice dos contos de fada


Nunca fui muito fã da história da Branca de Neve. Das princesas da Disney, ela sempre foi a que eu menos gostei. Mas, mesmo assim, ontem fui ao cinema com a Bel (Oi, Bel!) assistir o filme Branca de Neve e o Caçador. Muitas pessoas me disseram que era muito bom e uma única me disse que era ruim. 



Fui surpreendida, no bom sentido, pelo filme. A história é aquela que todo mundo conhece, mas é original. É diferente. Tem todo o toque de contos de fadas, mas é sombrio, escuro, com cenas de luta e aventura e efeitos visuais lindíssimos. Não é a toa, o produtor é o mesmo do belo (mas, CHATO) Alice no País das Maravilhas de Tim Burton. 

O interessante é que é pouquíssimo focado no amor, por isso acredito que os homens também vão gostar do filme. Para se ter noção, a clássica cena da Branca de Neve ganhando um beijo para acordar é rápida e com pouco destaque. A luta que vem depois é muito mais interessante.

Para mim, o que estragou um pouco do filme foi a Kristen Stewart, que fez o papel principal da Branca de Neve. Ainda tento entender o que Hollywood enxerga nela para que seja uma das atrizes mais bem pagas atualmente. Ela é muito má atriz. Nesse filme tem uma cena em que ela faz um discurso estilo de guerra para motivar a população. Nunca vi um líder tão fraco. Ela sempre tem aquela falta de expressão da Bella, do Crepúsculo. Cheguei a conclusão de que ela vive uma eterna dor de barriga, porque, para mim, é isso que significa aquela cara.

Mas, Charlize Theron, deu um BANHO de interpretação. Como Ravenna, a rainha e madrasta da Branca de Neve, ela incorpora a personagem e você enxerga em seus olhos a inveja que tem pela enteada, a raiva misturada com compaixão que tem pelo povo, a superioridade que tem sobre o irmão, a insegurança por envelhecer e todo o ódio que tem pelos homens em geral. Sabe ser doce e sabe ser maligna. A cena de luta entre ela e a protagonista é uma das melhores. Fora que é, para mim, uma das mulheres mais lindas do mundo. Por isso foi difícil acreditar que a Branca de Neve em questão era mais bonita do que ela. Acho que queriam dizer que era mais bonita por dentro, só se for.

E, enfim, temos o Caçador. O Chris Hemsworth, o eterno Thor. Ele não é nenhum ator espetacular do tipo que merece um Oscar, mas é muito bom no que faz. Assim como Thor, no filme ele é aquele homem rude, grandão, um tanto sarcástico, forte, mas que tem um coração do tamanho do mundo. Ponto positivo para ele. Fora que até sujo de lama ele é lindo!

Os anões fazem também um ótimo trabalho. Eles têm nomes mesmo, não são só Feliz, Mestre, Zangado e Dunga. E nem são os anjinhos que o desenho da Disney mostra. São como pessoas reais, com qualidades, defeitos e gosto pelo ouro.

Ao final do filme, virei para a minha amiga e disse: “Esse filme é ruim? Quem foi a louca que disse isso?”

Recomendo.

Teca Machado

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Show de som e de luzes


Eu estava vindo para o trabalho hoje e começou a tocar no som do carro a música Fix You do Coldplay. Apesar de essa canção (e quase todas deles) me dar vontade de cortar meus pulsos e chorar até desidratar de tão melancólica que é, eu gosto bastante. E gosto bastante da banda também. Não sou nenhuma fã fervorosa, não tenho CD e, para falar a verdade, nem sei como é a cara deles, mas admiro esse tipo de música alternativa, menos comercial e diferente.

Mas, enfim, não vim falar da banda propriamente dita. 

É o seguinte: Por coincidência, cinco minutos depois, quando sentei na cadeira e abri o Facebook, vi esse vídeo do show deles no Emirates Stadium em Londres. Olha que coisa mais louca:


A produção do show deu para a plateia 50 mil (!) pulseiras com luzes que piscavam de acordo com a música que tocava. Foi um show a parte, né?

Ficou lindo demais! Tão bonito que fiquei sem palavras. Fiquei muda (E isso é MUITO raro de acontecer).

Pirei.

Aproveitem o post com poucas linhas.

Teca Machado.

P.S.1: Vi esse vídeo aqui.

P.S.2: Hoje o blog alcançou 1.000 (M-I-L) visitas. OBRIGADA, SEUS LINDOS! Nunca imaginei que teria uma repercussão tão legal em tão pouco tempo. Espero que estejam gostando, porque eu estou simplesmente amando escrever e abrir meu coração para vocês.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Seis anos e MUITA imaginação

"Ignorância é um benção, portanto estudar é uma maneira de me privar da felicidade. Eu me recuso a abrir mão disso e vou brincar lá fora".

Essa é uma das célebres frases do Calvin, um garotinho loiro de seis anos cheio de personalidade, ideias mirabolantes, imaginação sem igual e nenhum senso de perigo ou de ridículo. Ele tem Haroldo, um tigre de pelúcia, como seu sarcástico e sábio amigo imaginário que para ele é totalmente real. Acho que o Haroldo é uma espécie de consciência torta do Calvin.

Calvin & Haroldo é uma série de histórias em quadrinhos criada, ilustrada e escrita por Bill Watterson de 1985 a 1995. Durou pouco, mas foi tempo suficiente para ser reproduzido em mais de 2 mil jornais ao redor do mundo e ser traduzido para mais de 20 idiomas. O autor disse que queria parar no auge, no momento em que todos amavam os seus "filhos". 

Entre os personagens estão Calvin e Haroldo:  (clique nas imagens para ver em tamanho maior)



Os pais do Calvin, que quase enlouquecem com as artes do menino e suas indagações sobre o mundo:

      
Susie, a vizinha e amiga que terá uma eterna relação de amor e ódio com Calvin:



Rosalyn, a única babá da cidade que aceita tomar conta do menino e que ele acha que é do mau e quer matá-lo:



Moe: o valentão da escola burro como uma porta:



Engraçado, doce e ácido ao mesmo tempo, inteligente, irônico, sarcástico, adulto, mas simultaneamente infantil, non-sense, criativo e questionador. Essas são as características mais marcantes de Calvin e Haroldo.
Eu sempre gostei do tipo do humor das tirinhas do Bill Watterson. Há muito tempo queria os livros com a coletânea de histórias, até que achei na internet no Submarino um box com sete livros por R$100 (Esse não foi um post pago, mas bem que eu gostaria, viu?). Eles se tornaram o meu remédio diário contra o mal humor. Me divirto todos os dias lendo pelo menos umas 3 páginas. Com isso, já foram 3 livros. Não tem como ficar sério ou emburrado depois disso. É bom enxergar a vida pelos olhos de um menino de 6 anos totalmente sem noção.

Agora uma curiosidade. O nome do Calvin foi inspirado no reformador religioso João Calvino, que falava, entre outros assuntos, da depravação total do homem (algo que o Calvin criança faz MUITO). E o nome do Haroldo, que no original é Hobbes, vem de Thomas Hobbes, filósofo inglês que dizia que o "homem é o lobo do homem" (Alô, aulas de sociologia da faculdade!). Os nomes não podiam ser melhores, né?

Algumas tirinhas (foi difícil escolher só algumas):







Eu sou apaixonada por esse garotinho (mas se eu tiver um filho como ele jogo pela janela)!

Teca Machado


quarta-feira, 20 de junho de 2012

"Cause I'm singing, singing in the rain..."


A cena é uma das mais clássicas e conhecidas da história do cinema: Gene Kelly na chuva cantando e dançando Singin'in the Rain. Apesar disso, nem todo mundo já parou para ver o resto do filme Cantando na Chuva.


Se não assistiu ele inteiro, deveria assistir.

Se já assistiu, deveria assistir de novo.

Eu mesma não tinha visto até uns 2 meses atrás. Ele fazia parte da minha "lista de filmes que  devo assistir antes de morrer" (assim como Um Sonho de Liberdade) e hoje eu penso "C-O-M-O que eu sobrevivi sem assistir isso até hoje?".

É cativante, engraçado e alegre ao estilo 1950 gracinha. Apesar do comentário "ó, como eu sou menininha!", ele é para homens também. Foi um filme que após terminar me fez me sentir muito bem. Com fé na humanidade, talvez. E também me deu vontade de sair dançando e rodopiando sala afora, apesar de, infelizmente, eu não ter a graciosidade de Gene Kelly.

Cantando na Chuva, de 1952, conta a história dos atores Don Lockwood (o esplêndido e charmoso Gene Kelly!) e do seu melhor amigo Cosmo Brown (o engraçadíssimo Donald O'Connor). Don e Lina Lamont (Jean Hagen) são os dois maiores astros do cinema da década de 1930, quando os filmes ainda eram mudos. Revistas de fofoca, que já existiam na época, apontavam que os dois tinham um affair, o que era mentira, já que Lina era insuportável. A namorada de Don, na verdade, era Khaty Selden (Deebie Reynolds), uma dançarina de fundo de filmes. Apesar do sucesso consolidado, entra um componente que vai mudar o rumo de Hollywood: o cinema falado. Com isso, esses quatro atores têm que se transformar e evoluir junto com a tecnologia para manter a fama já conquistada.

As melhores cenas de música são com Gene Kelly e Donald O'Connor, em especial Singin'in the Rain, Make'em Laugh e Good Morning. Eles não dançavam. Flutuavam. Sinceramente, o jeito que dançam só é páreo para Fred Astaire. Ninguém mais dança desse jeito, o que é uma pena.


Make'em Laugh 


Good Morning


Gene Kelly era TÃO bom no que fazia que a clássica cena de Cantando na Chuva ele gravou com água caindo aos montes enquanto estava com febre altíssima. Se doente ele é capaz disso, imagina saudável?

Um episódio da segunda temporada de Glee (meu prazer culposo nº2) tem como foco o Cantando na Chuva. O personagem Will Schuester (Matthew Morrison) está doente e diz que esse filme cura qualquer mal ou tristeza . E eu compartilho da mesma opinião. Cantando na Chuva me faz feliz.

Assista que você também vai ficar mais alegre.

Teca Machado

terça-feira, 19 de junho de 2012

Audiência americana, eu te odeio


Sabe quando você está vendo um filme muito bom, a luz acaba e você perde o final? Ou quando você está lendo um livro sensacional e descobre que as últimas páginas vieram faltando? Então, isso tem acontecido comigo, mas no quesito séries. Isso porque a audiência americana não sabe apreciar um bom seriado.

Umas coisas chatas, humor americano tipo Seinfeld, tem 359 temporadas. Friends até que foi bastante tempo, 10 temporadas, não posso reclamar. Mas, geralmente séries MUITO boas quase não tem ibope nos EUA e elas acabam canceladas, mesmo tendo audiência no resto do mundo. São vários os exemplos. E esse foi o caso de uma das melhores séries que eu já assisti: The Event.




Não sei nem o que eu posso falar de The Event sem contar algo crucial. Bom, ela é série dramática/sci-fi. Acho que eu a classificaria como algo entre Lost e Fringe, mas um pouco menos viajada. Trata de conspirações governamentais que quando você assiste pensa: “Uau! Isso é perfeitamente plausível. Será que não é isso que acontece e a gente nem fica sabendo?” Mostra como o governo esconde informações e como a mídia é manipulada e aceita tudo o que as autoridades falam de bom grado.

O protagonista é Sean Walker, um cara comum e nerd que conquista a garota loira e legal na faculdade. Quando eles vão fazer um cruzeiro, ela some sem maiores explicações e começa assim uma busca frenética pela garota. E, no meio do caminho, ele vai descobrindo conspirações além da imaginação, que envolvem o presidente dos EUA, o mais alto escalão da inteligência americana, um grupo de prisioneiros em uma instalação no Alasca e até mesmo o seu sogro.

O primeiro episódio é complexo, confuso em um vai e volta. Você acaba com a sensação de que está entendendo menos no final do capítulo do que antes de começar. Mas, a partir do segundo, tudo começa a ficar mais claro. Por favor, não desista da série tão rápido!




O elenco, apesar de não ter nenhum nome de peso, é excepcional. Jason Ritter é Sean Walker, Sarah Roemer (meio ruim de serviço) é Leila Buchanan, a namorada de Sean, e Scott Patterson é Michael Buchanan, pai da Leila. Vale ressaltar o bom trabalho de Blake Underwood, o presidente Elias Martinez, e Ian Anthony Dale, o agente da CIA Simon Lee. Laura Innes, Sofia, a líder dos prisioneiros, quase não expressa emoções, então, não dá de saber se ela é realmente uma ótima ou uma péssima atriz. E, não podemos esquecer de Taylor Cole, a má/boa (e linda!) Vicky Roberts.

Todo episódio prende a atenção e é tanto suspense que você fica louco para assistir o próximo. E como não passou da primeira temporada, ao final de cada capítulo você fica triste porque é um a menos até o final. É assim que eu me sentia. Quase chorei quando acabou.

Quando o bicho está pegando, o mundo quase acabando, a população em pânico e o caos está instalado, a série acaba e você tem vontade de dar um soco no canal ABC que cancelou algo tão bom. Encerraram as gravações por falta de audiência nos EUA. Como eu já disse, os telespectadores americanos são umas antas. Não sabem o que é bom.

DIZEM que o canal SyFy comprou The Event e vai retomar de onde parou, mas (infelizmente) não passam de especulações. Já tem um ano que o seriado foi cancelado.

Se você assistir, amar e ficar com ódio de mim por mostrar algo tão bom e sem fim, lembre-se que eu estou me sentindo exatamente igual a você, querido leitor. Meu namorado me apresentou a série e eu me apaixonei. Já passei ela para muita gente que compartilha do mesmo sentimento, né Daya e pai?

Teca Machado

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Não sou normal. Muito menos os meus sonhos.


Não sei de quem é a frase "De perto ninguém é normal", mas acho ela super verdadeira. E eu, definitivamente não sou normal. O que é bom, afinal, normalidade é algo muito chato e monótono.

Enfim, um dos pontos que mais me fazem acreditar que eu sou um tanto louca (Psicólogos, por favor, não me odeiem. É só força de expressão) são os meus sonhos. Às vezes acho que se Freud me analisasse com base nisso, certamente me internaria.

Essa noite sonhei que pulava de paraquedas (uma vontade que eu tenho, mas que falta coragem para fazer) e ele não abria. No desespero para não morrer e me estatelar no chão, comecei a bater os braços como se fossem asas. Funcionou e eu aterrissei confortavelmente no chão. Nunca fui um gênio de física, mas ACHO que desafiei todas as leis da gravidade existentes.

Há algumas noites sonhei que cortava o cabelo igual ao Chitãozinho e ao Xororó nos anos 1980. Aquele repicado com mullets e arrepiadinho em cima. Acordei quase chorando.

Outro dia sonhei que estava em um cinema assistindo um filme e, de repente, um tiranossauro rex pequeno (oi?) apareceu debaixo da minha cadeira e comeu a minha perna.

Uma vez sonhei que encontrei com o Rodrigo Fernandes, do blog Jacaré Banguela, na Chapada dos Guimarães e ele realmente puxava um jacaré por uma coleira, como um cachorro.

Fora nas diversas vezes que eu sonho que o Jon Bon Jovi quer casar comigo, que os Jonas Brothers (adolescente mode on) brigam para ver quem vai me namorar ou os personagens fictícios de livros que correm atrás de mim e se dizem loucamente apaixonados. Até o Tom Brady já me disse que deixava a Gisele Bundchen para ficar comigo. Se sonho com "tantos" homens atrás de mim, devo estar com a humildade lá embaixo e a auto estima elevada às alturas, hehe.

E nem sempre consigo distinguir sonho da realidade. Várias vezes eu me pergunto: "Isso aconteceu ou eu sonhei?" Já sonhei que meu namorado e eu tínhamos brigado e eu estava muito, mas muito brava com ele. Quando acordei, achei que tinha sido verdade e passei cerca de uma hora morrendo de raiva dele. Até que parei para pensar e lembrei que sonhei. Foram horas rindo de mim mesma.

Um dia na faculdade, no primeiro semestre, o meu professor de Teoria da Comunicação Yuji disse que os sonhos da gente são reflexos de algo que pensamos durante o dia, mesmo que nem saibamos que pensamos. Se, logo que acordamos, tentarmos relembrar os sonhos e fazer uma ligação com o que sonhou, é possível descobrir o porquê de sonhar com isso.

Às vezes eu consigo. Às vezes não. A do cabelo Chitãozinho e Xororó fiz a ligação com o fato de no dia anterior ter assistido um filme da época que eu nasci e a minha mãe usava essa cabelo. A do dinossauro porque eu desenhei Jurassic Park no Draw Something. Mas, ainda assim, me acho fora da normalidade.

Raramente tenho pesadelos (Se bem que há duas noite eu sonhei que o Michael Bublé tinha morrido. Isso é pesadelo!) e acordo quase todos os dias rindo das coisas sem noção que passam pela minha cabeça.

Bons sonhos para vocês hoje à noite.

Teca Machado

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Um sonho de filme (que trocadilho horrível!)


Há uns meses eu estava pensando que havia vários clássicos do cinema (não a definição literal da palavra só com filmes como E o Vento Levou, ou seja, velhos) que eu nunca tinha assistido, mas que precisava ver.

Listei alguns mentalmente e comecei o desafio lançado a mim mesma. Não tenho um ritmo definido ou "a cada semana eu tenho que ver um". É algo livre mesmo, que eu faço simplesmente por prazer.

O primeiro da lista foi Um Sonho de Liberdade, com Morgan Freeman e Tim Robins produzido em 1995. Um primo meu tem esse filme como o seu preferido de todos os tempos e vivia me falando para assistir. Minha tia Flávia (Beijo, tia!) me disse que ele era sensacional. Meus pais falaram muito bem também. Mas, vendo a sinopse não me interessei. Não me pareceu bem o tipo de assunto que eu gostaria. Mesmo assim, resolvi assistir. Se não gostasse, paciência. Já assisti a muitos filmes ruins antes.


O filme, que foi adaptado de um livro de Stephen King, passa em 1946 e conta a história de Andy Dufresne (Robins), um jovem rico e bem sucedido que foi injustamente condenado pelo assassinato da esposa e do seu amante. Mas, desde o princípio, afirma que é inocente. Condenado com pena perpétua, ele é mandado para a Penitenciária Estadual de Shawshank, a mais temida dos Estados Unidos. Diferente de todos os outros detentos, Andy se destaca e faz uma revolução dentro da cadeia, além de ficar amigo de Ellis Boyd Redding, um prisioneiro que está lá há duas décadas e controla o mercado negro da instituição.

Parece meio chato, né? Mas, não é. Nem um pouco. Do início ao fim o filme prendeu a minha atenção. Fora que o final (que eu PROMETO que não vou contar) é surpreendente e te deixa de queixo caído. Quem não gosta de filmes assim?

A atuação de Tim Robins e Morgan Freeman, além da dos outros detentos, é espetacular. Tim Robins, muitas vezes esquecido e negligenciado por Hollywood, tem o seu valor. Mesmo enquanto a penitenciária passa por momentos de confusão, brigas e outros, ele continua calmo, com o olhar distante e parecendo que está em outro lugar muito melhor do que naquele inferno. O protagonista nunca perde a esperança e nem a vontade de se provar inocente.

Um trecho que vale a pena ser comentado é quando Andy está na sala do diretor da penitenciária, encontra uma vitrola e discos de música clássica, que ele ama. Coloca a música para tocar no sistema de som da cadeia. Todos param o que estão fazendo para ter aquele momento de paz. Por causa disso, Andy vai parar na solitária por alguns dias.

O mais interessante é que o filme não fez sucesso no cinema. Arrecadou pouquíssimo. Mesmo assim foi indicado a 7 Oscars. Não ganhou nenhum, pois a concorrência da premiação em 1995 foi acirrada. O filme concorreu com Forest Gump e Pulp Fiction. Entretanto, quando saiu em fita (pois é, velho, né?) e, posteriormente em DVD, arrecadou muito mais e hoje é considerado um clássico.

Posso riscar esse da minha lista de clássicos não vistos. E risco com prazer. Foram 2 horas e 20 minutos muito bem gastas. Assista ao trailer aqui.

Recomendo.

Teca Machado

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Quer ver como eu vou te convencer?


Como eu disse, meu blog vai falar muito sobre livros, filmes, cultura, seriado e sobre mim mesma. Mas, ele não é algo fechado, imutável. Como ele é meu, eu posso falar sobre o que quiser (Nossa, que egoísta e egocentrista!). Pensando nisso, hoje o post é diferente. É sobre ajudar as outras pessoas.

Hoje, 14 de junho, é o Dia Mundial da Doação de Sangue.



Há muitas formas de fazer o bem, mas doação de sangue é uma das mais importantes. Nem preciso explicar o motivo.

Quer ajudar ao próximo e não sabe como? Inventa desculpas o tempo todo? Vou te convencer a doar sangue, quer apostar?

1. Quero fazer o bem, mas não tenho dinheiro para dar aos pobres.
Argumento: Doe sangue. Sangue não se compra e não se vende. Você tem cerca de 5 litros dentro de você e mesmo se você doar 500, 600 ml, que é o que retiram, no outro dia o seu organismo já vai ter reposto tudo. 

2. Quero ajudar pessoas necessitadas, mas não tenho tempo para isso. 
Argumento: Doe sangue. Demora cerca de meia hora e você pode fazer isso a cada 60 dias (para homens) ou a cada 90 dias (para mulheres). Lembrando que os homens podem doar 4 vezes por ano e as mulheres .

3. Se um dia um parente meu precisar, eu doo sangue.
Argumento: Doe hoje mesmo. Se um parente seu necessitar e você doar, não se engane achando que o sangue que tiraram de você vai para ele. O que foi retirado passa por uma série de exames laboratoriais que demoram alguns dias para serem completos, afinal, vai que o doador tem alguma doença ou algum problema, né? Quando alguém pede doação de sangue por fulano de tal, na verdade, é para repor o usado pelo paciente que você foi ajudar. O sangue que pode estar salvando o seu pai, mãe, filho, amigo, marido e etc é o de outra pessoa que foi lá antes de você.

4. Tenho medo de agulha, por isso não doo sangue.
Argumento: Doe mesmo assim. Eu tenho P-A-V-O-R (assim, com letras maiúsculas mesmo) de agulha e doo sangue porque eu sei que se eu não fizer isso, pessoas podem morrer. Além do mais, dói só um pouquinho. Juro. E olha que eu tenho baixa tolerância a dor. E, como diz o meu pai "é bom porque dá uma limpada no seu sangue, uma filtrada". (Ok, isso não tem base científica, mas eu acho bonitinho quando ele fala isso para convencer alguém)

Se tudo isso o que eu disse não te convenceu, eu vou ter que apelar para o seu lado capitalista. Quando você doa sangue, uns dias depois você ganha uma carteirinha com seus dados, tipo sanguíneo e se você está livre de doenças como Aids, Chagas, leucemia e outras. Com essa carteirinha, você paga meia em cinema, shows e espetáculos. Ou seja, você faz o bem e ainda economiza. Olha que lindo! 

Lembrem-se que para doar sangue é preciso ter acima de 18 anos, pesar no mínimo 50 quilos e estar saudável e não-grávida.

Clique aqui e conheça o projeto Vai Doa, da blogueira Tchulim. Uma iniciativa que tem ajudado muitas pessoas Brasil afora. 

E aí, te convenci a salvar uma vida?

Teca Machado


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Trilogia para Amar ou Odiar

Há uns 3, 4 anos, uma amiga da faculdade me disse que estava lendo um livro muito bom de uma série que chamava Millenium. O livro era o hoje famoso Os Homens que não Amavam as Mulheres, do sueco Stieg Larsson.

Na época não me chamou a atenção. Sei lá, o título não me fez ter  vontade de ler. Deixei o assunto de lado e não pensei mais sobre isso. Não pensei até há uns 5 meses, quando vi o trailer do filme, estrelado por Daniel Craig. Após saber sobre o que se tratava, a história me prendeu e eu resolvi que antes de assistir ao longa, eu leria o livro. Veja o trailer aqui.

Ganhei de aniversário e, apesar de bem grande, li em 2 semanas. Todos os dias ficava lendo madrugada adentro e no outro dia acordava brava comigo mesma porque deveria ter dormido mais cedo. Mas, fiquei fascinada. O autor bolou uma trama envolvente, misteriosa, bem escrita e bem amarrada. Na verdade, achei um pouco prolixo (Nossa, falei bonito agora, hein?). Acredito que dava para ter cortado quase 100 páginas sem perder o fundamental da história.


Para quem não sabe, a história de Os Homens que não Amavam as Mulheres gira em torno do desaparecimento de Harriet Vanger há mais de 40 anos, uma menina de 16 anos herdeira do milionário da indústria sueca Henrik Vanger. O empresário pede a ajuda do jornalista Mikael Blomkvist, que passa por um momento de pouca credibilidade em seu trabalho, para solucionar o caso. Juntamente com Lisbeth Salander, uma hacker com pouquíssimas habilidades sociais e QI elevado, ele se lança no desafio de descobrir o que aconteceu com a garota nos anos 1960.

Mikael Blomkvist é o sonho de todo jornalista. Inteligente, com horários totalmente flexíveis, salário relativamente bom para a profissão, pegador, conhece TODO mundo que importa e ainda por cima caem em seu colo as histórias mais mirabolantes do jornalismo moderno.

Nunca ouvi ninguém falar mal do primeiro livro. Já do segundo livro da trilogia, que se chama A Menina que Brincava com Fogo, e do terceiro, A Rainha do Castelo de Ar, as opiniões são ou ame ou odeie. Eu me encaixei na categoria ame. Tanto que mesmo sendo com 700 páginas cada, eu não parava de ler. Teve o feriado de Corpus Christi na semana passada e eu passei 4 horas seguidas lendo. Só parei porque fiquei com dor de cabeça.

Os dois últimos são muito diferentes do primeiro livro. Quem ler achando que são como o Os Homens que Não Amavam as Mulheres vai se decepcionar. E é por isso que eu acho que muita gente acaba não gostando. O primeiro foca mais na história de Mikael Blomkvist, já os outros na de Lisbeth Salander, que é um tanto mais densa, sombria e, na minha opinião, inverossímil.

Recomendo.

Teca Machado

terça-feira, 12 de junho de 2012

Calvin, Haroldo, Susie e o amor

E aí, Calvin, como é se apaixonar?

(Clique na imagem para ver melhor)


Em comemoração ao Dia dos Namorados.

All the love in the world!

Teca Machado

O Bruno Mars da Literatura


Como hoje é o Dia dos Namorados, eu não podia escrever sobre outra coisa que não o amor, né? (Por falar nisso, um beijo para o meu namorado gato!) E não existe homem mais romântico no mundo do que Nicholas Sparks, o autor amado por 98% das mulheres. Os outros 2% não o amam porque não o conhecem. Ele é o Bruno Mars dos livros, ou seja, fala simplesmente o que todas nós queremos ouvir.

Ao todo ele já escreveu 18 livros. 13 deles foram traduzidos para o português. E 7 já viraram filmes. Dos 13 eu já li 8. É difícil escolher um só para comentar, ainda mais que muitos deles constam na minha “pequena” lista de preferidos. Por isso com o tempo vou falando sobre todos. Mas, hoje escolhi o último que eu li, que foi o lançado no ano passado: O Melhor de Mim.



O livro conta a história de Amanda e Dawson, um casal de classes sociais diferentes que se apaixonou loucamente na adolescência, mas que, é claro, o destino separou bruscamente. Ela era da família mais rica e poderosa da cidade. Ele era da escória, uma família que todos os homens eram presos alguma vez na vida, pois só tinham atividades ilícitas.  Só que Dawson era diferente, era bom, por isso saiu de casa e foi morar com Tuck, o homem que o abrigou quando mais precisou. A morte de Tuck, 20 anos depois da separação deles, fez com que se reencontrassem em um final de semana, cujos eventos mudaram a vida dos dois drasticamente.

Como todo livro do Nicholas Sparks, favor deixar um lencinho do lado, porque você vai precisar. Eu mesma terminei de ler enquanto estava no avião em um voo de Cuiabá para Brasília. Comecei a chorar tanto que o cara que estava sentado do meu lado ficou me olhando sem saber o que fazer. E eu tentava me explicar "Moço, (soluço) você não tem ideia (fungada) de como essa história é (pausa para enxugar as lágrimas) triste!". Ele deve ter me achado louca. Enfim.

Gostei muito do livro, mas não é o meu preferido entre todos os que eu já li dele. Acho que o meio da história de vez em quando se arrasta. É uma obra um pouco mais adulta do que as outras que Nicholas Sparks já escreveu. Fala muito sobre o que a gente sacrifica na vida pelo bem e por amor à família.

Como o próprio autor disse em uma entrevista "Finais felizes ou infelizes são fáceis. Difícil é o fim doce-amargo, como o de Casablanca e a maioria dos meus livros ".  É, não posso dizer que ele está errado, já que quase tudo o que ele escreve ou alguém morre, ou alguém está doente, ou alguém vai para a guerra, ou algo muito improvável acontece que separa o casal ou os pais dos filhos.

Vale a pena ler e derramar algumas lágrimas por Dawson e Amanda.

Enfim, feliz Dia dos Namorados!

Teca Machado

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Prometheus - Me deu pesadelos, mas mesmo assim eu adorei


Sábado fui ao cinema com o meu pai (Sim, eu sou do tipo que sai com papai e mamãe) assistir a pré-estreia de Prometheus. Como todo filme do diretor Ridley Scott, que, entre outros, fez Alien – O Oitavo Passageiro e Blade Runner, o longa é intenso, tenso e dá uns bons sustos na gente (em mim, principalmente). Apesar de poucos nomes conhecidos, o elenco não podia ser melhor.

Confesso que quando fiquei sabendo do filme, tudo o que veio em minha mente foi: "Oba! Mais um filme de mitologia grega. Adoro!". Mas, quando eu assisti o trailer, tive uma pequena decepção ao saber que era, na verdade, ficção científica. Mesmo assim, fiquei com vontade de ver, porque afinal, adoro filme desse tipo: de menino, completamente mentiroso, visualmente bonito e com bons atores. Sim, não sou o tipo que gosta de filmes cults. Meu negócio é o capitalismo de Hollywood mesmo e os blockbusters!



Então, prelúdio do filme Alien, a história é basicamente a seguinte: Uma equipe de arqueólogos descobre no ano 2089 indícios de que a humanidade foi criada por uma raça alienígena que eles chamam de Os Engenheiros. Quatro anos depois, o grupo parte em uma viagem espacial na nave Prometheus em busca do planeta dos nossos ancestrais para ter algumas respostas como “de onde viemos?”, “por que vocês nos criaram?” e outras. A velha dúvida que atormenta os homens desde sempre: "quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?". Nesse caso é "quem veio primeiro, os homens ou os alienígenas?" Chegando lá, veem que o cenário não é bem o que eles imaginaram e é aí que o terror se instala na tripulação. E vou parar de falar aqui senão vai perder toda a graça do filme e eu vou acabar contando algo que não devia.

No elenco, poucos são realmente famosos. Charlize Theron é a comandante da nave Prometheus e é tão fria quanto uma pedra de gelo. Apesar de interpretar muito bem, achei que o papel dela ficou em segundo plano e não foi bem aproveitado pelo roteiro. Assim como Guy Pearce, que faz uma pontinha como o dono da empresa que fez a expedição. Ele faz papel de um idoso tão acabado e a maquiagem está tão perfeita que eu só o reconheci porque sabia que ele estava no elenco e era o único que ainda não tinha aparecido na tela.

Michael Fassbender interpreta um robô e o faz com perfeição. O olhar vazio, os gestos duros e a falta de emoção fazem você duvidar se ele realmente é humano na vida real. Devemos ficar de olho nele. É um excelente ator que começou a crescer em Hollywood há pouco tempo.

O casal protagonista é Noomi Rapace, a Lisbeth Salander da versão sueca do Os Homens Que Não Amavam as Mulheres, e Logan Marshall-Green, meio desconhecido que fez mais seriados (e eu JURAVA DE PÉS JUNTOS que era o Tom Hardy de A Origem e Guerra é Guerra. Acho que eles são gêmeos e não sabem). Ambos trabalham muito bem, principalmente Noomi Rapace. Algumas de suas cenas são de prender a respiração. Tem uma em especial que eu estava L-O-U-C-A para comentar aqui, mas, se eu falar perde a graça. Quem assistir o filme vai saber do que eu estou falando.

Apesar de sombrio e com muitos tons de cinza, preto e azul escuro, o filme é bonito visualmente falando. Além de estúdios, ele foi filmado na Escócia em lugares basicamente desertos que você acredita que estão em outro planeta. Fora que o 3D dele é leve, daquele que dá a sensação de profundidade mesmo sem exagerar.

Enfim, recomendo o filme para quem gosta de suspense e mesmo para quem não gosta (que é o meu caso e mesmo assim eu adorei. Na noite passada até sonhei com "Os Engenheiros". Eles me botaram medo. Sério.)

Roteiro, direção, elenco, produção e efeitos especiais muito bons. Vale a pena assistir.

Estreia na próxima sexta-feira, dia 15 de junho.
Assista o trailer aqui.

Teca Machado
Tecnologia do Blogger.